“Ter dados, aprimorá-los e colocá-los para trabalharem a favor da empresa”, disse um dos painelistas.

Na tarde desta quarta-feira (28), passaram pelo CONARH 2024 o americano David Blake, CEO e fundador da Degreed; Mariana Mancini, Diretora de Recursos Humanos para a América Latina da Dow e Tatiana Fernandes, Sócia-líder de Recursos Humanos da PwC Brasil. Eles falaram sobre “Carreira 4.0: Estratégias para o Futuro”.

Tatiana, que já atuou em diversos projetos de consultoria e auditoria no mercado financeiro do Brasil, Chile, Colômbia, Argentina, Uruguai, EUA, China, entre outros, disse que na indústria 1.0 e 2.0 se buscava apenas a produção. Na carreira, as habilidades mais requisitadas eram manuais, ou seja, a empresa era a carreira, já que ficavam no mesmo lugar até aposentar.

“Depois as pessoas começaram a ampliar a carreira e se enxergar além da empresa. Isso foi por volta de 1970. É um período de transformação e início do surgimento de novas tecnologias”, disse Tatiana.

Nos anos 2000, os impactos da internet começam a surgir e traz novas skills, formando a carreira 3.0. Aí vem a questão de as pessoas acharem o seu propósito. 

Com a indústria 4.0 (com produtos e serviços totalmente digitais), surgem também novas possibilidades na carreira.

Painel: "Carreira 4.0: Estratégias para o Futuro”
Painel: “Carreira 4.0: Estratégias para o Futuro”

“Hoje as suas habilidades definem a sua carreira. É um mundo muito ampliado pela evolução digital, principalmente na pandemia”, complementa Tatiana.

Mariana Mancini falou que a indústria química é totalmente sazonal e que hoje precisa-se de colaboradores com diversas habilidades. “Começamos a identificar onde estava as nossas carências e desenhamos o nosso leque de skills. Depois mapeamos todos os cargos e estamos buscando recrutar colaboradores com essas skills desejadas”, afirmou a Diretora de Recursos Humanos para a América Latina da Dow, que tem mais de 10 anos de experiência na área de RH. .

O americano, CEO e fundador da Degreed, citou três passos importantes: ter dados, aprimorá-los  e colocá-los para trabalharem a favor da empresa. 

“É uma tarefa muito difícil, mas a IA mudou essa equação. Hoje você não precisa se sobrecarregar de tarefas na sua organização. Você não precisa ter todas as habilidades, mas sim aquelas que são imprescindíveis para o mercado”, afirmou David.

Ele ainda ressaltou a necessidade de lideranças, sendo essa uma das skills mais importantes no cenário de carreira 4.0. 

“Antes uma habilidade nova era relevante por 15 anos. Hoje por apenas dois anos. A durabilidade vai diminuindo conforme o mercado muda com velocidade. Por isso a organização precisa falar a linguagem das habilidades e sinalizar quais são as suas necessidades” afirmou David.

Mariana explicou que na empresa onde trabalha eles valorizam os profissionais que saem da zona de conforto. “A tecnologia trouxe muitas possibilidades de estudo para evoluir na carreira.”

Para finalizar, David fez uma comparação do aprendizado com um trem e um carro de aplicativo: “Livros, artigos, podcast são todos passos para o aprendizado. Eu ainda acredito que os livros ensinam mais que qualquer modalidade. O mundo de aprendizagem de carreira era como um trem, você tem que colocar nos trilhos e ir parando nas estações em sequência. Hoje ele é mais como um Uber. Precisamos chegar em um ponto específico, assim como precisamos de skills específicas” finalizou David.

A 50° edição do CONARH vai até 29 de agosto, de forma presencial, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). 

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