Aspectos da maturidade empresarial: contar com gente disposta e acostumada a buscar formas de fazer melhor o tempo todo

Você sabe em que estágio de desenvolvimento o seu negócio se encontra? Ter ciência disso é importante para entender os desafios que estão por vir e se preparar para enfrentá-los. Elaborar um plano de ações, baseado nas práticas e nos métodos da própria empresa, ajudará a atingir o próximo nível. No planejamento, também é preciso prever ciclos para analisar resultados e projetar impactos positivos para o período seguinte. A cada avanço feito, um novo processo tem início com foco em melhoria constante. Só assim uma empresa pode avançar e atingir a maturidade, tornando-se mais eficiente e sustentável.

“Processos corporativos são um organismo vivo ou ao menos deveriam ser. Nos tempos em que vivemos, estruturas solidificadas e inflexíveis envelhecem rapidamente. Um negócio saudável deve estar em constante reavaliação”, afirma o professor José Sarkis Arakelian, do curso de Administração da FAAP (Faculdade Armando Álvares Penteado), em São Paulo.

Para ele, a maturação de um negócio acontece quando o que está estabelecido torna-se capaz de ser reavaliado e tem profissionais dispostos a realizar mudanças nas rotinas da empresa. Portanto, nesse momento vale a ‘mea culpa’ de perceber onde errou para aparar as possíveis arestas.

“E isso não deve ser feito de maneira esporádica. Uma corporação, independentemente do tamanho, precisa ter estabelecido em seu processo o período de avaliação de desempenho e tarefas, preferencialmente, antes até do que se avance em um ‘caminho errado’ que pode trazer problemas mais sérios no futuro”, ressalta o professor.

No livro “Os ciclos de vida das organizações”, o especialista em liderança Ichak Adizes estabelece os estágios pelos quais passa uma empresa – infância, pré-adolescência, adolescência, plenitude, estabilidade, aristocracia, pré-burocracia, burocracia e morte. De acordo com ele, quando um negócio atinge a maturidade precisa se reinventar e recuperar a energia.

“Penso que a maturidade está em conseguir estabelecer um constante e proveitoso processo de auto verificação. Empresas pequenas tendem a ter uma dificuldade maior no estabelecimento de processos, muito embora haja também uma chance maior de ‘sentir’ de perto o consumidor e o mercado, com um compromisso menor com os padrões estabelecidos. A questão que fica sempre é a dosagem – grande diferencial entre o remédio que salva, mas que também pode matar”, afirma o professor da FAAP.

Reparar os erros para não quebrar

Corrigir o rumo é essencial para que o negócio não feche as portas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cinco anos após serem criadas, pouco mais de 60% das organizações encerraram suas atividades. E nenhum empreendimento quer fazer parte dessa fatia. Para isso, além das avaliações constantes, fazer um bom planejamento é fundamental.

São muitos os pontos a serem verificados ao se iniciar um negócio. Um deles é o capital de giro para os momentos de necessidade. A consultora Mércia Machado Vergili, da GSPP (Grupo Soares Pereira & Papera), consultoria empresarial, afirma que é preciso perceber o momento de procurar ajuda profissional para atingir melhorias de processos e resultados  .

Segundo ela, durante a formatação de franquias, por exemplo, é comum a execução de estudos financeiros, operacionais, jurídicos, de marketing e comerciais para as empresas, que às vezes ainda são pequenas, mas têm diferencial de produto ou de atuação no mercado, com potencial para se transformar em franquia. “Com estes dados, é possível ter mais claro a organização do trabalho que viabiliza a expansão”, afirma a consultora.

Para o professor Arakelian, da FAAP, as empresas que desejarem ter vida longa, devem apostar também em preparação, fluxo de caixa e colaboradores capacitados e treinados. Ele ressalta que é preciso estabelecer uma cultura voltada à busca do aprendizado com foco nas demandas dos clientes e criação de valor. “E também dormir e acordar tendo resposta para a clássica pergunta ‘por que o consumidor compraria de mim e não de algum concorrente’, tendo em mente que essas razões não são definitivas e estão em constante evolução”, finaliza Arakelian.

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