“Quando sentimos que estamos em um ambiente acolhedor, que nos oferece segurança, conseguimos oferecer entregas melhores”, disse Caroline Marcon, uma das palestrantes.
A 50ª edição do CONARH teve início nesta terça-feira (27) com quatro palestras no Auditório Alelo. Uma delas foi o “Desenvolvendo Líderes e Times Internamente” que contou com a participação de Ana Clara da Silva Pinto, Carlos Frederico e Caroline Marcon.
Quando o assunto é o papel do departamento de RH, Carlos Frederico, Diretor de Gente e Cultura (Recursos Humanos) na Brasal e com experiência de mais de 19 anos em gestão de RH em empresas de grande porte, formação de equipes e planos de desenvolvimento diz: “O papel do RH é possuir influência para ser agente de mudança e instituir novas culturas. A alta liderança não consegue estabelecer novos processos sem a ajuda do RH, como agente transformador junto aos líderes”.
“O grande desafio do RH é crescer mantendo a essência da empresa e estabelecer um procedimento de aprendizado e troca entre liderança e equipes, para que mais pessoas se apaixonem pela marca e para que todos os colaboradores fomentem e sejam embaixadores desse ambiente de aprendizagem”, disse Ana Clara da Silva Pinto que é Head de Pessoas & Cultura da Dengo Chocolates. Com 17 anos de experiência em gestão de pessoas, cultura, saúde e segurança, qualidade de vida e comunicação interna, ela é fundadora da Tons, uma consultoria em diversidade, equidade e inclusão, que apoia empresas a criarem ambientes mais inclusivos, produtivos e inovadores.
Caroline Marcon, consultora organizacional, coach executiva, autora do livro “O Poder dos Times AAA” e fundadora da empresa Marcon Leadership Consulting, complementou: “Para construir um time de pessoas ‘triple A’, o grande diferencial está na confiança e espírito colaborativo, para olhar para o mesmo objetivo e ter uma visão sistêmica”.
Carol ainda levanta algumas questões para reflexão: “O que faz você confiar em mim como profissional? Sou vista como expert e tenho credibilidade? Se você me passa uma coisa importante, fica gerenciando cada passo da demanda ou me deixa fazer o trabalho? Sou um profissional confiável ou instável, que surpreende negativamente a equipe?”.
Ela complementa: “Quando sentimos que estamos em um ambiente acolhedor, que nos oferece segurança, conseguimos oferecer entregas melhores. Para construir um time de excelência, precisamos ter um time que cumpre todos esses objetivos de forma positiva. Somos pessoas sociais, por isso, esses aspectos são importantes”, complementa Marcon.
Carol e Carlos Frederico dizem ainda que cultura é o que você tolera como corporação. Se você tolera líderes indisciplinados e equipes não confiáveis, não conseguirá desenvolver líderes e o time interno.
Vulnerabilidade, no ambiente corporativo, é importante para conectar e encorajar as pessoas. O líder precisa ser autêntico e vulnerável para inspirar as equipes e estabelecer uma cultura mais acolhedora e que instigue as pessoas a evoluir e melhorar”, diz Carlos Frederico.
Dentro da estratégia do negócio, Ana Clara explica a importância do fit cultural e comportamental para a boa performance da empresa. “Para oferecer oportunidades para quem está se desempenhando bem e auxílio e desenvolvimento para quem está tendo dificuldade”, fala.
Ao final da palestra, eles ainda falaram sobre mentoring e os desafios e oportunidades que essa prática pode representar. Deixaram claro que não é positivo fazer apadrinhamento no mentoring, mas tornar o processo como uma espécie de curso de desenvolvimento. Isso, para evitar conflitos de interesse ou beneficiar pessoas específicas. Inteligência emocional e segurança psicológica no ambiente corporativo também foram citados por Ana Clara no encerramento.
O CONARH, considerado um dos maiores eventos de RH no mundo, é realizado no São Paulo Expo, de 27 a 29 de agosto, na capital paulista.
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