Já te falaram que “o futuro é agora”? Parece clichê, mas realmente é, e a Inteligência Artificial está aqui pra provar!
Transformando a maneira como consumimos conteúdos online, como somos identificados por dispositivos de segurança e até como trafegamos na internet. Essa tecnologia veio para ficar e está cada vez mais complexa, capacitada e presente no dia a dia.
E o ambiente corporativo também vem sendo influenciado e moldado pela presença, cada vez mais constante, das IAs.
É essencial que a equipe de RH esteja preparada para lidar com soluções que utilizam Inteligência Artificial. O envolvimento do RH em discussões sobre melhorias e novas ferramentas, sempre alinhadas às tendências e práticas mais atuais do mercado, é fundamental para empresas que buscam evoluir suas operações.
Veja como se preparar para o impacto sem volta que as IAs estão promovendo no mundo corporativo. Bora lá?
Utilizar IAs é uma tendência mundial
Segundo dados de um estudo norte-americano que avalia o impacto da tecnologia no mundo corporativo, o “Budget Planning Guide 2025”, no próximo ano, as empresas investirão ainda mais em tecnologia, porque:
Há cada vez mais opções de softwares inteligentes no mercado
Esse crescimento é impulsionado pela alta demanda por automação, otimização de recursos e informações, análises avançadas e maior presença da inteligência artificial para organizar dados.
Há profissionais capacitados para lidar com as novas ferramentas?
As pessoas precisarão manipular as novas ferramentas implantadas na empresa, por isso, investimentos com treinamento e capacitação profissional serão necessários para que os colaboradores possam continuar exercendo suas atividades.
Com o uso de IA, será possível maximizar a produtividade, a especialização e fomentar o desenvolvimento de habilidades essenciais para essa nova realidade.
Profissionais de TI altamente qualificados serão essenciais
O que também implica em mais investimentos com tecnologia e pessoas que possam reforçar os times, principalmente das áreas de informação e inteligência.
Qual o papel do RH nesse contexto?
Podemos citar a importância da equipe de Recursos Humanos em três frentes principais:
Viabilização do uso de Inteligência Artificial
O RH é um dos principais tomadores de decisão quando o assunto é implementação de ferramentas e gestão de pessoas.
Por isso, buscar as melhores alternativas para maximizar a produtividade das equipes e fazer a gestão das ferramentas de IA na empresa deve ser um trabalho conjunto com a equipe de TI, que vai garantir mais assertividade e conhecimento técnico para implantação de novos softwares, enquanto os Recursos Humanos viabilizam essas mudanças.
Essas decisões envolvem:
- Selecionar as tecnologias apropriadas;
- Garantir que sejam integradas de maneira eficaz aos sistemas existentes;
- Promover o treinamento necessário para que os colaboradores possam utilizá-las de forma produtiva;
- Estabelecer políticas e práticas para garantir a ética e a segurança na aplicação da IA, protegendo a privacidade dos dados e mitigando falhas humanas por falta de instrução.
Descrição de atividades e atribuições
Com o avanço do uso de Inteligência Artificial nas corporações, é essencial que o RH atualize as descrições de atividades e atribuições para refletir o impacto da tecnologia nas funções de cada cargo.
O impacto da IA nas condições de trabalho também deve ser considerado, porque a automação pode ter efeitos significativos sobre o emprego e a estrutura das funções dentro da empresa, gerando a necessidade de revisão e redefinição de responsabilidades.
E o time de gestão de pessoas possui um papel importantíssimo nesse contexto, porque, em conjunto com as lideranças, devem procurar formas de mitigar os impactos negativos da implantação de novas tecnologias, oferecendo requalificação e suporte aos colaboradores durante transições de funções ou de carreira.
Isso inclui a integração de novas competências e habilidades necessárias para trabalhar com as ferramentas tecnológicas disponíveis e permitidas na empresa.
Recrutamento e seleção
O RH desempenha um papel importante na hora de atrair e selecionar os profissionais mais capacitados e adequados para as necessidades da empresa.
Por isso, a partir da incorporação de ferramentas de Inteligência Artificial para a realização de atividades do dia a dia, é essencial que os novos talentos possuam familiaridade, habilidades técnicas específicas ou capacidade de adaptação aos processos que utilizam o aprendizado de máquina.
Por que o avanço das IAs impacta as empresas?
Para o Alelover Daniel Walter de Paula Martins, Superintendente de Gestão da Informação na Alelo e entusiasta quando o assunto é Inteligência Artificial, podemos entender o impacto da IA a partir de três perspectivas:
Aumento da eficiência das equipes
Implantar softwares com aprendizado de máquina ou que utilizam algoritmos específicos para coletar informações pode proporcionar otimização de tempo e recursos.
Na Alelo, por exemplo, podemos citar a transformação no setor de Atendimento ao Cliente após a utilização de Inteligência Artificial com características humanas que tem auxiliado as equipes na resolução de problemas cotidianos.
Expansão da marca
As novas tecnologias também possibilitam que a empresa explore outros nichos ou maximize sua permeabilidade nas áreas em que já atua, com a pretensão de impactar positivamente as receitas.
Isso envolve melhorias e inovações nos produtos e serviços existentes, ampliando a aceitação no mercado.
Possibilidade de explorar novas perspectivas
O investimento tecnológico e a consequente melhoria das operações pode ser um fator encorajador para as empresas quando pensamos sobre explorar oportunidades disruptivas, trazendo ao mercado soluções inovadoras, que podem beneficiar outros nichos além dos que ela já atende.
O impacto se estende para todas as áreas do negócio?
