“Reuniões em excesso são pouco resolutivas e impactam negativamente a produtividade das equipes”. Essa é a conclusão de um artigo publicado pela Gartner.

Mas, além dele, uma série de estudos revelam sobre essa realidade corporativa. Segundo a McKinsey, por exemplo, ao menos 61% dos executivos relatam que metade do tempo gasto nesse tipo de compromisso, para tomada de decisões, foi ineficaz.

Os dados também apontam que, em sua maioria, as reuniões são mal planejadas ou excessivas, tornando mais lenta a definição ou resolução de estratégias e reduzindo a qualidade do processo.

Vem com a gente entender quando as reuniões se tornam um problema e como driblar essa situação para manter a produtividade!

As reuniões são sempre um problema?

Não, no mundo corporativo, as reuniões são ferramentas essenciais para alinhar estratégias, tomar decisões, fazer comunicados e promover a colaboração.

No entanto, quando em excesso ou sem planejamento, elas podem se tornar um obstáculo à produtividade, afinal, reunir equipes para discutir assuntos corporativos sem metas ou planejamento específico e de forma repetitiva, significa ocupar um tempo valioso de cada um dos profissionais envolvidos.

O ideal é entender as reuniões como um processo estratégico, que deve ter pautas claras e uma finalidade, não como uma necessidade diária ou semanal para reforçar assuntos que já foram definidos anteriormente ou para que a equipe possa se comunicar.

Isso porque, nesses casos, adotar alternativas como o uso de ferramentas colaborativas, comunicação assíncrona e até discutir detalhes pontuais e importantes com os colegas presencialmente podem ajudar a diminuir o volume de reuniões desnecessárias. 

O objetivo não é eliminar as reuniões, mas garantir que cada uma delas seja produtiva e que dure apenas o tempo que for necessário.

Como as reuniões consomem horas produtivas?

Uma pesquisa feita pela McKinsey indicou que apenas 44% das reuniões são consideradas efetivas pelos participantes. 

O restante do tempo é frequentemente desperdiçado em discussões sem foco ou em encontros que poderiam ser substituídos por comunicações assíncronas, o famoso “essa reunião poderia ter sido um e-mail”. 

Essa mesma pesquisa mostra que os profissionais gastam, em média, 35% das horas de trabalho em reuniões e, quando esse tempo não é bem aproveitado, as tarefas essenciais ficam em segundo plano, criando um ciclo vicioso de improdutividade, acúmulo de demandas e aumento de estresse.

Os impactos da interrupção do trabalho na dificuldade de concentração

Reuniões frequentes quebram o ritmo de trabalho, especialmente para profissionais que dependem de concentração profunda. 

Estudos de psicologia cognitiva afirmam que o impacto das interrupções não pode ser subestimado, porque elas prejudicam o andamento de trabalho.

A explicação é que, quando retomamos uma tarefa, não conseguimos simplesmente continuar de onde paramos, é necessário um período para podermos nos reorientar, retomar o contexto e recuperar o fluxo. 

E, o tempo necessário para essa recuperação depende da complexidade da tarefa: pode variar de 8 minutos (para tarefas mais simples) a 25 minutos (para tarefas mais complexas).

Segundo a psicologia, interrupções frequentes também levam a uma taxa mais elevada de cansaço, problemas de saúde relacionados ao estresse e o dobro de erros. 

O custo humano das reuniões em excesso

Além do impacto na produtividade, o excesso de reuniões contribui para o aumento do estresse e da sensação de sobrecarga. 

Para a Gartner, a sobrecarga de reuniões é particularmente prejudicial em equipes multifuncionais, onde 72% dos profissionais relatam que as interrupções constantes prejudicam a capacidade de cumprir prazos.

Além disso, funcionários que precisam compensar o tempo perdido em reuniões prolongadas muitas vezes acabam trabalhando além do horário, o que pode levar ao burnout e aumento da incidência de adoecimento mental devido à rotina corporativa.

Estratégias para reduzir reuniões

Em primeiro lugar, é necessário reforçar que nem toda comunicação precisa acontecer em uma reunião, por isso, algumas práticas podem ajudar a diminuir a quantidade de encontros sem prejudicar a colaboração. Veja!

  • Definir pautas objetivas: antes de marcar uma reunião, vale questionar: “isso poderia ser resolvido por e-mail ou mensagem?”. E, se for indispensável, estabelecer um objetivo claro e um tempo máximo de duração.
  • Priorizar comunicação assíncrona: ferramentas de organização como Slack, Trello, Monday e até e-mails permitem que as equipes troquem informações sem interromper o fluxo de trabalho.
  • Adotar “dias sem reuniões”: na Alelo foi implementada a política de “no-meeting days”, que consiste em reservar dias inteiros para que os profissionais possam focar no trabalho e não tenham nenhuma reunião.

Otimizar o tempo também é valorizar o trabalho e as pessoas. Que tal revisitar a agenda da sua equipe e identificar oportunidades para aplicar essas estratégias?

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