Com talentos reconhecidos para organização, mediação e gestão, além de uma pitada de intuição, as mulheres vêm se tornando cada vez mais protagonistas de suas próprias histórias. O blog Alelo separou 11 exemplos de mulheres empreendedoras e de destaque das mais diversas áreas para mostrar que, definitivamente, o lugar de mulher é onde ela quiser.

Cientistas, esportistas, ativistas, administradoras e engenheiras, elas estão conquistando espaços em áreas predominantemente masculinas. Em maioria nas universidades, as mulheres ainda estão buscando inserção no meio acadêmico. Segundo relatório da consultoria holandesa Elsevier, de 2017, ao menos 40% delas estão presentes em pesquisas nas áreas de Humanas e Biológicas. Já em Exatas, o número chega a ser menor do que 25%.

O fenômeno do empreendedorismo feminino no Brasil fica claro quando analisamos as estatísticas e pesquisas. Impulsionadas, em muitos casos, pela desigualdade de gênero, elas se tornam suas próprias chefes e já comandam 24 milhões de negócios em todo o território nacional.

Seja micro ou gigante, as empresas femininas ajudam a não apenas empregar, mas a incentivar outras mulheres a irem atrás de seus sonhos e objetivos.

Vamos juntas? Confira abaixo nossa seleção de mulheres empreendedoras maravilhosas!

Luiza Trajano
Luiza trajano

Ganhando cada vez mais relevância como figura feminina nos negócios e nas causas que vem apoiando, Luiza Trajano é a mulher por trás da rede de lojas Magazine Luiza. A primeira unidade da empresa foi inaugurada pelos tios da Luiza na cidade de Franca, onde ela começou a trabalhar aos 12 anos de idade.

Com muita dedicação no trabalho e visão do futuro, chegou ao posto de CEO da rede, que atualmente vale R$ 178,4 bilhões no mercado. A empresa foi responsável por lançar a primeira loja virtual do Brasil, em 1999. Luiza é reconhecida não apenas pela gestão, mas pela inovação, tato em lidar com o público e comprometimento com causas sociais, ambientais e femininas.

Eliane Potiguara
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Nascida em um assentamento indígena no centro do Rio de Janeiro, a professora e escritora resolveu empreender em prol de mulheres indígenas em meados dos anos 80, quando o empreendedorismo feminino não era pauta na sociedade.

Ela criou a primeira organização do tipo no Brasil, a Rede Grumin de Mulheres Indígenas, passando a ser uma figura de impacto nacional. Atua desde então na inclusão da mulher indígena em vários meios de transformação, como política e economia. Participou de inúmeros congressos ao redor do mundo, contribuiu com a UNESCO e a com a Constituição do país. Segue perpetuando a literatura indígena, com vários livros publicados.

Cleusa Maria da Silva
cleusa maria da silva sodie

Pode ser que você nunca tenha ouvido falar na Cleusa, mas provavelmente já provou um doce dela. De origem humilde, a empreendedora foi cortadora de cana e empregada doméstica até fundar a rede de confeitaria Sodiê Doces.

Ao fazer sucesso com bolos por encomenda, abriu uma loja na cidade de Salto, interior de São Paulo, e não parou mais de crescer. Com a criação de franquias, tem atualmente 315 unidades espalhadas pelo Brasil e uma em Orlando. O faturamento da empresa é de R$ 290 milhões por ano.

Adriana Barbosa

Adriana Barbosa Adriana Preta

Depois de figurar em listas de pessoas importantes, como a da Forbes, a empreendedora social Adriana Barbosa não parou mais de decolar. Ela trabalhou bastante ao longo de duas décadas para consolidar a Feira Preta como o principal evento de cultura negra do país.

A última edição presencial do festival chegou a reunir 40 mil pessoas e mais de 50 atrações, movimentando R$ 1,5 milhão. O próximo passo foi montar um espaço físico, a Casa PretaHub, focada em afroempreendedorismo e empoderamento de pessoas negras por meio de aceleração digital.

Maria Teresa Publio Dias
maria teresa

As mulheres ainda têm pouco espaço e incentivo no esporte, mas Maria Teresa está disposta a mudar esse jogo. Depois de atuar como judoca profissionalmente, estudou administração esportiva no EUA e entendeu o quão era importante o investimento em carreiras femininas da área.

