Sabe aquele sentimento de incapacidade que às vezes surge diante do trabalho? Dependendo da constância, pode ser que você esteja sendo vítima da autossabotagem – assunto que cada vez mais tem permeado o ambiente de trabalho e se tornado uma preocupação da chamada psicologia organizacional.

Muitas empresas já se deram conta do quanto é positivo ter funcionários motivados e confiantes no trabalho – fatores que refletem diretamente na produtividade e na qualidade dos resultados das instituições.

Com a nova formatação do trabalho diante da pandemia, o assunto tem se tornado pauta das empresas. Isso porque o home office e os modelos híbridos vieram de forma quase impositiva. Todas essas questões afetaram diretamente a saúde mental dos colaboradores e, consequentemente, o mundo do trabalho.

Neste texto, vamos entender melhor conceitos como psicologia organizacional, síndrome do impostor e autossabotagem. Além disso, vamos te ajudar a reconhecê-la em sua vida.

O termo Síndrome do Impostor foi mencionado pela primeira vez em 1978 pelas psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes. O estudo da dupla foi realizado com 150 mulheres e todas se consideravam impostoras.

O que é psicologia organizacional?

A psicologia organizacional utiliza o acúmulo de conhecimentos da psicologia para analisar e compreender os indivíduos e a coletividade no ambiente corporativo.

O objetivo é melhorar não só o desempenho organizacional, mas também a qualidade de vida dos colaboradores. Para isso, estuda os fenômenos cognitivos, comportamentais, subjetivos e psicológicos presentes nas organizações.

Um estudo feito pelo Conselho Federal de Psicologia analisou “Quem é o Psicólogo Brasileiro”. A psicologia organizacional aparece como a segunda maior área da psicologia no país. Os dados indicam que 23,6% dos psicólogos atuam com psicologia organizacional.

Psicologia organizacional e psicologia do trabalho

Um erro comum é confundir a psicologia organizacional com a psicologia do trabalho. Embora ambas sejam complementares, os seus objetivos seguem caminhos um pouco diferentes.

A psicologia organizacional pretende manter o ambiente de trabalho saudável; por isso, foca no desenvolvimento de profissionais de maneira geral. Já a psicologia do trabalho tenta compreender o sentido da realização pessoal do colaborador ao desempenhar suas atividades profissionais.

Como reconhecer a autossabotagem?

Para compreender a autossabotagem, é preciso falar sobre a Síndrome da Impostora. Essa condição psicológica é caracterizada por uma tendência pela autossabotagem, fazendo com que a pessoa crie uma percepção de incompetência sobre si mesma.

O termo surgiu de um estudo das psicólogas Pauline Clance e Suzanne Imes, realizado em 1978. A dupla entrevistou 150 mulheres, e todas elas se avaliaram como impostoras. Embora isso também aconteça com homens, há maior prevalência entre as mulheres por conta da dinâmica social e histórica.

Alguns sintomas da autossabotagem para ficar de olho são os seguintes.

  • Não acreditar em si mesmo;
  • Ter dificuldade em aceitar elogios;
  • Se achar insuficiente no trabalho e até em relacionamentos;
  • Se sentir uma fraude;
  • Ficar se boicotando o tempo todo;
  • Acabar apelando para a procrastinação;
  • Sentir muito desgaste emocional;
  • Ter desânimo com o que faz, mesmo que faça bem;

Como tratar a autossabotagem?

A autossabotagem é um sintoma da falta de autoconhecimento. Por isso, ao perceber que você está se boicotando, se colocando como incapaz, fique atento.

O primeiro passo é reconhecer o que está acontecendo, entender que a autossabotagem está atuando e tomar consciência disso.

Tentar refletir os motivos pelos quais você está se sabotando é uma dica importante. No entanto, isso pode envolver traumas do passado e questões mais profundas. Algumas pessoas não vão conseguir fazer isso sozinhas. Nesse caso, é indicado buscar ajuda de um profissional da psicologia.

Psicologia organizacional: como empresas podem ajudar os colaboradores?

Uma pesquisa conduzida pela Kenoby mapeou a atenção das empresas brasileiras à saúde mental de seus funcionários. O levantamento avaliou 488 profissionais de Recursos Humanos de empresas com até 500 funcionários. Um dado chama a atenção: 93% dos entrevistados acreditam que falta um olhar das empresas para o tema.

Embora as companhias tenham se interessado e dado mais atenção ao assunto nos últimos anos, ainda há um grande caminho a ser percorrido. Pensar na saúde mental em meio à pandemia também tem sido um grande desafio não só das empresas, mas da sociedade como um todo.

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