Como funciona a economia brasileira? Na verdade, todo negócio faz parte de um macroambiente econômico bastante volátil, repleto de oportunidades e ameaças que devem ser consideradas dentro da nossa atual situação financeira. Portanto, compreender a situação econômica brasileira é crucial para o seu negócio. Entenda uma série de elementos que contribuem para sua empresa manter boa performance econômica.

Uma série de fatores devem ser ponderados para formular uma estratégia empresarial bem-sucedida. Qual a previsão de crescimento este ano? Como a reforma trabalhista tem impactado as relações entre empresas e colaboradores? Como novos cenários, como a eleição de 2018, influenciam na crença dos consumidores e, portanto, no aquecimento do mercado?

Nós reunimos uma série de informações sobre a situação econômica brasileira e 5 dicas para que sua empresa tenha uma melhor performance econômica. Boa leitura!

O QUE FOI PREVISTO E COMO SE ENCONTRA A ECONOMIA?

O Produto Interno Bruto (PIB) representa a soma monetária de todos os bens e serviços produzidos em determinada região.

Em 2010 o Brasil apresentou uma evolução no PIB de 7,5%, um dos melhores já registrados. Em 2015 e 2016, respectivamente, o resultado do PIB foi -3,5% e -3,6%. Desde então, no entanto, é possível observar uma ascensão. Em 2017 o PIB voltou a crescer 1% e, no mesmo ano, a previsão para 2018 foi de 3% de evolução.

Esse indicador, porém, é afetado pelo nível de confiança do mercado. Quando falta confiança, seja por parte dos investidores, clientes ou empresários, a produção tende a ser menor e o PIB é impactado. Confira, agora, fatores que tem afetado a confiança:

  • taxa de desemprego de 12,4% (13 milhões de pessoas);
  • medo do desemprego é 67,9 pontos, o maior desde 1996;
  • estima-se que 62,2% dos brasileiros estão endividados;
  • governo nacional é reprovado por 72% dos brasileiros e aprovado por 5%;
  • mudanças abruptas e greves (como a dos caminhoneiros).

Como boa parte do desempenho econômico do país está baseado na confiança, esses fatores impactam de modo negativo o resultado. Como resposta, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou o crescimento do PIB brasileiro para 1,5%. O desempenho será menor que nos últimos anos, mas ainda abaixo dos 3% previsto em 2017.

QUAIS AS PERSPECTIVAS DE MELHORA PARA OS PRÓXIMOS ANOS?

Mas nem tudo é motivo para espanto. Tipicamente as economias passam por ciclos de expansão e contração. O Brasil já passou por outras crises econômicas, como a de 1980 e da era Collor, e saiu forte. O mesmo aconteceu com as maiores potências mundiais, por exemplo, os Estados Unidos e a Europa.

Conceitualmente, o período de recessão, marcado pelo recuo do PIB, já passou. Segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), a retração da economia brasileira foi do segundo trimestre de 2014 até o último de 2016. Mas em termos reais e per capita a retomada da economia demorará mais alguns anos para ser sentida.

Uma série de medidas tem influenciado a recuperação econômica brasileira, mesmo que lenta, em maior ou menor grau. O saque das contas inativas do FGTS é um ótimo exemplo, pois permitiu a injeção de R$44 bilhões na economia. Outro exemplo é a flexibilização da legislação trabalhista, que facilita a relação empregado-empregador.

Com a reforma trabalhista, por exemplo, o número de ações trabalhistas caiu quase 45% no primeiro trimestre de 2018, reflexo do aumento da segurança jurídica e que, consequentemente, traz maior confiança aos contratantes. A reforma também influenciou na queda na taxa de desemprego, de 13,1% para 12,4% no segundo trimestre de 2018 (e a expectativa é de novas melhorias).

Até que a economia se recupere dos impactos dos últimos anos, é certo que o governo continue investindo em ações para gerar empregos, influenciar o consumo, facilitar a relação trabalhista e otimizar a confiança dos consumidores e empresários.

Nesse período, um dos principais eventos é a eleição de 2018. A imprevisibilidade do futuro governo pode gerar incerteza no mercado, o que é ruim. Após a eleição, porém, pautas de reforma previdenciária, tributária e política podem ajudar a fortalecer a confiança dos investidores, trazendo novos investimentos e acelerando o crescimento nacional.

COMO PREPARAR A EMPRESA PARA ESSES CENÁRIOS?

Como é possível ver, há uma ponta de otimismo para o futuro, apensar da completa imprevisibilidade. Mesmo assim, é preciso preparar seu negócio para os próximos anos e criar estratégias bem-sucedidas para impulsionar a performance financeira. Confira, agora, algumas das principais dicas que separamos para você:

REFORMULE A ESTRUTURA DE CUSTOS DA EMPRESA

Toda empresa tem uma série de custos, essenciais à sobrevivência e ao crescimento do negócio. Mas é preciso ter atenção a essa estrutura e buscar reduzir os custos não estratégicos, isto é, aqueles incapazes de gerar novas oportunidades. Renegocie aluguel, segurança e o contrato de fornecedores. Quanto mais eficiente a empresa, maior a margem de lucro e o potencial de rentabilidade da organização.

FORMULE ESTRATÉGIAS PARA O CRESCIMENTO

A estratégica é o plano que diz onde você está e onde deve chegar, contando com uma espécie de passo a passo para isso. Portanto, o ideal é contar com estratégias de longo prazo para o crescimento e táticas para o curto prazo, com ênfase nos próximos 1 ou 2 anos da empresa, por exemplo. Então, reflita sobre o seu posicionamento, as táticas de atração de clientes e os atuais canais de comunicação.

INVISTA EM BEM-ESTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO

Nos dias que correm, o ideal é não ter uma elevada taxa de rotatividade — o turnover, no mínimo, aumenta os custos com desligamento e afasta os principais talentos. Por essa razão, é necessário criar um ambiente de bem-estar, onde os talentos queiram permanecer e entregar ótimos resultados. A oferta de benefícios complementares, como vale cultura ou vale alimentação, é uma boa tática para promover o bem-estar.

ADAPTE-SE AO QUE ACONTECE NO AMBIENTE EXTERNO

As empresas que melhor se adaptam ao ambiente externo conseguem sobreviver e crescer mais que a média. Nesse caso, a lei de “seleção natural” parece entrar em ação. Portanto, é preciso estar atento a tudo o que acontece no ambiente externo, incluindo o desempenho econômico nacional, objetivando criar estratégias pragmáticas e funcionais. Nesse sentido, a análise PESTEL é uma ótima ferramenta.

Enfim, é possível observar que o mercado passo por grandes mudanças e caminha para a recuperação econômica. Mesmo assim, os desafios são diversos.

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