Sabia que o Brasil possui o terceiro maior mercado pet do mundo? Pois é, por aqui os animais de estimação oferecem não apenas uma boa companhia em casa, mas também geram empregos, criam novas tendências de consumo e garantem 5% do faturamento global do setor. Depois de contornar a crise de 2020, a previsão é que o segmento continue se expandindo no país.

Com a pandemia de Covid-19 se tornando o maior desafio mundial dos últimos tempos, quase todos os setores sofreram maior ou menor impacto social e econômico. O mercado pet não ficou de fora: sofreu houve queda de 51% no primeiro mês de isolamento social no Brasil, no mês de abril, conforme informou um levantamento do Sebrae.

As regras impostas pelo vírus mantiveram uma parcela considerável da população em casa. A inevitável solidão bateu, virando o jogo e fazendo com que a busca por adoção de cães e gatos tivesse um aumento de 50%, segundo matéria no G1.

A população pet no Brasil é de aproximadamente 141,6 milhões de animais

Junto com a vontade de aumentar a família, veio também o crescimento das compras em lojas de artigos e cuidados para animais, resultando em um aumento médio de 30% de vendas para o setor. Mesmo que um tanto tímido, o resultado foi positivo, em especial para o e-commerce, cada vez mais promissor.

A rede Petz, que é líder no setor, teve mais do que o dobro de lucro entre janeiro e setembro de 2020, em relação ao ano anterior. A concorrente Cobasi inaugurou cinco lojas no período, com previsão de 17% e 20% de aumento na receita, que em 2019 foi de R$ 1,3 bilhão.

Um estudo divulgado pelo Instituto Pet Brasil (IPB) mostra que pet shops de bairro representam 48,6% do faturamento de toda malha varejista do nicho, visto que também migraram para o ambiente virtual na hora de vender. A expectativa de faturamento de todo comércio eletrônico pet era R$ 1,6 bilhão para 2020, mesmo diante da crise. Já o setor como um todo chegou a resultar em R$ 40 bilhões no ano passado, revelando 7% de sobre 2019.

“Diante do salto que observamos no primeiro trimestre de 2020, quando as compras online cresceram 65% em relação a 2019, a recuperação do comércio de rua foi rápido, mas o crescimento em um ano de crise mostra que as lojas se adaptaram, e uma parte cada vez maior do público deve procurar compras online, pela facilidade e segurança. Agora, o pequeno, médio e grande lojistas têm estrutura para vender pela internet. Não se trata mais de um nicho apenas dos grandes players”, informou o presidente executivo do IPB, Nelo Marraccini, em nota à imprensa.

Um cachorro pode ultrapassar R$ 60 mil em gastos e despesas ao longo da vida

Entre os segmentos com as maiores fatias das vendas estão, respectivamente: pet food (48%), pet vet (13%), serviços veterinários (12%), serviços gerais (10%), venda de animais direto dos criadores (11%) e pet care (6%).

Para 2021, a tendência é de investimento em alimentação saudável, produtos sustentáveis, acessórios tecnológicos, locais petfriendly e serviços especializados, como planos de saúde para pets, que vêm impulsionando o mercado. A operadora Plamev teve 250% de crescimento em relação a 2019 e anunciou expansão da empresa para todo Brasil.

Setor “bom pra cachorro”

Há alguns pontos que justificam o crescimento, por exemplo, a humanização do pet, tido como um verdadeiro membro da família, um “filho” de quatro patas que demanda cuidados especiais. Dentro dessa relação tão íntima, os donos dos animais buscam oferecer o melhor em termos de conforto, alimentação, saúde, higiene e inclusão nas atividades familiares.

É comum encontrar tutores que deixam seus pets em creches durante a semana ou contratam um adestrador para que os eduquem. Na hora de viajar, podem deixá-los em hotéis ou hospedagens temporárias, como o DogHero, que reúne 18 mil anfitriões em 750 cidades do Brasil, Argentina e México.

Só nos casos mencionados acima — hotel, day care e dog trainning — , já se encontram novas fontes de atuação, emprego e renda. Dog walker e pet sitter são outros dois meios informais de trabalho que vêm sendo procurados.

O levantamento mais recente do IPB estima que o setor resulta, de maneira formal e informal, em mais de 2,4 milhões de ocupações de trabalho no Brasil, sendo 500 novos empregos gerados em 2020.

O destaque vai para os os setores da indústria e o especializado, que juntos somavam mais de 127 mil empregos em 2019, data do último levantamento de atividade econômica do setor pet. Dos 70 microempreendedores do mercado de pet shops, apenas cinco afirmaram que foram feitas demissões, suspensão ou redução de contratos de trabalho para se adequar ao ano atípico e desafiador.

Mesmo sendo um setor em crescimento, para equalizar o impacto da redução de demanda imposta pelas restrições sociais, as empresas tiveram que se adaptar ao “novo normal”, apostando no ambiente digital e em novos modelos de negócios.

A exemplo da rede norte americana Doggie Zen & Den, que adicionou uma série de recursos de segurança para proteção dos clientes e colaboradores do pet center, dentre eles, modificação no corredor de entrada. Agora os clientes chegam com seu cão e o entregam ao tratador, separados por um portão. De acordo com a proprietária da empresa, muitos cães demandam cuidados especiais para tratamento de problemas de pele ou limpeza de orelhas e foi preciso se adaptar às mudanças para continuar funcionando. Outros serviços como manobrista canino e pagamento por telefone foram incorporados para que o faturamento e os empregos fossem mantidos.

No Brasil, lojas como a Cobasi empregam mais de 3 mil funcionários em oito estados, enquanto a Petz é formada por uma equipe de 5.100 profissionais em 130 lojas. A Petlove, um dos maiores petshops on-line do país e clube de assinaturas para pets, teve de empregar mais pessoas e expandir a infraestrutura em 2020 por conta da demanda.

Por fim, o mercado PET é um exemplo de que mesmo diante de cenários extremamente incertos e desafiadores como a pandemia da Covid-19, existem oportunidades para atuar, se adaptar e reinventar o negócio. E para empresas que possuem a transformação digital e a inovação em seu DNA, a Alelo lançou o cartão Alelo Tudo, que se encaixa nesse contexto de adaptação e evolução para novos comportamentos das empresas e usuários dos benefícios. Imagine todas as soluções que a sua empresa precisa em um único cartão, com a flexibilidade Alelo. O Alelo Tudo já está disponível para empresas de todos os tipos e tamanhos. Com ele o colaborador tem flexibilidade e o RH também. São mais de 700 mil estabelecimentos credenciados. Saiba mais aqui!

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