O reajuste do vale-alimentação é um tema que tem ganhado relevância entre profissionais de RH e empresários. Afinal, a inflação impacta o poder de compra dos trabalhadores.
Embora não seja obrigatório por lei, exceto em casos específicos, ajustar o benefício à inflação pode trazer vantagens estratégicas para as empresas e seus colaboradores.
Vem com a gente entender quando o vale-alimentação pode ser ajustado e como isso fortalece a empresa como marca empregadora.
Por que o reajuste do vale-alimentação não é obrigatório?
Reajustar o valor depositado no vale-alimentação dos colaboradores conforme a inflação é um tema que gera muitas dúvidas.
Mas, apesar de ser uma prática recomendada para preservar o poder de compra dos trabalhadores e garantir a segurança alimentar, esse reajuste não é obrigatório, salvo em casos previstos em convenções coletivas ou acordos sindicais.
O que diz a legislação sobre o vale-alimentação?
A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) não exige que as empresas ofereçam vale-alimentação aos seus funcionários.
O vale-alimentação é um benefício opcional. E, quando oferecido, segue as diretrizes do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que incentiva sua concessão, mas sem exigir reajustes periódicos.
Além disso, a legislação não define valores mínimos ou critérios de atualização. Isso significa que cabe à empresa decidir se irá realizar ajustes, considerando suas políticas internas, acordos coletivos e a realidade econômica.
Quando o reajuste pode ser obrigatório?
Embora a lei geral não exija o reajuste do vale-alimentação, ele pode se tornar obrigatório em situações específicas, como:
- Acordos ou convenções coletivas: algumas categorias profissionais possuem cláusulas em seus acordos sindicais que determinam o reajuste anual dos benefícios, geralmente com base em índices como o IPCA ou INPC.
- Políticas internas da empresa: caso a empresa tenha formalizado em contrato ou regulamento interno o compromisso de reajustar o benefício, ela estará vinculada a essa obrigação.
Fora dessas situações, não há imposição legal para realizar ajustes no valor do vale-alimentação.
Por que muitas empresas optam por reajustar?
Algumas empresas escolhem ajustar o vale-alimentação como uma estratégia para manter a satisfação e o engajamento dos colaboradores.
Além disso, essa prática ajuda a evitar possíveis conflitos trabalhistas e reforça a imagem da empresa como empregadora preocupada com o bem-estar de sua equipe.
Porque, apesar de o reajuste do vale-alimentação conforme a inflação não ser uma exigência legal, empresários e gestores de RH devem estar atentos às normas específicas de sua categoria e avaliar os impactos positivos dessa prática na retenção de talentos e na qualidade de vida dos colaboradores.
Assim, mesmo sem obrigatoriedade, ajustar o benefício pode fazer parte de uma série de ações para fortalecer as relações trabalhistas, promover um ambiente corporativo mais equilibrado e atrair profissionais qualificados no mercado.
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Por que reajustar o vale-alimentação?
- Preservação do poder de compra: a inflação reduz o valor real do benefício, obrigando os trabalhadores a complementarem suas despesas com alimentação. Estudos mostram que, em muitos casos, o vale-alimentação cobre menos da metade dos custos mensais com refeições, especialmente em períodos de alta inflacionária.
- Satisfação e engajamento dos colaboradores: demonstrar preocupação com a segurança alimentar e o bem-estar financeiro dos funcionários é uma forma de aumentar sua satisfação e engajamento. Um benefício atualizado pode ser percebido como forma de valorização e cuidado por parte da empresa.
- Competitividade no mercado de trabalho: empresas que mantêm benefícios ajustados à realidade econômica se destacam na atração e retenção de talentos. O vale-alimentação atualizado pode ser um diferencial competitivo em um mercado cada vez mais orientado à satisfação e engajamento dos colaboradores.
Impactos da inflação no vale-alimentação
O aumento no preço dos alimentos pesa no bolso do trabalhador brasileiro, tornando o vale-alimentação ainda mais essencial.
Dados indicam que eles precisam desembolsar, em média, mais de R$ 600 mensalmente para inteirar os gastos com alimentação. Isso é um reflexo da perda significativa do poder de compra.
Por exemplo, enquanto a inflação acumulada pode ultrapassar 10%, muitos reajustes ficam abaixo desse índice, gerando insatisfação e dificuldades financeiras para muitos lares.
Como realizar o reajuste do vale-alimentação?
Empresas podem adotar diferentes abordagens para ajustar o vale-alimentação, entre elas seguir o(a):
- Índice de inflação: utilizar indicadores como IPCA ou INPC para calcular o percentual de aumento necessário para manter o poder de compra.
- Análise regional: considerar os preços médios dos alimentos na região onde a empresa atua para determinar valores mais adequados.
- Orçamento interno: avaliar a sustentabilidade financeira da empresa e ajustar o benefício conforme as possibilidades orçamentárias.
Investir na segurança alimentar dos colaboradores a partir do vale-alimentação é um diferencial que contribui para o engajamento dos colaboradores. Então, que tal começar agora?
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