O ano apenas começou, mas muita coisa já aconteceu e os próximos meses prometem ser movimentados para o país e também para o mercado de trabalho. O início da vacinação no Brasil desenha uma retomada gradual das atividades presenciais e vai demandar mais mudanças no formato de trabalho. Afinal, o que os profissionais de gestão de pessoas devem esperar em 2021?

A primeira resposta é a imprevisibilidade. Infelizmente é necessário continuar trabalhando em um cenário incerto, que pode se transformar em pouco tempo. A boa notícia é que há um legado aprendido em 2020 e isso deve ajudar a trilhar o caminho neste ano.

Segundo Gerald Otto, consultor de recursos humanos independente, os aprendizados do ano passado tendem a deixar o ambiente de 2021 mais leve. “A pandemia forçou os gestores a se reinventarem. Mudou o formato de trabalho e de reuniões, alavancou uma transformação digital, trouxe questões como saúde mental à tona e até provocou novas abordagens para contratação e retenção. Impossível encontrar uma empresa que não precisou fazer alguma adaptação”, diz.

Para ele, neste ano o RH deve se preparar para ser mais estratégico. “Estamos falando de uma área que por muito tempo teve as questões burocráticas como função principal. Agora, além disso, os profissionais precisam ajudar a pensar no futuro das empresas, pois respondem pelo principal ativo: as pessoas”, diz Otto.

Além desta questão mais abrangente, alguns pontos práticos devem impactar no dia a dia dos gestores. Confira a seguir o que os profissionais de RH devem esperar para este ano.

Trabalho remoto x trabalho presencial

Para Fernando Mantovani, diretor geral da consultoria Robert Half, por questão de necessidade e sobrevivência, muitas empresas aceleraram a transformação digital, desburocratizaram ações, otimizaram processos e, finalmente, comprovaram que o trabalho remoto é possível.

“Acredito que ainda seja importante avaliar com profundidade e calma se o home office frequente é uma boa opção, mas sem dúvida ter mais flexibilidade para trabalhar gera vantagens para todos os envolvidos”, afirma.

Dados da consultoria Robert Half mostram que antes da pandemia, apenas 35% dos profissionais de nível superior faziam home-office, enquanto depois do início dela, 95% tiveram a possibilidade de adotá-lo em ao menos algum momento.

Com a vacinação das pessoas, algumas empresas que ainda mantém o trabalho remoto tendem a se mobilizar para a retomada presencial, ainda que parcial. Para os especialistas, o gestor assume um papel amplo nesse processo: além de avaliar as questões de rendimento das equipes é necessário cuidar das medidas de proteção à saúde.

Novas formas de contratar

O assunto recrutamento também deve ocupar lugar importante na pauta de 2021. O formato presencial foi substituído por muitas companhias e isso deve seguir neste ano. As profissões que não demandam contato físico obrigatório, como na área da saúde, tendem a manter o recrutamento remoto.

Por isso, os profissionais de RH e os candidatos precisam se adaptar a esse formato, que é menos oneroso por ser mais ágil, mas requer habilidades mais afinadas para expor qualidades e notar limites dos candidatos.

Revisão de benefícios

Outro ponto que deve tomar tempo dos profissionais de gestão de pessoas neste ano é o redesenho dos benefícios. Com o trabalho remoto, o vale-transporte foi suspenso e algumas empresas mudaram o formato do benefício de alimentação. Em alguns casos houve concessão de valores para funcionários montarem o home office ou para auxílio psicológico, por exemplo. Em resumo, muita coisa precisou ser revista por conta da pandemia.

Em 2021, o RH tem o trabalho de compreender o que deve ser mantido na carteira de benefícios e adequar a melhor forma de remunerar os trabalhadores. Para isso, contar com ajuda de empresas que gerenciam benefícios pode ser essencial.

A Alelo, por exemplo, possui o cartão Multibenefícios que possibilita o adiantamento de parte do salário. Também conta com o Alelo Mobilidade, que dá flexibilidade ao usuário na hora de escolher sua maneira de se transportar.

O fato é que as relações de trabalho foram influenciadas pela pandemia da Covid-19, que modificou a percepção de colaboradores em relação aos benefícios oferecidos pelas empresas em que trabalham ou visam trabalhar.

De acordo com uma pesquisa da Robert Half com 620 profissionais brasileiros, a maioria dos entrevistados (86%) concorda que seria interessante que alguns benefícios mudassem daqui para frente.

Entre os destaques do levantamento está o pedido por flexibilidade na carteira de benefícios e o apoio psicológico que emerge como um dos novos auxílios ofertados pelas organizações. Em suma, o RH terá muitos desafios em 2021, mas já há clareza sobre os desejos dos trabalhadores.

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