O protagonismo vem ganhando cada vez mais espaço nas conversas sobre RH e liderança. Diante de um mundo corporativo com mudanças constantes e pressão por resultados, contar com equipes que assumem a responsabilidade não é apenas vantajoso para a empresa, mas também estratégico.

Uma das consequências da ausência de uma cultura de protagonismo dentro das empresas é a falta de lideranças. Segundo um estudo da empresa de recrutamento Robert Walters, 72% da geração mais jovem de trabalhadores prefere progredir em um cargo como funcionário, em vez de ser um gerente intermediário.

Mas, afinal, como o RH pode estimular a cultura do protagonismo dentro da empresa? Vem conferir no texto a seguir.

O que é a cultura do protagonismo?

Protagonismo significa assumir as rédeas da sua própria história. Dentro das empresas, isso se traduz na postura do colaborador que não espera ordens o tempo todo, que toma iniciativa, que busca soluções e que entende seu papel como parte importante do todo.

Ou seja, é o contrário da cultura da passividade, onde as pessoas “fazem o mínimo” apenas para cumprir a tarefa. No protagonismo, o colaborador entende que seu desenvolvimento profissional e os resultados do negócio também passam por suas escolhas, atitudes e engajamento.

E aqui está o pulo do gato: quando essa mentalidade deixa de ser individual e passa a ser cultura organizacional, cria-se um ambiente onde todo mundo tem mais autonomia e disposição para crescer junto com a empresa.

Por que a cultura do protagonismo é importante?

Com novas tecnologias surgindo a todo momento (incluindo os avanços da inteligência artificial), o mundo corporativo pede cada vez mais agilidade.

Se antes os modelos hierárquicos e engessados funcionavam, hoje eles não dão mais conta das transformações. Nesse cenário, o protagonismo deixa de ser um aspecto “desejável” e passa a ser um fator decisivo para a continuidade do negócio.

Ao mesmo tempo, as novas gerações querem ter mais autonomia e propósito, não apenas um salário no fim do mês. Não à toa, promover esse tipo de cultura se torna um fator competitivo para as empresas, principalmente na hora de reter talentos.

Benefícios da cultura do protagonismo

Agora que já entendemos o conceito, vamos ao que interessa: o que a empresa ganha ao cultivar essa cultura? Veja alguns dos benefícios:

1 – Mais engajamento

Colaboradores protagonistas são donos das suas entregas e não apenas executores.Isso gera um nível de engajamento muito maior, porque o trabalho deixa de ser uma obrigação e passa a ser uma escolha consciente.

2 – Aumento da produtividade

Quando cada colaborador entende seu papel e busca constantemente melhorar, os processos fluem de forma mais natural. Menos tempo é perdido em retrabalho e microgestão, e mais energia é direcionada para inovação e resultados.

3 – Desenvolvimento contínuo

Em uma cultura protagonista, o colaborador não espera que a empresa diga qual curso fazer ou qual habilidade aprender. Ele busca o aprendizado de forma ativa, o que acelera o desenvolvimento de competências.

Ao estimular esse tipo de autonomia, a empresa também torna mais “palatável” a ideia de assumir cargos de liderança, tão rejeitada por colaboradores mais jovens.

O papel do RH na construção dessa cultura

Quando o assunto é incentivar a cultura do protagonismo, o RH desempenha um papel fundamental. Mas como colocar isso em prática?

Não dá para esperar protagonismo sem explicar o que isso significa. Por isso, o RH (junto com a liderança) deve comunicar essa visão de forma transparente e inovadora.

Outro ponto que merece atenção é que mais autonomia não significa ausência de regras. Os gestores precisam dar espaço para o colaborador tomar uma decisão e confiar que ele executará de forma adequada. Lembre-se: a microgestão é a maior inimiga do protagonismo.

A iniciativa também precisa ser reforçada no dia a dia. O RH deve dar feedbacks construtivos para que as pessoas se arrisquem e aprendam com os erros.

Durante o CONARH 2025, a Diretora de Gente e ASG da Alelo, Carolina Ferreira, destacou que a Alelo promove a capacitação de futuros líderes por meio de avaliações de desempenho, que ajudam a guiar o caminho do colaborador.

“A liderança hoje tem um papel mais protagonista. E aí vem o desafio do RH de como preparar essa liderança para esse novo papel. A nossa estratégia neste ano deu uma viradinha de chave, dando zoom na formação dessas lideranças, um pilar fundamental para a gente”, afirmou Carolina.

Confira como foi esse bate-papo na íntegra no YouTube.Assine a newsletter da Alelo no LinkedIn e fique por dentro dos nossos conteúdos.

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