Impressão de que o momento presente é uma repetição eterna dos acontecimentos do dia anterior, sensação de esgotamento, falta de vontade para exercer tarefas que antes eram prazerosas, descumprimento de prazos, necessidade de refazer várias vezes o mesmo trabalho, ou a constatação de que ninguém – nem você mesmo – valoriza suas realizações. Estes podem ser sintomas da Síndrome de Burnout, conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional.

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Trata-se de um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por fatores relacionados às atividades laborais. Ela se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso, seja por pressão de metas, excesso de trabalho, jornadas longas ou preocupação econômica.

Segundo pesquisa do instituto Ipsos, a saúde mental piorou para 53% dos brasileiros no último ano. Em razão disso, é fundamental que as empresas, em especial os profissionais de RH, busquem soluções para cuidar do bem-estar da equipe.

Por isso, o blog da Alelo lista sete dicas de como o RH e líderes podem ajudar seus colaboradores:

Como identificar os sintomas da Síndrome de Burnout

Para que os gestores identifiquem os possíveis sinais da Síndrome de Burnout, é necessário ampliar a visão para além dos números, resultados e dados tangíveis. Se por exemplo, o funcionário que costumava sempre cumprir entregas está procrastinando, qual será o motivo profundo por trás desse comportamento?

“Não cumprir um prazo ou gerar retrabalho é o que o indivíduo mostra para o chefe, mas não é necessariamente porque ele não quer ajudar ou colaborar”, diz Andrea Deis, professora nas áreas de desenvolvimento humano e liderança na pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de gestão de pessoas no MBA da Fundação Getúlio Vargas.

Existem algumas explicações para o aumento na ocorrência da síndrome. Uma delas está relacionada ao comportamento dos gestores. Muitos funcionários com Burnout relataram que sentiram grandes dificuldades em se adaptar à gestão remota e em se abrir para a vulnerabilidade da equipe e de si próprios.

“As lideranças não estavam preparadas para fazer monitoramento e controle na pandemia. Áreas inteiras ficaram comprometidas, e as pessoas não sabiam explicar o porquê”, afirma a gestora de carreira.

É fato que os acontecimentos dos últimos anos impactaram a vida de todos. Por isso, muitas adaptações e aprendizados são necessários.

1- Comunicação transparente

Grande parte da ansiedade é causada por surpresas ou mudanças não comunicadas na empresa. Se os funcionários souberem da mudança antes que ela aconteça, é mais provável que a aceitem e se adaptem. Por isso, aposte em uma comunicação direta e transparente com as equipes, sempre explicando o motivo das mudanças e dando tempo para as adaptações.

2-Incentive as pausas

O volume de trabalho está aumentando e nem sempre, acompanhado de um aumento correspondente de novos trabalhadores. Com isso, a força de trabalho atual está sob pressão devido à capacidade limitada de distribuir o trabalho de forma mais eficaz. Por isso, o RH e os líderes precisam definir o padrão de pausas e dar o exemplo. Use os dias de folga e estimule que os funcionários desconectem. O engajamento é comprovadamente maior em ambientes que estimulam o descanso.

Outra dica é instituir o Dia do Foco, como acontece na Alelo. Todos são incentivados a reservarem um dia na semana, no caso a sexta-feira, para deixar a agenda livre e focar na organização das tarefas, colocar os estudos e treinamentos em dia e respirar. Estas atitudes promovem uma sensação de equilíbrio das demandas e consequentemente, mais produtividade.

3-Estimule o bem-estar

A cartela de benefícios dos trabalhadores pode estar recheada de momentos agradáveis, como um vale-cinema ou um happy hour patrocinado pela empresa, por exemplo. Além disso, é possível estimular momentos de relaxamento e bem-estar entre equipes, com dinâmicas que também ajudam com a integração. Algumas ideias:

  • Rodas de conversa;
  • Grupos de leituras;
  • Workshops conduzidos por colaboradores com a proposta de trazer temas fora da atuação da empresa, como dança, música ou teatro;
  • Meditação e muito mais.

4-Reconheça as boas iniciativas

A falta de reconhecimento e o alto nível de cobrança são alguns dos fatores que podem causar a Síndrome de Burnout. Então, é importante pensar em formas de bonificação, para além dos benefícios institucionais. São os chamados “Reconhecimentos não financeiros“.

Ofertar orientação de gestão profissional, ou criar mensagens públicas de agradecimento são algumas das ações que transparecem reconhecimento. Até mesmo um reforço positivo por escrito ou em reunião acerca do trabalho do time pode ser muito legal.

5- Acolhimento real

Observe os colaboradores e ao identificar os sintomas, valide os sentimentos e acolha o profissional. Julgar ou deixar a pessoa de lado pode piorar o quadro. Por isso, mostre que o RH está à disposição para ajudar nesse momento.

6-Acompanhamento profissional

Fique atento aos sintomas e sinais de esgotamento. A delicadeza e a rapidez em perceber o que está acontecendo podem ser cruciais. O RH pode incentivar e oferecer acompanhamento psicológico quando o funcionário solicitar. É importante mostrar a relevância de intervenção profissional nesses casos.

7-Sustente a periodicidade das ações na companhia

As práticas para manter a saúde mental dos colaboradores devem ser mantidas para garantir os resultados a longo prazo na empresa. Por isso, um calendário de atividades é essencial para assegurar a periodicidade das ações.

Portanto, saiba que adotar estratégias para manter a saúde mental dos colaboradores não é um privilégio para grandes empresas. Neste contexto, é possível que organizações de todos os portes encontrem soluções para suas realidades e necessidades, o que contribui para o sucesso do negócio.

Lembre-se de que empresas são feitas por pessoas e para pessoas. 🙂

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