Sabe aquele cheiro de bolo recém-saído do forno ou mesmo aquela fornada de pão fresquinha logo cedo? Esses aromas podem ser apenas uma consequência para os estabelecimentos alimentícios, mas muitas vezes vão muito além disso. O marketing olfativo é uma das técnicas de marketing sensorial e é planejado para atrair clientes pelo cheiro dos produtos/alimentos.
O olfato funciona como um guia para as nossas vontades, já percebeu? Um aroma pode nos levar imediatamente para uma sensação de bem-estar e tranquilidade ou pode nos deixar enérgicos e animados.
A conexão através dos aromas pode acontecer tanto em ambientes como em produtos. Um exemplo disso é o cheirinho clássico da Melissa, presente tanto na loja quanto nos itens vendidos pela marca.
Ao longo do texto, o blog da Alelo apresenta as técnicas do marketing olfativo e mostra alguns casos bem-sucedidos para você conhecer mais dessa prática. Vamos nessa?
O que é marketing olfativo?
O marketing olfativo é um aliado poderoso para o mercado. Segundo um estudo da Universidade Rockefeller, de Nova York, deixou clara a relevância do olfato na experiência sensorial quando assegurou que o ser humano é capaz de se lembrar de 35% dos odores que sente, contra 5% do que vê, 2% do que ouve e 1% daquilo que toca.
Quem pode explicar essa criação de experiências positivas é a neurociência. Existem ligações estreitas entre o nosso sistema olfativo e um circuito neural envolvido com o comportamento emocional – o sistema límbico. Assim sendo, aromas e cheiros podem gerar respostas emocionais intensas e formar memórias significativas.
Exemplos dessa estratégia
A técnica não é exatamente uma novidade. Na década de 1970, os americanos começaram a fazer do aroma um aliado. Os cassinos de Las Vegas usavam a técnica para incentivar que os apostadores jogassem cada vez mais. Por aqui, a aplicação dessa técnica só foi iniciada em meados dos anos 90, mas ganhou força nos anos 2000.
Nos últimos anos, o varejo aposta forte na tendência. Levar a experiência dos restaurantes e dos estabelecimentos do ramo alimentício para dentro da casa dos consumidores se tornou um bom desafio, que muitos conseguiram atingir com primor.
O cheiro é um dos principais pontos observados nas entregas no delivery. Os cuidados para manter esse ativo tão desejado pelos consumidores passam pelo cuidado com o preparo, acondicionamento das refeições de modo adequado e o serviço de logística.
Quando o assunto é bem-estar, o marketing olfativo contribui para fidelizar os clientes. Diversos estudos apontam, com frequência, a existência de indícios positivos da influência do estímulo olfativo no comportamento de consumidores. Dentre eles, dois importantes estudos — um feito na Alemanha e outro nos Estados Unidos —, destacam-se:
Segundo uma pesquisa comportamental realizada no país germânico, o uso de aromas personalizados aumenta em 15,9% o tempo de permanência do cliente no ponto de venda, em 14,8% a probabilidade de compra e em 6% as vendas reais.
O uso de aromatizantes em hotéis e pousadas também tem sido aplicado como estratégia de diferenciação da concorrência. Qualquer empreendimento hoteleiro seja de lazer ou de negócios pode adotar o marketing olfativo. A sensação de bem-estar pode ser experimentada desde o aroma em toalhas e roupa de cama, assim como nas refeições desse estabelecimento.
Como fazer marketing olfativo (de forma profissional)
Nem sempre o consumidor é capaz de ter consciência de sua preferência por um aroma ou fragrância em específico, já que as associações que influenciam seu comportamento ocorrem no nível inconsciente.
Durante uma pesquisa tradicional, o consumidor até pode falar que prefere um aroma a outro, mas entender como esse aroma pode influenciar decisões de compra e preferências é necessário conhecimento em neuromarketing, seja através de estudos ou de uma consultoria especializada no tema.