Segundo o CEO da Ernst & Young no Brasil, a resposta é positiva! Luiz Sérgio Vieira explica que “esse é um grande diferencial da IA em relação a algumas outras tecnologias. Ela é diferente, porque sua aplicação é de propósito geral, atingindo todas as áreas do negócio”.
Por isso, a equipe de Recursos Humanos em conjunto com o TI e as lideranças devem avaliar quais são as alternativas ideais para atender as demandas da empresa e auxiliar nas tarefas de profissionais de diferentes funções e setores.
Ainda segundo o CEO da EY, “é possível usar a IA em tudo, inclusive em auditoria. Esse é o grande desafio, o de mostrar para nossas pessoas que não há uma área mais protegida ou afastada dos impactos que a Inteligência Artificial vai causar. É claro que algumas áreas são mais reguladas, como a de auditoria, do que outras, exigindo cuidado maior, motivo pelo qual a governança é tão relevante em todas as etapas”.
Para ele, a IA é uma potencializadora das capacidades dos profissionais, que possibilita maximizar as contribuições para a organização, proporcionando ganho de produtividade, e permitindo a criação de trabalhos mais criativos e sofisticados.
Existem limitações éticas?
A Inteligência Artificial pode proporcionar diferentes benefícios para as empresas, mas também exige uma abordagem ética cuidadosa.
Apesar de não existirem regras específicas sobre a utilização de IA no Brasil, há algumas normativas que devem ser seguidas pelas empresas e que interferem na utilização da tecnologia de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados.
Outro fator importante relacionado à ética no uso do aprendizado de máquina, coleta de informações e replicação de dados para resolver problemas ou auxiliar em atividades cotidianas é a transparência.
As empresas devem garantir uma utilização responsável, justa e benéfica das IAs, para todos os envolvidos, por isso, as práticas devem estar alinhadas aos princípios éticos, para promover um ambiente corporativo e uma prestação de serviço mais transparentes, justos e seguros.
Para garantir que essas limitações éticas não sejam ultrapassadas, algumas práticas podem ser adotadas durante a implantação dos novos softwares inteligentes e em toda a sua operação, como:
Cuidado com dados sigilosos
A privacidade dos dados é uma das principais preocupações éticas quando falamos de Inteligência Artificial.
Coletar e usar dados sobre os consumidores e o mercado deve ser uma operação realizada com o consentimento dos indivíduos e informando todas as questões éticas e de segurança que essa prática envolve.
As empresas também devem ser transparentes sobre quais dados estão sendo coletados e como serão utilizados, e deve garantir que as informações sejam armazenadas e protegidas de maneira segura para evitar vazamentos, acessos não autorizados e prejudicar terceiros.
Transparência e explicabilidade
Outra questão que deve ser respeitada é a transparência das decisões tomadas a partir de dados baseados ou produzidos por IAs.
Decisões que impactam os colaboradores ou os clientes devem ser explicadas de forma clara e compreensiva para todos, atendendo o seu direito de saber como as decisões foram feitas, por que foi necessário e quais dados foram utilizados.
Além disso, os algoritmos devem ser auditáveis, permitindo que os critérios de decisão sejam justificados e analisados quando necessário.
Não discriminação
Os softwares de Inteligência Artificial devem ser projetados para minimizar vieses que podem levar à discriminação.
É fundamental garantir que os algoritmos não perpetuem preconceitos existentes com base em características, como: gênero, raça, idade, estado civil, etnia, classe social, nacionalidade, etc.
Autonomia e consentimento
Todas as pessoas envolvidas em operações que englobam IA devem ser informadas sobre isso, além de comunicadas quando estão sendo analisadas pelos sistemas de inteligência, e devem ter a oportunidade de dar seu consentimento para isso.
Em contextos de coleta de dados e análise de comportamento, o consentimento é essencial, mesmo que ainda não exista uma legislação clara sobre isso.
Da mesma forma, dentro das empresas, as ferramentas usadas para monitorar o desempenho dos colaboradores devem respeitar sua privacidade, individualidade e autonomia.
Prestação de contas
As empresas são responsáveis pelos impactos das decisões tomadas com base em Inteligência Artificial e, para mitigar problemas que podem virar uma crise para a corporação, é importante contar com mecanismos que corrijam falhas e erros da tecnologia.
Devem ser estabelecidas medidas para prevenir o uso indiscriminado da IA, como a vigilância excessiva ou a coleta de dados e informações de forma antiética. Além disso, é importante que exista uma prestação de contas sobre o uso e aplicação dessas tecnologias.
O RH pode estabelecer padrões regulatórios internos?
Como um dos principais implantadores de novas tecnologias nas empresas, a equipe de Recursos Humanos deve auxiliar na hora de regulamentar a utilização da Inteligência Artificial no âmbito corporativo e, com as equipes de segurança de dados e gestão da informação, avaliar como serão feitos os acessos, permissões e quais serão as práticas internas recomendadas.
O RH deve estabelecer padrões que garantam que a IA seja utilizada de forma ética e eficiente, alinhando-a às normas de privacidade e proteção de dados e definindo diretrizes claras sobre como as novas tecnologias devem ser aplicadas.
Além disso, a equipe de segurança de dados deve monitorar e proteger informações sensíveis, prevenir abusos e assegurar que todas as práticas sigam as regulamentações legais e éticas.
A digitalização das operações e a implementação de tecnologias com capacidade de aprendizagem já é uma realidade, por isso, empresas e profissionais devem estar preparados para exercer suas funções com o auxílio dessas novas ferramentas.
Com uma equipe preparada, um RH assistencial e tomando as devidas precauções, as IAs conseguem maximizar os resultados da empresa!