Encontrar os profissionais certos para compor sua equipe pode não ser uma tarefa fácil. No entanto, manter estes profissionais pode ser um desafio ainda maior. Por essa razão, é cada vez mais importante desenvolver as melhores práticas de implementação de retenção de talentos nas organizações.
A realidade no Brasil é de um cenário de trabalho estressante, que compromete a produtividade das equipes e suga a qualidade de vida dos trabalhadores. O resultado é uma grande dificuldade de manter as pessoas certas nas empresas, já que as organizações têm pouco conhecimento sobre a insatisfação dos seus funcionários.
Pensando nisso, nós separamos um conteúdo completo que vai esclarecer para você conceitos interessantes sobre retenção de talentos. Além disso, vamos mostrar os benefícios de práticas consistentes de retenção de talentos e como você pode implementá-las na sua empresa. Vamos conferir?
O que é retenção de talentos?
O primeiro passo para realizar uma boa retenção de talentos é, sem dúvida, compreender o que isso quer dizer. Portanto, na gestão de pessoas, reter talentos significa reunir e aplicar um conjunto de práticas que garantam que os bons funcionários de uma empresa continuem trabalhando nela.
Consequentemente, isso se tornará um diferencial competitivo, contribuindo para a solidez da cultura empresarial e também da sua marca no mercado. Desse modo, reter talentos é parte da estratégia de sucesso de uma organização.
Antes de avançar para a importância e boas práticas na retenção de talentos, é válido compreender que manter os melhores colaboradores na empresa vai além de uma finalidade produtiva. Dessa forma, não basta manter os profissionais produtivos, mas é preciso identificar aqueles que realmente estão alinhados com a cultura da empresa.
Isso acontece porque as competências técnicas necessárias para a produtividade podem ser desenvolvidas por meio de treinamentos. Já as habilidades comportamentais, os valores e os propósitos pessoais dificilmente se alinham a uma empresa que tem prioridades diferentes.
Quais são os benefícios de reter talentos?
Agora que você já entendeu o que é a retenção de talentos e qual o seu poder de impacto nas organizações, conheça os benefícios que ela instiga nas equipes e nos resultados organizacionais. Veja!
Contribui para um bom clima de trabalho
O clima de trabalho é a forma como as pessoas percebem o ambiente e as relações que ocorrem dentro da empresa. Isso significa que um clima positivo influencia os trabalhadores a estabelecerem experiências produtivas. Já o clima negativo pode impactar seus resultados, humor e até mesmo as relações interpessoais.
Se você está se perguntando por que isso acontece, saiba que profissionais que possuem talentos são mais propensos a ajudar seu time de trabalho. Além disso, eles desempenham suas funções com energia e acabam inspirando seus pares. Isso melhora as relações entre os membros de uma equipe e promove o bem-estar coletivo.
Promove o engajamento e a produtividade
Se a retenção de bons profissionais contribui para o bem-estar coletivo, é consequência disso que as pessoas se sintam motivadas a colaborar entre si, melhorando o engajamento e a produtividade. Se as equipes trabalham com um objetivo comum, é mais fácil que as tarefas sejam cumpridas de forma ágil e com qualidade.
Já quando a empresa arrisca perder um talento importante, isso pode abalar significativamente o clima organizacional e a produtividade do grupo. Isso porque a inserção de um novo profissional no lugar no anterior exige tempo de adaptação.
Facilita a tomada de decisão
Com a mudança do cenário econômico do país e a necessidade das empresas instituírem equipes menores e mais eficazes, muitos profissionais talentosos tiveram a oportunidade de assumir posições estratégicas.
Dessa forma, se você retém um profissional talentoso, engajado com os valores, alinhados à cultura empresarial e capaz de assumir uma frente estratégica, a tomada de decisões acaba sendo muito mais fácil. Isso é intensificado se ele já conhece a dinâmica de mercado da empresa, seus principais desafios e a sua estratégia.
