Criado com o objetivo de alertar a população sobre temas prioritários de saúde e promover políticas públicas impactantes de maneira global, o Dia Mundial da Saúde é celebrado em 7 de abril pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1950.
Para esse ano, o tema escolhido dará início à campanha intitulada “Inícios saudáveis, futuros esperançosos”, que reivindicará que governos e a comunidade da saúde intensifiquem “seus esforços para acabar com as mortes maternas e neonatais e priorizar a saúde e o bem-estar de longo prazo das mulheres”, como mostra o site da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
As campanhas desenvolvidas anualmente como tema principal pela OMS defendem o acesso prioritário à saúde em seu conceito mais amplo e multidimensional, indo muito além da simples ausência de doenças e enfermidades.
Por isso, entender a garantia do bem-estar e da qualidade de vida como um direito fundamental ao trabalhador aponta para direções que levam ao incentivo à alimentação saudável, ao estímulo à atividade física, ao controle do burnout e demais doenças ocupacionais, ao respeito à nova parentalidade, ao autocuidado, aos relacionamentos interpessoais respeitosos, à gestão financeira organizada, entre outros.
Desse modo, disponibilizar e se alinhar a programas governamentais que incentivem práticas que garantem melhores condições de trabalho e qualidade de vida aos trabalhadores de uma empresa, passa, principalmente, pela validação da liderança e do departamento de Gestão de Pessoas.
Bora entender mais sobre como a saúde geral do trabalhador precisa estar resguardada dentro de uma cultura organizacional que valoriza o ser humano?

Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é o mais longevo programa socioeconômico do país. Concebido pelo governo federal por meio da lei nº 6.321, o PAT nasceu com o objetivo de incentivar as empresas a oferecerem alimentação saudável e de qualidade ao seu time de colaboradores.
Criado há quase 50 anos (em 14 de abril de 1976) e regulamentado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o PAT foi um grande avanço na época e continua sendo importante na promoção da alimentação saudável.
O fornecimento da alimentação aos funcionários é feito de diferentes formas, como:
- Refeições no local, com a manutenção de um refeitório próprio;
- Distribuição de cestas básicas;
- Benefícios como vale-refeição ou vale-alimentação.
A participação no PAT é optativa, ou seja, as empresas não têm uma obrigação legal de subsidiar a alimentação de seus colaboradores.
Aquelas que resolvem aderir, no entanto, têm isenção de encargos sociais (INSS e FGTS) sobre o valor da parcela paga em forma de benefício, além da isenção de até 4% do imposto de renda, caso a empresa esteja enquadrada no modelo de tributação Lucro Real.
Ao garantir o bem-estar dos trabalhadores e permitir que ele entregue o melhor durante as suas horas no emprego, a empresa também tem vantagens relacionadas à maior produtividade da equipe, à redução do número de faltas, menor índice de rotatividade, diminuição do número de dias afastados por causa de doença e, por fim, o alcance de altos índices de satisfação, engajamento e retenção.
O PAT alcança atualmente um total de 21.961.737 trabalhadores beneficiados, dos quais aproximadamente 86% recebem até cinco salários-mínimos, segundo o MTE.
Alguns objetivos do Programa de Alimentação do Trabalhador são os seguintes:
- Melhoria da capacidade e da resistência física dos trabalhadores;
- Redução da incidência e da mortalidade de doenças relacionadas a hábitos alimentares inadequados;
- Maior integração entre trabalhadores e empresa, com a consequente redução das faltas e da rotatividade;
- Aumento na produtividade e na qualidade dos serviços;
- Promoção de educação alimentar e nutricional, e divulgação de conceitos relacionados a modos de vida saudável;
- Fortalecimento das redes locais de produção, abastecimento e processamento de alimentos.
Norma Regulamentadora nº1
Criada em 1978 pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a NR-1, ou Norma Regulamentadora 1, é um conjunto de diretrizes que estabelece as bases para a gestão da segurança e saúde no trabalho (SST).
A primeira das normas regulamentadoras – são 38 ao todo no Brasil –, é a partir dela que se definem regras e obrigações aplicáveis a empregadores e empregados no que diz respeito à segurança e saúde no trabalho.
A NR-1 se aplica a todas as empresas que possuem empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), independentemente do ramo de atividade.
