A inteligência artificial deve ser um recurso que as pessoas podem usar e explorar, entendendo que ele pode estar integrado ao seu dia a dia e aos seus processos
No Painel “Inteligência Artificial: Impactos na Gestão de Pessoas”, três profissionais ocuparam o palco: Alexandre Del Rey, Fundador, I2AI e Engrama; Jill Goldstein, HR and Talent Transformation Global Managing Partner, IBM Consulting e Joyce Prestes, Líder Global de Operações de Conteúdo na Meta.
De forma geral, o trio falou sobre o contexto transformador que a inteligência artificial traz para o dia a dia, desmistificando que ela não vai roubar o lugar de ninguém, mas que veio com a proposta de ser uma ferramenta para otimizar tempo e recursos.
“Nos anos 2000, aprendemos a extrair padrões dos dados, assim nasceu o aprendizado de máquina e, anteriormente não tínhamos meios para fazer uma rede neural a partir de dados, mas agora temos. Isso fez com que pudéssemos evoluir a tecnologia para a IA”, disse Alexandre.
É papel do RH fazer com que as pessoas entendam que a IA é uma ferramenta de auxílio e que pode e deve ser usada. Trazer essas inovações tecnológicas pode significar para a empresa ganhos em diferentes frentes, como: produtividade, técnica, melhoria nas entregas e até um adicional de competências humanas que estão ainda mais alinhadas às competências e objetivos indispensáveis para a empresa.
“O RH deve desmistificar que a IA é uma ferramenta, e não uma forma de roubar o espaço dos profissionais. Por isso, a gestão de pessoas deve desenvolver os colaboradores para trabalharem em conjunto com a AI como ela é, uma ferramenta, não um concorrente”, diz Jill Goldstein.
Ela fala também: “O impacto da tecnologia no futuro do trabalho, quando penso nisso, penso no nosso trabalho hoje. A partir da IA, cada um tem a oportunidade de ter uma espécie de parceiro digital customizado para nos dar suporte e ser uma ferramenta de auxílio no trabalho”.
“Hoje temos uma máquina capaz de processar linguagem, olha onde nós chegamos, temos uma tecnologia muito poderosa e que vai fazer com que nós, humanos, precisamos fazer um upgrade para acompanhar”, explica Alexandre.
A Líder Global de Operações de Conteúdo na empresa Meta, Joyce Prestes, diz que lá usam a IA como ferramenta, incorporando-a como amigos/parceiros digitais que dão assistência. “O chat GPT, por exemplo, pode ser um grande auxílio para o time, mas não possui o perfil adequado para roubar empregos”, diz.
A inteligência artificial deve ser um recurso que as pessoas podem usar e explorar, entendendo que ele pode estar integrado ao seu dia a dia e aos seus processos. Começar aos poucos pode ajudar nessa desmistificação como pedir o auxílio da AI para fazer contas no Excel ou listas, por exemplo, finaliza Joyce.
Se os líderes se mostram resistentes, é preciso entender o comportamento de forma mais profunda para lidar com o problema, porque ele está baseado em crenças, fatores sociais, filosofias, etc. “É importante que os gestores de pessoas consigam entender as nuances do comportamento nesse fator de inflexibilidade e como ‘atravessar’ essa barreira, a partir de cases de sucesso de outras empresas e exemplos práticos que ajudem a liderança a compreender a tecnologia e a IA como um fator positivo na corporação”, explicou Alexandre.
A 50° edição do CONARH será realizada até o dia 29 de agosto, de forma presencial, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP).
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