Reduz significativamente os custos
Um alto índice de turnover custa caro. Quem enfrenta esse problema sabe muito bem do que estamos falando. Além da perda do talento em si, a empresa precisa arcar com custos rescisórios, um novo recrutamento, processo seletivo, treinamento e capacitação para o profissional contratado.
Como se não fosse um desembolso suficiente, muito tempo é despendido em todo esse processo. Tudo isso impacta no desempenho do profissional responsável pela nova admissão e também de toda a equipe desfalcada.
Mantém o capital intelectual
Cada pessoa é um conjunto único de habilidades, conhecimentos, experiências e comportamentos. Quando a empresa perde um talento, ela perde essa combinação exclusiva, junto de todo o capital intelectual que essa pessoa detém.
Além disso, todos os processos e a expertise de mercado adquirida durante a atuação do profissional na sua empresa também vão embora. Nesse caso, existem dois riscos sérios que a empresa passa a correr:
- o profissional pode levar todo o conhecimento obtido na sua empresa para a concorrência;
- o substituto pode não corresponder à altura do capital intelectual do talento perdido.
Em ambos os casos, a melhor alternativa é investir na retenção de talentos.
Quais as melhores práticas para a retenção de talentos em uma empresa?
Agora que você já sabe o que é a retenção de talentos, o poder que ela tem em uma empresa e quais os benefícios ela é capaz de gerar, é chegada a hora de descobrir como a gestão de pessoas pode tornar isso real no seu negócio.
Confira abaixo o conjunto de boas práticas que nós elegemos para melhorar a retenção de talentos na sua empresa.
1. Invista no ambiente de trabalho
A maior parte das pessoas passa 8 horas do seu dia dentro da empresa. Às vezes até mais. Por isso, quando o ambiente empresarial não contribui para o bem-estar dos trabalhadores, esse pode ser um fator de forte influência na sua taxa de turnover.
Por isso, é importante investir em infraestrutura e detalhes que fazem a diferença. Isso vai desde a questão ergonômica — como a substituição de móveis, adoção de EPIs e distribuição do espaço de trabalho —, até as atividades que a empresa oferece — ginástica laboral, atividades físicas, horários flexíveis.
Um ambiente de trabalho saudável gera qualidade de vida e engajamento dos funcionários. Pensando nisso, busque ampliar a forma como sua empresa contribui para a saúde e o enriquecimento cultural de seus colaboradores, por meio de benefícios como o vale-cultura e os cartões de refeição e de alimentação.
2. Melhore a comunicação
A comunicação é uma das chaves essenciais para o alinhamento de objetivos dentro de uma organização. É por meio dela que as equipes conseguem esclarecer dúvidas e se sentirem seguras com os seus novos desafios.
Por isso, inicie essa estratégia pelo topo da empresa, dos líderes até os funcionários. O sentido é utilizar uma política próxima de “portas abertas”, na qual as informações fluem por todos os níveis hierárquicos da organização.
Também é válido procurar opções alternativas para auxiliar na comunicação, tais como:
- um sistema de intranet;
- TV corporativa;
- aplicativos mobile;
- murais de recado;
- newsletters.
3. Estimule a meritocracia
Possibilitar o crescimento dos colaboradores é um fator de impacto na sua motivação. No entanto, não é possível gerar as mesmas oportunidades para todos. Por isso, é interessante considerar o estímulo à meritocracia. Dessa forma, cada trabalhador é recompensado com base nas suas entregas.
Com essa tática, fica mais fácil implantar e desenvolver planos de carreira. Além disso, é uma alternativa oferecer recompensas específicas à medida que cada colaborador mostre bons resultados, tais como:
- bonificações;
- benefícios;
- folgas;
- premiações em cartão.
4. Desenvolva lideranças
Bons líderes a ensinar as pessoas a liderarem a si mesmas, atuarem com autonomia, serem inspiradas e inspirarem os outros.
Um ótimo método para que as pessoas percebam e aprendam a liderança é pelo exemplo. Incentive seus líderes a atuarem de forma próxima às equipes, colocarem a “mão na massa”, auxiliarem nas decisões cotidianas.
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