A gestão de pessoas é uma peça-chave das empresas. Os negócios que já perceberam o valor do capital humano veem cada vez com mais atenção o ambiente de trabalho, buscando oferecer qualidade de vida a seus colaboradores e assim conseguir um maior engajamento. É sabido que funcionários satisfeitos trazem um retorno maior, pois se sentem motivados a aumentar a produção para atingir bons resultados.
Uma das formas de trilhar esse caminho é por meio da gestão participativa. Centrada em um relacionamento respeitoso, coerente e transparente, ela faz com que os líderes compartilhem e discutam suas ideias com a equipe. E o grupo, ao participar da discussões, acaba assumindo o protagonismo das mudanças, favorecendo o empreendimento como um todo.
“Os funcionários são a imagem da empresa. Se eles não vibrarem na mesma frequência, os clientes não serão impactados”, afirma a mentora de empreendedores Rayani Immediato. Para tanto, deve haver uma cultura forte, capaz de influenciar os colaboradores, diz ela.
Como melhorar o engajamento
Investir na cultura organizacional é fundamental para que o tripé clientes-colaboradores-acionistas seja bem atendido. E, aqui, incluem-se aspectos como valores, rituais e normas adotadas pela empresa. As diretrizes estabelecidas pela organização devem ser definidas de acordo com os padrões de comportamento, dando aos funcionários um senso de pertencimento e fazendo com que se comprometam com os interesses coletivos. Ao se sentirem incluídos e terem a clareza de todos os processos, os colaboradores podem fazer a diferença no bom andamento do companhia. Isso porque os processos operacionais e tecnológicos, se alinhados aos valores centrais, estarão presentes nas boas práticas e nos padrões de desempenho. “Acionistas e sócios são os responsáveis por construir o código de cultura do negócio e passá-lo para o colaborador”, explica a Rayani.
Para a professora Adriana Furquim, do curso de pós-graduação em Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação, do Centro Universitário Senac, antes de qualquer ação de engajamento, é preciso assegurar boas condições de trabalho, com infraestrutura adequada, uniformes e EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) minimamente apropriados, que deem segurança aos funcionários em suas atividades rotineiras. “Além disso, a empresa deve possuir uma política de gestão de pessoas com salários justos, a remuneração em dia e benefícios que façam sentido ao perfil da equipe”, destaca Adriana. Outro ponto importante é ter clareza da estrutura hierárquica – de quem está no comando. “Principalmente, se a liderança está preparada para conduzir o grupo e direcioná-lo em busca de resultados, com regras estabelecidas e papéis bem definidos. Estes fatores juntos darão mais força para que todos se mantenham engajados e motivados”, afirma a professora.
Metade dos pequenos negócios promove ações de engajamento
A pesquisa Panorama Engajamento Brasil 2018 ouviu 553 empresas e constatou que 64% delas tinham um projeto (ou grupo de ações) para aumentar o engajamento dos colaboradores. O estudo, feito de forma colaborativa por diversos players de mercado (99jobs, Mercer e Totvs, entre outros), observou que nas companhias com mais de 5.000 funcionários, as atividades de engajamento chegam a 84%. Já nas instituições com até 50 pessoas, a porcentagem cai para 50%.
“As micro e pequenas empresas sofrem com os desafios da gestão empresarial. Com estruturas enxutas e às vezes pouco profissionalizadas, elas podem não conseguir lidar com as demandas que aparecem, como um planejamento eficiente”, pontua Adriana Furquim. Para tanto, é essencial mudar a forma de conduzir a companhia, buscando metodologias assertivas de gestão, que envolvem a própria descentralização, partindo para um processo mais participativo e coordenado com a equipe, completa a professora.
E na sua empresa, qual a política para fortalecer a cultura da empresa com os colaboradores? Conte aqui pra gente!