Sabe aquela velha máxima de que se o seu negócio não está na internet ele está morto? O mesmo pode-se dizer das redes sociais. O marketing digital é uma arma poderosa e que deve ser usada para quem quer tornar o seu negócio ainda mais conhecido e atingir um público que ainda não possui.
Criar perfis em todas as redes sociais que fazem sentido para seu segmento, alimentá-los com conteúdo de qualidade e entregar na vida real aquilo que promete no mundo on-line é uma receita de sucesso para qualquer negócio. Para isso, existem também algumas ajudinhas essenciais. Apostar em influenciadores ou “KOLs” para disseminar o seu produto nas redes pode ser interessante.
Para começar, você consegue dizer a diferença entre influenciador digital e KOL?
O conceito de KOL (Key Opinion Leader), ou líder chave de opinião, em tradução livre, ganha cada vez mais espaço no marketing digital ao colocar quem é referência na área de atuação para referendar um produto. Neste caso não basta ter milhares de seguidores nas redes sociais, mas ter experiência ou preparação acadêmica para falar do assunto. Na realidade, o KOL pode não ter muitos seguidores. Muitas vezes ele não tem nem 10% da audiência de um influenciador digital, no entanto, sua audiência é extremamente qualificada e engajada. Esse perfil pode ter relação perfeita com quem pode se engajar em favor de seu negócio ou marca.
Já o influenciador digital não tem necessariamente uma formação na área, mas conta com algo que dificilmente um KOL possui: a empatia entre público e personagem. É por meio disso que surge uma relação de confiança e o influenciador consegue “vender” o produto mesmo sem ter a teoria na ponta da língua. Por outro lado, é cada vez mais comum encontrar influenciadores que obtiveram quantidade considerável de seguidores por meio de práticas não recomendadas, no caso do Instagram, por exemplo, utilizam robôs ou scripts para comentar de forma automatizada em postagens de usuários e chamar atenção para serem seguidos, visando ganhar uma audiência “inflada”. Desse modo, investir em um influenciador com grande quantidade de seguidores não é necessariamente garantia de sucesso, pois seus fãs podem não se engajar com as publicações. Além disso, uma enorme quantidade de seguidores que não têm interesse em seu produto é menos interessante do que uma quantidade inferior de seguidores que, apesar de menos numerosos, são exatamente sua audiência nox público alvo, ou seja, estão em sintonia total com seu nicho de atuação. Em função disso, muitos anunciantes estão preferindo pulverizar sua estratégia com Microinfluenciadores (com audiências entre 5 e 25 mil seguidores) ou Nanoinfluenciadores (com até 1.000 seguidores), cujo postagens são extremamente relevantes para sua audiência, que confia e respeita sua opinião.
A primeira dica é encontrar uma pessoa que vá de encontro com o seu produto. Isso mesmo. Antes de enxergar um influenciador ou um KOL, o contratado precisa compartilhar dos mesmos valores que sua empresa emprega. Nada pior do que passar uma imagem de falsidade ou de falta de conexão entre discurso e prática. Avalie também se o público seguidor do influenciador ou KOL está alinhado com seu público-alvo.
Geralmente, as pequenas empresas ou companhias que estão sendo lançadas no mercado apostam neste tipo de estratégia para tornar a marca conhecida. Foi essa a ideia da Light Chef, empresa de São Paulo que comercializa refeições saudáveis por delivery.
“Usamos de forma mais intensa a estratégia de contratar influenciadores no começo da empresa quando não tínhamos uma marca conhecida no mercado. Então precisávamos de algo que nos desse credibilidade, ingrediente que um influenciador pode trazer logo de imediato”, afirmou Leandro Valencio, sócio proprietário da Light Chef.
Ao optar pela estratégia de apostar nas redes sociais e associar a marca com um influenciador, Leandro explica que o segundo passo foi encontrar pessoas que realmente usariam os seus produtos e não alguém que fizesse apenas a propaganda, mas sem de fato consumir o alimento.
“Escolhemos pessoas que estavam passando por algum processo de reeducação alimentar, dieta específica para algum trabalho ou que já tinham como hábito uma alimentação saudável. Foi quando entramos em contato com Ellen Roche, Dani Moreno, Sabrina Sato, Paloma Bernardi, entre outras”, revelou.
Todos as interações com influenciadores da empresa aconteceram por meio de permuta, o que demandou bastante negociação, mas foi o que viabilizou as propagandas nas redes sociais.
Leandro também conta que depois de alguns meses a Light Chef conquistou um número bom de clientes e ele entendeu que o uso de influenciadores já não fazia mais tanto sentido.
“Não usamos tanto mais. É um pouco mais difícil de encontrar algo que seja genuíno com a quantidade de influenciadores que hoje vivem da propaganda. E isso acaba sendo percebido pelo público que acompanha o influenciador, quando ele está somente fazendo uma postagem sem realmente consumir o produto”, finalizou.
Por isso, na hora de definir quem pode impulsionar sua marca é preciso levar em conta fatores como o momento da empresa e o valor disponível para investimento. Acompanhar o influenciador por um tempo antes de fechar o contrato, observar a linguagem, as interações legítimas dos seguidores e o volume de postagens com teor publicitário também é essencial para entender se faz sentido para a imagem da sua empresa.
Confira algumas dicas para iniciar a estratégia nas redes sociais:
1 – Identifique o seu público-alvo
2 – Com o público-alvo definido, analise quem é referência neste setor e avalie se existe uma ligação entre esta pessoa e o seu produto, independentemente de ser um influenciador ou um líder chave de opinião (KOL”.
3 – Construa uma relação de confiança com o influenciador ou KOL. Só assim ele poderá transmitir de forma natural uma mensagem a respeito de seu produto ou serviço.
4 – Invista também nas suas redes sociais próprias. Não adianta muito usar um influenciador para exibir a sua marca se o seu negócio não está preparado para receber este público novo.
5 – Transmita o roteiro, mas esteja disposto a conceder liberdade criativa para o influenciador ou KOL. Um ponto forte entre eles é serem excelentes criadores de conteúdo original. Para ter relação com seus seguidores, que já estão acostumados com seu tom de voz, estilo visual e identidade de suas publicações, é necessário que o anunciante seja flexível e adaptável. Afinal, o influenciador sabe o que funciona para seus fãs, pois ele conhece o público melhor do que ninguém.
6 – Curtidas e comentários não são nada se não mexerem o ponteiro de negócios. Foque no que realmente importa, seja pragmático quanto ao retorno gerado para o seu negócio. Peça para o influenciador utilizar endereços traqueáveis para saber quantas visitas a página de destino de sua campanha recebeu em decorrência das postagens do influenciador. E ao final da campanha, solicite do contratado um relatório onde são apresentados dados como qual foi o alcance de suas postagens, a quantidade de interações (curtidas, comentários) e cliques no link de destino de sua campanha levando para seu site, formulário ou loja virtual.