Tirando um pouco do preconceito de que ela vai tirar empregos, eu vejo a IA sendo uma ferramenta extremamente assertiva”, disse um dos painelistas
A Inteligência Artificial foi um dos temas abordados no terceiro e último dia do CONARH 2024. No Auditório Alelo, em um dos palcos, estiveram reunidos Chico Araújo, sócio fundador da Beyond Tomorrow; Dora Kaufman, professora do programa Tecnologias da Inteligência e Design Digital (TIDD) da PUC-SP e Rodrigo Gosling, diretor sênior de consultoria de vendas da Oracle que falaram sobre o tema “Inteligência Artificial: Revolução e Transformação dos Negócios”.
“Passamos por diversos processos, desde adoção de microcomputadores e hoje estamos na era das IAs (Inteligências Artificiais). Eu a enxergo como um potencial de acelerar o surgimento de outras tecnologias. Tirando um pouco do preconceito de que ela vai tirar empregos, eu vejo a IA sendo uma ferramenta extremamente assertiva”, afirmou Rodrigo Gosling.
Já a professora da PUC-SP, Dora Kaufman, explicou que a IA já permeia a nossa vida há muito tempo, presente nos apps mais antigos. “O chat GPT é que deu uma popularizada por ter uma interface mais direta. Qualquer criança pode usar. Do ponto de vista do RH é preciso entender a lógica dessa tecnologia”, explicou Dora.
A docente falou também que é preciso tomar cuidado com a palavra inteligência. “É um nome universal, mas não tem relação com inteligência humana. Ela é muito limitada e é apenas um modelo estatístico de probabilidades analisando padrões. Por mexer com probabilidades, sempre há uma incerteza. É um avanço extraordinário, mas não é algo mágico. Temos muito que aprender e aprimorar”.
O sócio fundador da Beyond Tomorrow, Chico Araújo, ressaltou que temos ciclos de inovação longos. “A IA é um ciclo com características diferentes da transformação digital. Esse já passou na pandemia. Hoje as empresas têm gargalos e a IA é aplicada para melhorar a produtividade” disse.
“Eu diria que a velocidade de adoção da IA tem aumentado. Ela tem uma interface intuitiva. Em breve, teremos times híbridos, metade máquinas e metade humanos. As interações vão mudar. O grande ponto sempre foi o teste de Turing e estamos próximos de passar”, afirmou Chico.
Por fim, Dora ainda lembrou a importância de monitorar os riscos da IA e de observar como ela interage com os humanos e se essas soluções são benéficas.