A Síndrome de Burnout está incluída na 11ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-11) como um fenômeno ocupacional. É o que diz a Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado pela Organização das Nações Unidas – Brasil.

A CID-11 diz que “burnout é uma síndrome conceituada como resultante do estresse crônico no local de trabalho que não foi gerenciado com sucesso”.

Sensação de esgotamento, falta de vontade para exercer tarefas que antes eram prazerosas, descumprimento de prazos, necessidade de refazer várias vezes o mesmo trabalho são alguns dos sintomas de burnout, conhecida também como síndrome do esgotamento profissional.

Vamos entender direitinho o que é isso? Se sua resposta é sim, bora lá!

O que é burnout?

Trata-se de um estado de tensão emocional e estresse crônico provocado por fatores relacionados às atividades laborais.

A síndrome, segundo o Ministério da Saúde, “é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade”.

Ela se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso, seja por pressão de metas, excesso de trabalho, jornadas longas ou preocupação econômica.

De acordo com reportagem publicada pela CNN Brasil, diz que “no Brasil, mais da metade da população vê a saúde mental como o principal problema do país em termos de bem-estar”.

A reportagem diz ainda que “o dado consta em uma pesquisa exclusiva realizada pela Ipsos, que mapeou os problemas de bem-estar em diversos países do mundo. O levantamento também aponta que a preocupação com o tema tem crescido ao longo dos últimos anos”.

Por fim, a matéria diz que “em 2018, primeiro ano em que a Ipsos realizou o monitoramento, 18% dos entrevistados mencionaram a saúde mental como tema de maior preocupação. Em 2023, na mais recente avaliação, esse percentual subiu para 52%”.

Em razão disso, é fundamental que as empresas busquem soluções para cuidar do bem-estar da equipe.

Bora ver sete dicas para ajudar os líderes de RH com os colaboradores?

Como identificar os sintomas da Síndrome de Burnout

Para que os gestores identifiquem os possíveis sinais da Síndrome de Burnout, é necessário ampliar a visão para além dos números, resultados e dados tangíveis.

Por exemplo: o funcionário que costumava sempre cumprir entregas está procrastinando. O RH deve entender por qual motivo o colaborador tem esse comportamento?

“Não cumprir um prazo ou gerar retrabalho é o que o indivíduo mostra para o chefe, mas não é necessariamente porque ele não quer ajudar ou colaborar”, diz Andrea Deis, professora nas áreas de desenvolvimento humano e liderança na pós-graduação da Universidade Presbiteriana Mackenzie e de gestão de pessoas no MBA da Fundação Getúlio Vargas.

Existem algumas explicações para o aumento na ocorrência da síndrome. Uma delas está relacionada ao comportamento dos gestores. Muitos funcionários com burnout relataram que sentiram grandes dificuldades em se adaptar à gestão remota e em se abrir para a vulnerabilidade da equipe e de si próprios.

“As lideranças não estavam preparadas para fazer monitoramento e controle na pandemia. Áreas inteiras ficaram comprometidas, e as pessoas não sabiam explicar o porquê”, afirma a gestora de carreira.

É fato que os acontecimentos dos últimos anos impactaram a vida de todos. Por isso, muitas adaptações e aprendizados são necessários.

1- Comunicação transparente

Grande parte da ansiedade é causada por surpresas ou mudanças não comunicadas na empresa.

Se os funcionários souberem da mudança antes que ela aconteça, é mais provável que a aceitem e se adaptem.

Por isso, aposte em uma comunicação direta e transparente com as equipes, sempre explicando o motivo das mudanças e dando tempo para as adaptações.

2-Incentive as pausas

O volume de trabalho está aumentando e nem sempre vem acompanhado de um aumento correspondente de novos trabalhadores.

Com isso, a força de trabalho atual está sob pressão devido à capacidade limitada de distribuir o trabalho de forma mais eficaz.

Sendo assim, o RH e os líderes precisam definir o padrão de pausas e dar o exemplo.

Use os dias de folga e estimule que os funcionários desconectem. O engajamento é comprovadamente maior em ambientes que estimulam o descanso.

Outra dica é instituir o Dia do Foco, como acontece na Alelo. Mas como assim?

Todos são incentivados a reservarem um dia na semana, no caso a sexta-feira, para deixar a agenda livre e focar na organização das tarefas, colocar os estudos e treinamentos em dia e respirar.

Estas atitudes promovem uma sensação de equilíbrio das demandas e consequentemente, mais produtividade.

3-Estimule o bem-estar

A cartela de benefícios dos trabalhadores pode estar recheada de momentos agradáveis, como um vale-cinema ou um happy hour patrocinado pela empresa, por exemplo.

Além disso, é possível estimular momentos de relaxamento e bem-estar entre equipes, com dinâmicas que também ajudam com a integração. Pega só essas ideias:

  • Rodas de conversa;
  • Grupos de leituras;
  • Workshops conduzidos por colaboradores com a proposta de trazer temas fora da atuação da empresa, como dança, música ou teatro;
  • Meditação e muito mais.

4-Reconheça as boas iniciativas

A falta de reconhecimento e o alto nível de cobrança são alguns dos fatores que podem causar a Síndrome de Burnout.

Então, é importante pensar em formas de bonificação, para além dos benefícios institucionais. São os chamados “Reconhecimentos não financeiros“.

Oferecer orientação de gestão profissional, ou criar mensagens públicas de agradecimento são algumas das ações que transparecem reconhecimento.

Até mesmo um reforço positivo por escrito ou em reunião acerca do trabalho do time pode ser muito legal.

5- Acolhimento real

Observe os colaboradores e ao identificar os sintomas, valide os sentimentos e acolha o profissional.

Julgar ou deixar a pessoa de lado pode piorar o quadro. Por isso, mostre que o RH está à disposição para ajudar nesse momento.

6-Acompanhamento profissional

Fique atento aos sintomas e sinais de esgotamento. A delicadeza e a rapidez em perceber o que está acontecendo podem ser cruciais.

O RH da empresa pode incentivar e oferecer acompanhamento psicológico quando o funcionário solicitar.

É importante mostrar a relevância da intervenção profissional nesses casos.

7-Sustente a periodicidade das ações na companhia

As práticas para manter a saúde mental dos colaboradores devem ser preservadas para garantir os resultados a longo prazo na empresa. Por isso, um calendário de atividades é essencial para assegurar a periodicidade das ações.

Portanto, saiba que adotar estratégias para manter a saúde mental dos colaboradores não é um privilégio para grandes empresas.

Nesse contexto, é possível que organizações de todos os portes encontrem soluções para suas realidades e necessidades, o que contribui para o sucesso do negócio.

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