Alimentação sustentável: saiba como provocar menos impacto no meio ambiente

No dia 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Uma data que traz à tona a discussão sobre as ações necessárias para que a humanidade e o meio ambiente consigam viver em harmonia. 

E falou em sustentabilidade já pensamos em reciclagem, economia circular, e por aí vai, certo? Com certeza ações muito importantes. Mas e se dissermos que cuidar da sua dieta, além de preservar a sua saúde, pode também cuidar da saúde do meio ambiente todinho?

Conheça a Dieta Climatariana. Eita, mas o que é isso? 

O Blog da Alelo preparou um material para você entender o que é e como funciona na prática.

Bora lá?

O que é a dieta climatariana? 

Sustentabilidade

Ao reduzir o consumo de alimentos de origem animal, como carne e laticínios, a dieta climatariana ajuda a diminuir as emissões de gases de efeito estufa associadas à produção de carne, bem como a pressão sobre os recursos naturais, como água e terra.

Além disso, a dieta também prioriza alimentos locais e sazonais, apromovendo a redução das emissões de carbono resultantes do transporte e armazenamento de alimentos, explica Valéria.

Benefícios para a Saúde

Quando se prioriza alimentos vegetais, ricos em nutrientes, como frutas, legumes, grãos integrais e nozes, a dieta climatariana fornece uma ampla gama de vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais para o bom funcionamento do organismo.

Além disso, a redução do consumo de alimentos processados e de origem animal pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas, como diabetes, obesidade e doenças cardíacas.

Por que esse tipo de dieta beneficia o meio ambiente?

Valéria explica que a dieta climatariana beneficia o meio ambiente de diversas maneiras. Confira:

1. Redução das emissões de gases de efeito estufa: a produção de alimentos de origem animal, especialmente carne vermelha e laticínios, é uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Ao priorizar alimentos de origem vegetal, a dieta climatariana reduz a demanda por produtos animais, contribuindo para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa.
2. Preservação dos recursos naturais: a produção de carne animal requer uma quantidade significativa de recursos naturais, como água, terra e energia. Por outro lado, a produção de alimentos vegetais consome menos recursos. Ao adotar a dieta climatariana, que enfatiza o consumo de vegetais, reduzimos a pressão sobre esses recursos finitos, contribuindo para a sua preservação.
3. Proteção da biodiversidade: o desmatamento para a criação de pastagens e a produção de alimentos para animais contribui para a perda da biodiversidade em diferentes ecossistemas. Ao optar por uma dieta baseada em plantas, reduz-se a demanda por terras agrícolas, o que ajuda a preservar habitats naturais, promovendo a conservação da biodiversidade.
4. Economia de água: a produção de carne animal requer grandes quantidades de água para o cultivo de ração e para a própria hidratação dos animais. Por outro lado, a produção de alimentos vegetais consome menos água. Ao adotar a dieta climatariana, que enfatiza alimentos de origem vegetal, contribui-se para a economia de água, um recurso cada vez mais escasso.
5. Menor uso de agroquímicos: a agricultura convencional depende, muitas vezes, de agroquímicos, como pesticidas e fertilizantes, que podem ter impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana. Ao priorizar alimentos orgânicos na dieta climatariana, apoiam-se práticas agrícolas mais sustentáveis, que reduzem a dependência desses produtos químicos.
6. Redução do desperdício de alimentos: a dieta climatariana incentiva o aproveitamento integral dos alimentos e a redução do desperdício. Isso envolve o uso de partes comestíveis dos alimentos que normalmente seriam descartadas, como cascas de frutas e vegetais, além da conscientização sobre o armazenamento adequado dos alimentos para evitar que estraguem.
7. Proteção dos ecossistemas marinhos: a pesca excessiva e as práticas de aquicultura não sustentáveis têm causado danos aos ecossistemas marinhos, incluindo a sobrepesca, a destruição de habitats costeiros e a contaminação da água. Ao reduzir o consumo de frutos do mar e optar por fontes sustentáveis de peixe, como peixes de captura responsável e de cultivo sustentável, a dieta climatariana contribui para a proteção dos ecossistemas marinhos.
8. Menor uso de embalagens descartáveis: ao escolher alimentos frescos e não processados, a dieta climatariana reduz a dependência de alimentos embalados individualmente e de produtos com embalagens descartáveis. Isso ajuda a reduzir o volume de resíduos sólidos e a pressão sobre o meio ambiente.
9. Conservação da energia: a produção de alimentos de origem animal, como carne e laticínios, requer uma quantidade significativa de energia para o abate, processamento e transporte. Ao optar por uma dieta baseada em vegetais, reduzimos a demanda por essa energia, contribuindo para a conservação dos recursos energéticos e a redução da pegada de carbono.
10. Inspiração para mudanças sistêmicas: ao adotar a dieta climatariana e compartilhar informações sobre seus benefícios, podemos inspirar mudanças em larga escala. O aumento da demanda por alimentos sustentáveis e a conscientização sobre os impactos da produção de alimentos podem levar a transformações positivas em todo o sistema alimentar, desde a produção até o consumo.

