Uma coisa que brasileiro conhece bem é o combo trabalho + estresse, não é mesmo?
Prazos apertados, reuniões sem fim, cobrança por resultados… Tudo isso pode transformar o ambiente de trabalho em um espaço menos produtivo e nada saudável.
Um estudo de 2024 conduzido pela Vittude, em parceria com a Opinion Box, apontou um dado preocupante sobre esse cenário: 40% dos brasileiros veem o trabalho como um fator significativo de estresse e desgaste emocional. E isso é um problemão para as organizações!
Ainda, a pesquisa mostrou que 34% dos participantes afirmaram que suas empresas não implementam medidas voltadas à saúde mental, enquanto 36% consideram ineficazes os programas existentes.
Mas, afinal, dá pra manter a produtividade sem sugar a energia da equipe? A resposta é: sim! E o melhor, mas que muitas vezes é ignorado, é o fato de que quando o estresse diminui, a produtividade sobe.
Se você quer ver seu time mais engajado, motivado e, de quebra, melhorar os resultados da empresa, preparamos um texto completo com estratégias para tornar o trabalho menos estressante e mais produtivo.
Vamos nessa?
Repensar as práticas da sua empresa voltadas ao bem-estar do colaborador
Está na hora de reconsiderar as práticas das organizações que consideram o bem-estar da equipe!
Isso porque a partir de 26 de maio de 2025, todas as empresas no Brasil serão obrigadas a implementar medidas para identificar e combater riscos psicossociais no ambiente de trabalho, como: estresse, assédio e carga mental excessiva.
Essa exigência resulta da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), que agora inclui a saúde mental como parte integrante dos relatórios de risco ocupacional.
Ou seja, as organizações deverão garantir um ambiente de trabalho psicologicamente saudável, identificando fatores como; excesso de carga de trabalho, metas abusivas, assédio moral e sexual, jornadas excessivas, entre outros, que possam afetar negativamente o bem-estar dos colaboradores.
Para se adequar a essa nova exigência, é preciso incluir a avaliação de riscos psicossociais em seus Programas de Gerenciamento de Riscos (PGR), implementando planos de ação e medidas preventivas, como: treinamentos, palestras e apoio psicológico.
Mas, além disso, é preciso criar uma cultura organizacional saudável e livre de estresse! Sendo assim, as empresas podem seguir algumas práticas, listadas pela Alelo a seguir!
Vamos considerar a flexibilidade?!
Sabe aquele modelo tradicional de trabalho, em que todo mundo tem que estar na empresa das 8h às 18h, mesmo que boa parte do tempo seja desperdiçada?
Nem sempre ele é uma resposta para tudo e, desde a pandemia de Covid-19, várias pesquisas têm mostrado que ele não é tão eficiente quanto parece.
Dar autonomia para a equipe definir horários e, sempre que possível, permitir o trabalho híbrido ou remoto pode fazer milagres pelo bem-estar e pela produtividade.
E já sabemos que colaboradores menos estressados produzem mais e com mais qualidade!
Uma pesquisa da Digital Worker Experience Survey, do Gartner, por exemplo, mostrou que 43% dos entrevistados disseram que a flexibilidade no horário de trabalho os ajudou a obter maior produtividade, e 30% disseram que gastar menos ou nenhum tempo com o deslocamento os permitiu ser mais produtivos.
E não podemos deixar de reforçar que essa melhora na produtividade impacta diretamente os resultados! Uma pesquisa da Gallup mostrou que organizações com altos níveis de engajamento têm resultados até 22% mais altos do que as companhias que não contam com colaboradores engajados.
Aposte em uma cultura de respeito: menos pressão, mais resultado
Nada de microgestão e cobranças desnecessárias – isso pode gerar um esgotamento e um maior desgaste da equipe!
Criar um ambiente de confiança e respeito ajuda a reduzir a ansiedade e aumenta a motivação. Por isso, crie um espaço saudável em que a sua equipe se sinta à vontade para opinar, errar e aprender.
Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) de 2022 identificou que 43% dos entrevistados sofrem com sobrecarga de trabalho e 31% enfrentam muita pressão por resultados e metas.
Além disso, o mesmo estudo mostrou que 12% dos colaboradores sentem desconforto em compartilhar seus desafios com colegas da equipe, e isso tem um impacto bastante negativo para a criação de uma cultura saudável de uma empresa.

Ofereça benefícios que façam a diferença
Salário é importante, claro, mas benefícios que impactam a qualidade de vida também contam muito.
Oferecer vale-alimentação, auxílio home office, apoio psicológico e até dias de folga extras pode ajudar (e muito!) a reduzir o estresse da equipe.
Uma pesquisa da Robert Half mostrou que 99% dos profissionais consideram os benefícios antes de aceitar uma oportunidade de emprego.
Além disso, um estudo da Catho com colaboradores brasileiros identificou que os benefícios mais desejados pela população são: vale-alimentação (67%), assistência médica (66%) e vale-refeição (62%).
Para você saber mais sobre como ter um plano estratégico para manter e reter talentos, e engajar a sua equipe por meio de benefícios, acesse aqui e confira o e-book que preparamos sobre o tema!
Comunicação aberta e objetiva
Nada pior do que passar o dia tentando entender um e-mail confuso ou ser pego de surpresa por uma tarefa de última hora. E esqueça aquelas reuniões que poderiam ter sido um e-mail, viu?
Quando for o caso de reuniões, aposte em encontros curtos e objetivos, que são sempre melhores do que encontros intermináveis sem um propósito claro.
No entanto, mais que isso, é preciso ter uma comunicação aberta e objetiva, a fim de evitar retrabalho, reduzir frustrações, aumentar os feedbacks construtivos, as relações interpessoais e a relação entre a equipe, e melhorar o clima organizacional.
Segundo uma pesquisa conduzida pela 15Five, 81% dos funcionários dão preferência a empresas que mantêm uma comunicação transparente com sua equipe, em vez daquelas que se destacam apenas por oferecer bons pacotes de benefícios.
Ou seja, os benefícios são tão importantes quanto um ambiente corporativo saudável.
Incentive o equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Trabalho não pode ser sinônimo de esgotamento! Trabalhar não deve ser sinônimo de viver!
Estimular pausas, incentivar atividades físicas e promover um ambiente mais saudável são estratégias que fazem a diferença.
Short friday e happy hour da equipe, por exemplo, são algumas ações que podem ser interessantes para incentivar este equilíbrio.
Uma equipe descansada e engajada tem mais criatividade, energia e disposição para encarar os desafios do dia a dia!
Dinâmicas do RH para engajamento da equipe
As dinâmicas de engajamento são ferramentas que ajudam a criar um ambiente de trabalho mais colaborativo, mais saudável e até mais divertido.
Afinal, ninguém quer trabalhar num lugar onde só existem cobrança e zero interação.
Uma das formas mais eficientes de engajar a equipe é promovendo atividades que estimulem a comunicação e o espírito de equipe.
Jogos de resolução de problemas, desafios criativos e até competições saudáveis podem ajudar a fortalecer os laços entre os colaboradores.
Outras práticas incluem dinâmicas que envolvem feedbacks positivos e reconhecimento público, fazendo com que todos se sintam valorizados e motivados a continuar dando o seu melhor.
Outro ponto importante é entender que cada equipe tem um perfil diferente. Algumas pessoas gostam de dinâmicas mais descontraídas, enquanto outras preferem algo mais reflexivo.
O segredo está em variar as abordagens e testar o que funciona melhor.
No fim das contas, quando o RH acerta na estratégia, a equipe se torna mais produtiva, mais engajada e o mais importante: mais feliz no trabalho!
Quer saber mais sobre como manter sua equipe engajada?
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