Voltando ao país, fundou a startup Soul Brasil Esportes para assessorar atletas em início de carreira em termos de gestão de carreira, marketing e branding, preparação física e apoios financeiro, psicológico, nutricional e educacional. Dois anos depois da iniciativa, já atende 500 atletas das mais diversas modalidades, incluindo a iatista olímpica Ana Barbachan.

Ester Sabino e Jaqueline Goes de Jesus
bino e jaqueline goes de jesus cientistas

Com uma carreira longínqua no campo da ciência, Ester Sabino é diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, e se juntou à outra mulher incrível, a biomédica Jaqueline Goes de Jesus, para sequenciar o genoma do novo coronavírus. O estudo foi feito às pressas logo no início da crise, no tempo recorde de 48 horas, sendo fundamental para entender a sua origem.

As duas lideraram o grupo de pesquisa e ganharam fama mundial devido à descoberta. Ester também atua na coleta de dados das epidemias do arbovírus, que são dengue, chicungunha, Zika e a febre amarela. Jaqueline participa do mapeamento do zika vírus no Brasil e contribuiu com o sequenciamento de genomas completos de HIV na Inglaterra.

Simony César

simony fundadora app nina

Filha de uma ex-cobradora de ônibus, Simony César é formada em comunicação e design, mas sempre esteve próxima do transporte público. Depois de estagiar em uma empresa de administração de transporte em Recife, de acompanhar a vulnerabilidade da mãe e de outras mulheres, resolveu tomar uma atitude: criou um app para denunciar assédio.

Batizado de Nina, o aplicativo premiado mudou para melhor a vida das passageiras de Fortaleza. Funcionando como um botão dentro do app Meu Ônibus Fortaleza, a ferramenta atua diretamente na mobilidade urbana, proporcionando uma cidade mais segura para as mulheres ao fomentar políticas públicas através de dados. O app é gratuito nos sistemas iOS e Android.

Alaize Reis
alaize reis

Filha de um mestre de obras e de uma babá, Alaize Reis soube trilhar seu próprio caminho pegando influências dos pais. Mesmo vivendo de forma humilde, formou-se em engenharia e se especializou em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos, além de gestão de projetos.

Com o intuito de incentivar outras mulheres no setor, idealizou e fundou o Instituto Feminino de Engenharia. A iniciativa se propõe a instruir e disseminar conhecimento em prol da valorização profissional e da maior participação das mulheres dentro das organizações Públicas e Privadas.

Carolina de Assis Barros

Quando apresentaram ao mundo a nota de R$ 200, o rosto de Carolina de Assis Barros circulou em portais da internet. Isso porque ela é a diretora de Administração do Banco Central, sendo a terceira mulher a já ter ocupado cargo nos 50 anos do Bacen.

Antes de chegar ao cobiçado cargo, a administradora trabalhou por 17 anos na instituição financeira e foi conquistando seu espaço ao longo dos anos dentro da área econômica. Carolina é a única mulher entre oito homens no Comitê de Política Monetária (Copom), que define a taxa básica de juros.

Tatiana Pimenta

tatiana pimenta

A trajetória de Tatiana Pimenta mudou radicalmente quando ela foi demitida. Formada em engenharia, atuou na área e chegou a cargos executivos em multinacionais, mas no mesmo momento em que foi desligada da empresa, recebeu o diagnóstico de câncer do pai, passando a cuidar dele.

Se apoiando na terapia para enfrentar dificuldades neste período, resolveu abrir uma startup que atendesse às necessidades emocionais de cada um via teleatendimento, conectando psicólogos e pacientes. A Vittude atende empresas que procuram dar apoio psicológico aos colaboradores como benefício, melhorando o clima organizacional.

Maite Schneider

maite schineider

De olho na falta de oportunidade para mulheres e homens transgênero, a empresária Maite Schneider criou o projeto social Transempregos, um banco de talentos e vagas focado numa parcela discriminada da população. Com início em 2013, passou a garantir emprego e dignidade para vários cidadãos e cidadãs que eram excluídos do processo de seleção das empresas brasileiras.

Antes, em 2009, fundou junto a outras três mulheres trans a ABRAT – Associação Brasileira de Transgêneros, focado em educação e formação acerca de questões relacionadas às pessoas trans do país. A diversidade certamente dá passos mais largos depois da chegada de Maite.

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