Quais tipos de alimentos devem estar presentes nesta dieta?

Na dieta climatariana, a nutróloga Valéria explica que é recomendado dar prioridade aos alimentos de origem vegetal, enquanto se reduz o consumo de produtos de origem animal. Aqui estão os principais tipos de alimentos que devem estar presentes nessa abordagem alimentar:

Frutas e vegetais: inclua uma variedade de frutas e legumes frescos em suas refeições diárias. Opte por alimentos orgânicos e da estação sempre que possível, pois eles têm um menor impacto ambiental.

Grãos integrais: prefira alimentos feitos com grãos integrais, como trigo integral, arroz integral, quinoa e aveia. Eles são ricos em nutrientes e fibras e ajudam a manter a sensação de saciedade.

Leguminosas: lentilhas, feijões, grão-de-bico e ervilhas são excelentes fontes de proteína vegetal. Adicione esses alimentos às suas refeições para obter uma nutrição equilibrada.

Nozes e sementes: amêndoas, castanhas, sementes de chia, linhaça e sementes de girassol são opções saudáveis e ricas em nutrientes. Elas fornecem gorduras saudáveis, proteínas e minerais essenciais.

Produtos de origem animal em moderação: embora a dieta climatariana incentive a redução do consumo de produtos de origem animal, você pode optar por pequenas quantidades de carne magra, aves, peixes sustentáveis e laticínios, sempre com moderação. Certifique-se de escolher opções de origem responsável e produção sustentável.

Alimentos minimamente processados: evite alimentos altamente processados, como fast food, salgadinhos e refrigerantes. Opte por preparar refeições caseiras usando ingredientes frescos e naturais.

Bebidas: priorize água, chás naturais e sucos frescos no lugar de bebidas açucaradas ou gaseificadas. Reduza o consumo de bebidas alcoólicas, se possível.

Substitutos de carne: Explore opções de substitutos de carne à base de vegetais, como hambúrgueres vegetais, salsichas à base de plantas e tofu. Esses produtos oferecem alternativas saborosas e nutritivas, reduzindo o consumo de carne animal.

Óleos saudáveis: opte por óleos vegetais saudáveis, como azeite de oliva extra virgem, óleo de coco e óleo de abacate ao invés de óleos refinados. Esses óleos são fontes de gorduras saudáveis e podem ser utilizados para cozinhar e temperar alimentos.

Temperos naturais: utilize ervas frescas, especiarias e condimentos naturais para dar sabor aos seus pratos. Eles acrescentam aroma e temperam sem a necessidade de excesso de sal ou ingredientes artificiais.

Ao adotar essa abordagem alimentar, contribui-se para a sustentabilidade global, ajudando a preservar os recursos naturais, a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a promover uma relação mais equilibrada com o planeta.

Agora que você já sabe o que é e como funciona a dieta climatariana, bora colocar algumas dicas em prática?