Danila Ferreira, Diretora de Recursos Humanos, Relações Públicas, Comunicação e Sustentabilidade na Equatorial Coca-Cola; Fernando Luciano, Vice-presidente de pessoas da Vivo e Rhayda Rufino, Fundadora e CEO da Agência Sophi estiveram presentes no Auditório Alelo, no segundo dia de CONARH 2024 para falarem sobre Marca Empregadora e Cultura Organizacional.
A marca empregadora fortalece tanto a empresa quanto a força comercial, porque o crescimento sustentável das empresas está muito relacionado com a capacidade de atração e retenção de talentos da marca, falou Rhayda ao público.
Ela também disse que ainda há muitos homens no mercado de comunicação e publicidade, especialmente em cargos criativos e cadeiras de liderança. Por isso, segundo ela, a Sophi veio com a missão de mostrar que mulheres também podem, e devem, ocupar esses espaços.
“Na Sophi, somos uma equipe 100% remota, composta apenas por mulheres. Hoje ela é a melhor pequena agência de publicidade segundo o GPTW. Também é top 5 melhores pequenas empresas para trabalhar em Minas Gerais e 14ª em âmbito nacional, atendendo grandes marcas, como: Localiza, Arco Educacional e Drogaria Araújo”, disse Rhayda.
Outro exemplo citado no painel foi a presença da Coca-Cola há 27 anos em Cabo Verde. “Ela chegou nos anos 60, mas passou por alguns desafios durante a guerra interna, voltando nos anos 80 e se estabelecendo nos anos 90. Hoje, para cuidar e reter pessoas, há programas de capacitação e desenvolvimento, visitas de estudo, onboarding, celebrações, aniversários, programas de saúde e reconhecimento e alinhamentos de metas, estratégias e resultados. Porque uma empresa bem alinhada consegue atingir objetivos e se manter trabalhando por um objetivo em comum”, afirmou Danila Ferreira.
Fazer o time entender e viver a cultura e os ideais da empresa são pontos essenciais para gerar engajamento e resultados positivos. Com um NPS acima da média e uma equipe forte, com flexibilidade para lidar com adversidades e clareza de que a empresa não está olhando apenas para os resultados, mas para elas (pessoas) também, como indivíduos importantes, não só como mais um número que pode ser facilmente substituído e não tem valor humano.
Danila conta que o NPS interno da empresa é de mais de 90%, com muitas avaliações positivas. Ainda deu o exemplo de que, quando na Coca-Cola eles passam 24 meses batendo metas ou as superando, precisam pensar no valor que isso tem para o capital humano, não apenas para a corporação. “Isso humaniza o trabalho e evidencia o valor que o esforço de cada um teve para o bom resultado, honrando a história e o esforço de cada um, mantendo os colaboradores ainda mais alinhados à empresa”.
Ela lembrou que pela primeira vez levaram um programa comunitário para Cabo Verde, voltado para a saúde mental. “Ele (o programa) tem o objetivo de atender e prestar auxílio psicológico e aproximar a empresa da comunidade, além de gerar valor para a marca empregadora. Atualmente, mais de 2 mil pessoas são atendidas por profissionais e programas de atividades e lazer”.
O vice-presidente de pessoas da Vivo disse que o objetivo da empresa é levar comunicação para todo o Brasil, com alguns pilares como: familiaridade, consideração, desejo e recrutamento.
“Mas todos esses pilares só podem ser atingidos a partir de uma cultura colaborativa. O que fizemos foi trabalhar na definição que queremos praticar, porque a cultura em si já está feita”, diz Fernando Luciano.
Ele complementa ainda falando que a Vivo é uma empresa que já sofreu diversas fusões, e que isso cria diferentes culturas dentro da corporação.
“Ao definir norteadores, conseguimos trabalhar em prol de uma filosofia, visão e objetivo. Na Vivo, esses norteadores são curiosidade viva, atitude transformadora, conexão humana e ação responsável (sobre respeito, diversidade, responsabilidade sobre o nosso trabalho e nossas ações e sempre buscar impacto positivo em tudo que fazemos). Na Vivo, chamamos tudo isso de ‘paixão púrpura’”.
Marca forte, time forte
Rhayda Rufino diz que para ter uma marca empregadora forte, é importante ter um time, além de unido, que cuide das pessoas.
“Por isso fazemos ações, comemoramos aniversário, inserimos as famílias em eventos especiais como Dia das Mães e sempre pensamos em como embalar nossa cultura e nossos valores em formato de brindes para os nossos colaboradores. Também promovemos concursos entre o nosso time que visam a realizar ou viabilizar sonhos dos familiares”, diz a profissional.
Fernando diz que na Vivo, eles têm métricas que medem o quanto a aplicabilidade da cultura está sendo efetiva e seguida por todos.
“Além disso, em cadeiras de liderança, temos pessoas diversas e somos inclusivos, porque é só a partir da representatividade que a cultura pode se manter. É a partir do exemplo e do que vemos, que conseguimos entender e replicar uma cultura forte, diversa e inclusiva, e a meta da Vivo é isso, cuidar, incluir e diversificar toda a empresa”, conta Fernando.
A fundadora e CEO da agência Sophi diz que olhar para todas as pontas e entender como as pessoas vivenciam a cultura é muito importante. “Ela não é uma foto, imutável. Ela é como um vídeo, que muda constantemente”.
Para uma cultura mais assertiva, especialmente no home office, Rhayda disse que líderes com perfis microgerenciadores, ou até empresas com esse perfil, não funcionam. Isso porque ao precisar reportar cada passo ou ser cobrado por detalhes antes do prazo de entrega, o trabalho não se torna fluido e acaba ficando inviável para o time.
De forma geral, o painel falou muito sobre a importância de ter uma equipe alinhada, que entende a cultura e os objetivos da empresa e como o capital humano é tão importante para uma marca empregadora forte.
A 50° edição do CONARH vai até 29 de agosto, de forma presencial, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP).
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