Os principais objetivos da NR-1 são:
- Prevenir riscos ocupacionais: físicos, químicos, biológicos e (a partir de agora) psicossociais;
- Garantir que as empresas tenham um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) estruturado e atualizado;
- Criar uma cultura de prevenção em vez de apenas reagir quando acontece algum acidente;
- Estabelecer diretrizes para treinamentos e capacitações obrigatórios para os trabalhadores;
- Promover um ambiente de trabalho seguro e saudável, onde o bem-estar dos colaboradores seja uma prioridade real, indo além do mero discurso.
Combate ao estresse emocional
Nos anos pós-pandemia, o cuidado ao bem-estar psicológico dos profissionais, a chamada saúde mental corporativa, se tornou mais relevante do que nunca.
Dados de 2024 do Ministério da Previdência Social são alarmantes e mostram que o Brasil vive uma crise de saúde mental com impacto direto na vida de trabalhadores e de empresas. Veja os números:
- 472.328 licenças médicas concedidas, o que representa um aumento de 68% em relação ao ano anterior;
- 141.414 afastamentos por ansiedade;
- 113.604 afastamentos por depressão;
- 301.348 mulheres afastadas;
- 170.980 homens afastados.
Essa onda de estresse emocional e de transtornos mentais, na maioria das vezes, resulta de metas excessivas, jornadas extensas, ausência de suporte, assédio moral, conflitos interpessoais, ambiente tóxico, condições precárias e falta de autonomia no trabalho.
Por isso, aparece no momento apropriado a atualização da NR-1, que entra em vigor a partir de maio de 2025 e estabelece que a gestão de riscos psicossociais – fatores no ambiente de trabalho que podem prejudicar a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores – deve ser incluída no Programa de Gerenciamento de Riscos das empresas.
Ao levar a sério o impacto do trabalho na saúde mental, as empresas vão conseguir:
- Mais produtividade e menos rotatividade com colaboradores mais saudáveis e engajados;
- Redução de custos com afastamentos, licenças médicas e processos trabalhistas relacionados a transtornos psicológicos;
- Atrair talentos qualificados com a construção de uma marca empregadora forte, que realmente valoriza as pessoas;
- Evitar multas e penalidades com o cumprimento da lei.
Já os colaboradores que trabalham em empresas que respeitam a nova regulamentação da NR-1 vão conseguir tirar proveito de estar em um local onde a saúde mental é levada a sério, um ambiente mais equilibrado, onde tenha mais qualidade de vida e menos “medo” de encarar as demandas cotidianas.
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Outras maneiras de cuidar da saúde do colaborador
Além de estarem atentas à saúde alimentar e ao bem-estar mental do seu time por meio de programas e regulamentações, as empresas devem ter iniciativas em relação a outras esferas da saúde dos colaboradores.
Um exemplo é a estratégia de incentivar a prática de atividades físicas que contribuem para a saúde dos funcionários. O auxílio-academia é um dos benefícios flexíveis mais pedidos pelos colaboradores em relação aos cuidados com o corpo e a saúde em geral.
Os benefícios da prática de esportes estão intimamente ligados ao equilíbrio emocional. Ao proporcionar uma poderosa dose de bem-estar, o exercício físico cria uma sensação contínua de prazer e contentamento.
Exercícios físicos promovem:
- Aumento da autoestima;
- Redução do estresse;
- Maior controle da ansiedade;
- Melhor gestão da depressão.
Também nesse sentido de deixar o corpo sadio, são interessantes ações como planos de saúde com cobertura ampla, acompanhamento médico preventivo e avaliação minuciosa das práticas de ergonomia do escritório para evitar lesões ocupacionais.
Outra questão que, ao virar rotina, pode afetar severamente a saúde mental e atrapalhar o cotidiano do trabalhador são situações relacionadas à saúde financeira.
O vínculo entre desconforto monetário e estresse mental é exposto inclusive em pesquisas junto ao público. Dados de levantamento da fintech Onze, mostram que 74% dos brasileiros dizem que o dinheiro é sua maior fonte de preocupação.
Desse modo, cada vez é mais presente o papel do RH em proporcionar aos colaboradores suporte no campo financeiro. Ao abrir as portas para consultorias de investimento e previdência privada, por exemplo, ajudam a garantir maior segurança financeira da equipe, o que também contribui para um clima organizacional positivo.

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