Ao contrário do que muitos pensam, ser saudável não se resume a uma estética magra e sarada. Vai muito além: envolve o bem-estar físico, a saúde mental e social. Isso quer dizer que mente e corpo precisam estar em equilíbrio para alguém ser considerada uma pessoa saudável. Mas como ser saudável?
De acordo com a definição de 1946 da Organização Mundial da Saúde (OMS), ser saudável é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Ou seja, ultrapassa as barreiras do que individualmente conseguimos fazer, pois fatores do ambiente social podem influenciar, como a classe social, por exemplo.
Para ajudar na melhoria da sua saúde física e mental, levantamos dicas de especialistas, com hábitos que podem ser incluídos no cotidiano para uma saúde acessível a todos. Veja!
O que significa ser saudável?
Em um mundo cada vez mais permeado por imagens, é comum ficarmos reféns do que as redes sociais, a mídia, os filmes e as novelas nos mostram. Geralmente, associa-se à saúde corpos esbeltos, magros e atléticos.
Um estudo conduzido pela Royal Society for Public Health (RSPH), do Reino Unido, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, traz algumas pistas interessantes. Eles avaliaram os efeitos positivos e negativos das redes sociais nos usuários. O Instagram, por exemplo, foi apontado como uma das redes mais prejudiciais.
Cerca de 70% dos jovens entrevistados revelaram que o aplicativo faz com que eles se sintam piores em relação à autoimagem. Quando o recorte é voltado às meninas, essa porcentagem sobe para 90%.
Por isso, é preciso ficar atento, pois saúde, bem-estar e qualidade de vida não podem se resumir a esse falseamento de uma vida “perfeita” nas redes sociais.
Segundo Jaqueline Dutra, personal trainer e preparadora física da Mahamudra, a saúde não está ligada à estética. “Ser saudável do ponto de vista físico não é ter um corpo magro, definido, sem gorduras e impecável”, explica. Para ela, “não está ligado à estética, mas, sim, em ter um corpo funcional e ativo”. Ou seja, “capaz de realizar atividades, sejam elas intensas ou cotidianas, com nenhum ou mínimo risco de lesão ou limitações”.
Quando o assunto é corpo e saúde, corpos gordos são associados a doenças e à falta de saúde. Mas isso nem sempre é verdade. A nutricionista Renata Tseng acredita que, do ponto de vista nutricional, os exames precisam ter bons resultados, independentemente do tipo de corpo. “Fazer o hemograma e conferir se os resultados estão em ordem, como colesterol, glicemia, hormônios, vitaminas e minerais”, sintetiza a nutricionista.
Saúde mental na pandemia
Desde o surgimento do novo coronavírus (COVID-19), o tema saúde mental em meio à pandemia tem se intensificado nos lares brasileiros e no mundo todo. Isso porque o isolamento social e a crise desencadearam diversos problemas na vida das pessoas.
Desemprego, solidão, incertezas sobre o futuro, angústia, ansiedade e depressão são alguns dos obstáculos que o mundo está enfrentando.
Diante desse cenário, saúde e bem-estar sofreram reveses. A qualidade de vida, que envolve a saúde física, mental e social, foi abalada, e muita gente não sabe o que fazer. A principal dica dos especialistas é tentar viver um dia de cada vez. Além disso, procurar focar no que é necessário e evitar ficar criando histórias aleatórias na cabeça pode ajudar.
Hábitos saudáveis para adotar no dia a dia
Do ponto de vista físico e mental, especialistas apontam alguns hábitos para uma melhor qualidade de vida. Veja os principais!
- Atividades físicas regulares.
- Dormir de seis a oito horas por dia.
- Pelo menos 3 refeições por dia: café da manhã, almoço e jantar.
- Ingerir alimentos saudáveis.
- Diminuir açúcar e alimentos ultraprocessados.
- Beber água.
- Manter hobbies que te fazem bem.
- Praticar meditação.
- Fazer terapia.
- Conversar com amigos.
- Ter momentos consigo mesmo.
- Aprender a ficar sozinho.