Domingo é Dia dos Pais. Dia de presentear, abraçar ou relembrar os bons momentos ao lado desta pessoa tão especial, que nos últimos tempos vem tendo seu papel ressignificado na vida das suas famílias, e da sociedade como um todo.
Se houve uma época em que pai era o provedor financeiro da casa, enquanto os cuidados ficavam com as mães, hoje, mais do que nunca, pai é quem cria. Afinal, na luta pela eqüidade de gêneros, é fundamental que o pai assuma igual responsabilidade na criação dos filhos.
Desta forma, todos colhem os frutos: as mulheres, que podem dar alguns passos na conquista de direitos mais igualitários, as crianças em formação, que se beneficiarão do amor e exemplo dados em casa, e também os pais, é claro. Afinal, filhos dão trabalho! Mas são talvez o maior, mais duro e também mais bonito desafio, do qual todo ser humano sai transformado. Mas para isso, é necessário mergulhar de cabeça, abrir o coração e, muitas vezes, curar feridas.
E é com este intuito que este post trará algumas reflexões sobre como a paternidade pode transformar vidas. Dos pequenos, e dos grandes também! Vamos lá?
Pai é quem cria
Pode parecer óbvio, mas é sempre bom reforçar. A criação de uma criança envolve muita dedicação. Desde os aspectos práticos do dia a dia, como dar banho e alimentar, aos mais complexos, como a educação e transmissão de valores.
Sendo assim, a disponibilidade de tempo é crucial para os cuidados com este serumaninho, principalmente nos primeiros meses de vida. E é por isso que a licença paternidade estendida, ou licença parental, como alguns países já adotaram, é tão discutida.
Aqui no Brasil, os funcionários CLT contam com: 120 dias de licença remunerada para as mulheres e, pasmem, 5 dias para os homens. Em casos de relações homoafetivas um dos parceiros também possui o direito de afastamento. O mesmo vale para adoções, porém neste caso, o tempo de afastamento depende da idade da criança.
Esta diferença de tempo de licenças chama a atenção para a desigualdade de gênero. Subentende-se que cabe às mães a dedicação integral aos bebês, o que leva a uma série de consequências negativas para as mulheres, como: a dificuldade de inserção e/ou recolocação no mercado de trabalho, salários menores e por aí vai.
A Alelo participa do programa Empresa Cidadã e, além de oferecer aos seus colaboradores a possibilidade de licença-paternidade estendida de 20 dias, oferece também:
- trabalho na modalidade home-office por seis (6) meses;
- auxílio-creche ou babá em regime de contratação CLT;
- isenção de coparticipação dos exames gestacionais no plano de saúde;
- e um curso – promovido pela holding EloPar – ministrado por profissionais da saúde com conteúdo aprofundado sobre: gestação, amamentação, maternidade e paternidade, dentre outros assuntos relevantes.
Ações como estas podem começar a ajudar a reparar uma questão histórica, mesmo que de forma tímida. Pois reforçam que o pai também é visto como uma pessoa com deveres e direitos relacionados aos seus filhos, não cabendo apenas às mulheres estas questões.
“Sempre coloquei como meu papel dividir a rotina das crianças com a minha esposa. Acredito que para uma sociedade mais justa, é necessário haver uma divisão igualitária das tarefas do lar e da educação dos filhos, onde a responsabilidade não deve ser atribuída somente às mulheres. Sou feliz em trabalhar em uma empresa que incentiva e apoia o pai que sou, no formato que acredito!”
Tiago Veloso, do time de Gente & Transformação da Alelo
O papel das empresas na acolhida destes pais é muito importante. Pois ao sentirem que estão em um ambiente seguro, e que incentiva o exercício da sua paternidade, os pais se sentem à vontade para se dedicarem a este momento tão importante das suas vidas.
Pai desconstruído
Aquela figura autoritária e sisuda de antigamente, dá espaço à sensibilidade e à afetividade dos pais que se descobrem fonte de carinho e amor. E de pouco em pouco, os pais ganham espaço para exercerem a paternidade que desejam, livres de preconceitos e julgamentos (sim, o machismo respinga nos homens também).
No episódio abaixo do podcast Balaio de Pais, discute-se a diferença entre o cuidado funcional do cuidado relacional, sob uma nova luz para a criação dos filhos, a paternidade e a masculinidade de hoje.
“Pensando no ambiente seguro e na educação que quero proporcionar à nossa filha, penso que, como pais, temos o desafio de desconstruir em nós o machismo, o patriarcalismo, a intolerância, entre outros valores e conceitos descabidos, que crescemos tendo como normais e aceitáveis, mas não são!”
Elan Dutra, do time de Estratégia Digital, Marketing & Negócios da Alelo
O super-homem enfim, mostra suas vulnerabilidades para ensinar que a troca de experiências e a proximidade têm muito à agregar na formação de um ser humano. Especialmente em tempos em que valores como o respeito e diversidade devem ser ensinados desde cedo.
“Me sinto abençoado de ser pai de 4 filhos incríveis que possuem características individuais e me enchem de orgulho e, trabalhando na Alelo, consigo ter voz e ser ouvido ao defender causas LGBTQIA+, que afetam diretamente a vida, o respeito e a orientação sexual dos meus filhos.”
Jorge Mendonça, do time Comercial da Alelo
Tem pais de todos os tipos
As redes sociais têm um papel especial na conscientização da importância dos pais, que muitas vezes têm mais dificuldade para se abrir e compartilhar seus medos e anseios, e encontram na internet, os depoimentos e incentivos necessários para trilhar este caminho de descobertas e aprendizados.
É o que conta Rafael Diniz, do time Comercial da Alelo, que criou um perfil no Instagram, @paidoidao, quando descobriu que seria pai. “Temos diversos tipos de pais […] cada um com uma história incrível. […] Gosto de compartilhar os desafios e a cumplicidade vivida com minha filha. Foi a forma que encontrei de transbordar a experiência da paternidade ativa e dividir com o próximo. Assim, conecto e incentivo a paternidade ajudando a despertar nos homens a proximidade com seus filhos.”
Já o Jonatas Ribeiro, do time de TI na Alelo, é um pai neurodiverso e conta sobre seus desafios de paternidade:
“Por ser um pai neurodiverso, é comum ter dificuldades ao lidar com crianças, já que elas não compreendem o incômodo que sinto ao realizar atividades fora do meu hiperfoco. É difícil trazer estes pontos de convivência, porque não é isso que a sociedade espera de um pai, e logo começam as falas capacitistas. São padrões que as pessoas têm que estar abertas a desconstruir.”
No final, seja pai biológico, de coração ou de criação, descontruído ou em construção, ser pai por inteiro é ser pai por amor. Feliz Dia dos Pais!