Você já precisou trabalhar com um líder de equipe que sempre acha que está certo? Já perdeu um profissional extremamente qualificado para a concorrência? Pois saiba que esses são dois dos principais desafios que o setor de RH está enfrentando em 2024.
A Mindsight, especialista em HRTech e na centralização de informações, divulgou o relatório “Mindsight HR Report 2024”. O estudo foi realizado com mais de 2.500 profissionais de Recursos Humanos de diversas áreas, como: agricultura, finanças e tecnologias.
Segundo o relatório, uma das descobertas mais relevantes foi que a liderança imatura e a retenção de talentos foram apontados como os maiores desafios enfrentados pelos profissionais de RH, representados por 28,4% e 16,7%, respectivamente.
Mas é como diz o ditado: “desafios são feitos para serem superados”. Então bora entender a seguir como lidar com essas questões.
Liderança imatura
A imaturidade emocional no ambiente de trabalho é um problema grave. E se for em alguém que ocupa um cargo de liderança, pode se tornar uma verdadeira dor de cabeça para o RH.
O líder imaturo pode ser definido como um profissional que está mais preocupado com a própria visibilidade, mas que apresenta pouco senso corporativo e paciência para atingir objetivos.
Outros sinais de imaturidade de um líder são:
- Necessidade de estar sempre certo;
- Reações desproporcionalmente exageradas a feedbacks ou novas ideias;
- Ressentimento/rancor;
- Terceirização da responsabilidade e da culpa;
- Chantagens emocionais.
Para um cargo de liderança, não basta que o profissional seja excelente do ponto de vista técnico. É necessário que ele também tenha habilidades de gestão e relacionamento com as pessoas.
Então, como lidar?
O RH pode ajudar a contornar essa situação e auxiliar o líder a desenvolver a maturidade que o cargo exige. Uma das maneiras é o profissional de Recursos Humanos se mostrar companheiro do líder.
Desta forma, a pessoa que ocupa o cargo de liderança se sentirá menos ameaçada e se tornará mais maleável.
Outra ação que o Recursos Humanos pode colocar em prática é ajudar esse profissional a reconhecer as suas limitações e mostrar por meio de fatos concretos o caminho para melhorar.
Retenção de talentos
Quem trabalha com RH sabe que o capital humano é hoje um dos principais ativos de qualquer empresa. Investir na manutenção de profissionais talentosos não só previne os altos custos com a rotatividade, mas também impulsiona a produtividade.
Além disso, em determinadas funções, pode ser muito difícil encontrar uma reposição no mercado de trabalho, gerando um problema incômodo para a empresa.
Como o RH pode reter talentos?
Engana-se quem pensa que um alto salário é o único fator que importa na hora de reter talentos. Embora a remuneração seja decisiva, outros aspectos podem motivar o colaborador a permanecer na empresa.
Um exemplo é criar condições para que o ambiente de trabalho seja saudável. O RH pode promover dinâmicas para criar o senso de equipe e respeito na empresa.
Outra ação muito importante é a cultura do feedback. Existem maneiras estruturadas de se comunicar com o funcionário, como compreender o ponto de vista dele e fomentar o diálogo. Assim, a empresa pode medir o nível de interesse do colaborador e pensar em ações para impedir o desligamento de profissionais importantes.
Atualmente, a flexibilidade no trabalho é tão importante quanto o salário. Isso não significa tornar a empresa em um lugar sem regras, mas adotar regimes que visem ao bem-estar do colaborador.
O sistema híbrido (home office e trabalho presencial em dias alternados) tem sido um grande atrativo, principalmente para profissionais na área de tecnologia, por exemplo.
Outros desafios do RH
O relatório da Mindsight também revelou uma taxa média anual de turnover (rotatividade de funcionários) de 26,9% no Brasil. Isso reforça ainda mais a importância da retenção de talentos, para que as empresas tenham uma vantagem competitiva.
O tamanho das equipes de RH também é um ponto de atenção. De acordo com a pesquisa, 12,4% das empresas operam com apenas dois profissionais no departamento de Recursos Humanos.
Um erro muito comum é achar que o RH não requer investimentos significativos. No entanto, assim como qualquer outra área, precisa de recursos adequados para sustentar uma cultura organizacional que seja eficaz.
O relatório ainda revela que 43% das empresas oferecem uma combinação de salário e bônus, enquanto 39% se limitam ao salário fixo.
E para ficar ainda mais por dentro das novidades no mundo do Recursos Humanos, vem aí a 50ª edição do CONARH, que será realizado entre os dias 27 e 29 de agosto, no São Paulo Expo, na capital paulista.
Temas como: liderança, novas tecnologias, cultura organizacional, transparência salarial e o futuro do trabalho serão discutidos no evento que é considerado um dos maiores do gênero no mundo.
Serão várias palestras com quem realmente entende do assunto. Para saber mais sobre o CONARH 2024 é só clicar aqui.