Sucesso na Broadway e inédito no Brasil, musical “O Jovem Frankenstein” ganha versão original de Charles Möeller & Claudio Botelho e celebra a comédia satírica de Mel Brooks

Imagine assistir à história de um monstro que acabou de ganhar vida. O que parece num primeiro momento terror é, na verdade, um enredo para encantar e fazer sua emoção ficar à flor da pele. 

A história de “O Jovem Frankenstein” que está em cartaz até outubro no Teatro Multiplan, no Rio de Janeiro, já é sucesso entre o público. A sátira aos filmes de terror e ficção científica ganhou adaptação para teatro musical em 2007 e trilhou uma trajetória de sucesso na Broadway, com centenas de apresentações. 

O elenco é formado por Marcelo Serrado, Dani Calabresa, Totia Meireles, Malu Rodrigues, Fernando Caruso, Bel Kutner, Claudio Galvan, Hamilton Dias e muitos outros, além de uma orquestra com nove músicos, sob a regência e a direção musical do maestro Marcelo Castro. A coordenação artística é de Tina Salles.

O Blog da Alelo bateu um papo com Hamilton Dias que interpreta o monstro. O ator fala mais sobre o espetáculo e o personagem que encanta todos, a cada apresentação.

Por dentro desse espetáculo

“O Jovem Frankenstein” conta a história do Dr. Frederick (Marcelo Serrado), neurocirurgião que dá aulas em uma Faculdade de Medicina sobre o sistema nervoso central. Ao descobrir que recebeu de herança de seu avô, Victor Frankenstein, um castelo na Transilvânia, o médico viaja até lá e conhece o livro deixado pelo parente ilustre sobre a experiência em reanimar mortos. Ele resolve, então, fazer uma experiência e reativar a teoria do avô, mas as coisas não saem muito como o esperado.

Sobre seu personagem, Hamilton explica: “Sou o monstro e muita gente me confunde chamando de Frankenstein. Na verdade, o doutor Frankenstein foi quem me criou. Então eu sou a criatura feita a partir de uma experiência do doutor”.

“A partir do momento que o doutor me dá vida, baseado nas experiências e em tudo que o avô dele deixou de legado, ele cria esse monstro que não sai da forma como gostaria. Como ele informou para o Igor (Fernando Caruso), para a experiência dar certo nasce um monstro. Ele [monstro] está desgovernado e os aldeões começam a sentir medo dele. Na verdade, o monstro é que tem medo dos aldeões e das pessoas que vão fazer mal para ele. Então ele vai criando um caminho onde vai descobrindo as pessoas e esse novo mundo”, conta com empolgação.

O filme e, posteriormente, o musical foram inspirados no clássico “Frankenstein”, escrito pela britânica Mary Shelley e publicado em 1818, considerado um pioneiro na ficção científica. O protagonista do romance é justamente Victor Frankenstein, estudante que constrói um monstro em seu laboratório.

Hamilton revela que conversou muito com os diretores Charles Möeller e Claudio Botelho para poder chegar a um lugar onde não parecesse que o monstro é somente uma criatura completamente assustadora e boba, mas também adorável.

“Cheguei em um caminho que acho que a partir do momento que o doutor Frederick me dá a vida, ele é quase como se fosse um ‘bebezão’ que vai amadurecendo conforme vai vendo a sociedade e vai entendendo o corpo dele. Ele não sabe andar direito. Essa é a primeira cena. Ele é uma criatura completamente adorável e as pessoas começam a gostar dele durante o percurso na peça”, reflete.

O ator declara ao Blog da Alelo que está realizando um sonho. “Estou há quinze anos trabalhando como ator. Sabe aquele momento da carreira que você acha que ainda tem muito caminho para percorrer, mas que começa a dar checks na lista de coisas que você, como artista, quer fazer? Nesse momento da minha carreira, eu dei um ok assim, em  diretores e pessoas que eu tenho muita vontade de trabalhar. É um sonho, porque são pessoas muito incríveis e que prezam muito pelo trabalho, que tem uma riqueza de detalhes em tudo.”

Ele também conta que já se imaginou trabalhando em um espetáculo como esse. “Eu pensava que um dia eu queria fazer parte disso e chegou esse momento na minha vida. Com trinta e seis anos [estou] fazendo um personagem tão incrível.” Hamilton completa dizendo que está feliz e amadurecendo como ator. “Eu sabia que fazendo esse espetáculo estou amadurecendo como artista. É um sonho que está se realizando. Eu estou muito feliz!”

E por falar em felicidade, o ator revela que ver a reação da plateia em cada apresentação ajuda todo o elenco a se dedicar mais para arrancar risadas e até gritos (por que não) do público. 

“Desde a primeira vez que a gente fez um ensaio aberto para plateia, a gente entendeu que aquilo ali era muito engraçado. A gente fica ali na coxia ouvindo a plateia e é a coisa mais gostosa do mundo [perceber] as pessoas entendendo o duplo sentido do que o Cláudio criou dentro das músicas. A partir dessas reações, [fazemos] com que as pessoas se empolguem mais. É maravilhoso, muito legal!”

Para finalizar a entrevista, Hamilton Dias diz que vale muito a pena assistir “O Jovem Frankenstein”, porque é muito diferente de tudo que se vê normalmente em musicais. “Não é só porque eu estou fazendo não, mas está muito bonito mesmo.”

A história de “O Jovem Frankenstein” que está em cartaz até outubro no Teatro Multiplan, no Rio de Janeiro, já é sucesso entre o público.
Hamilton Dias e Dani Calabresa – Foto: André Wanderley / Divulgação

Alelo apoia a cultura

Com incentivo da Alelo, “O Jovem Frankenstein” tem uma versão original e inédita, criada por Charles Möeller & Claudio Botelho e produzida pela Aventura com a Möeller & Botelho que é a mais importante referência do Teatro Musical no Brasil. 

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