Se você tem filhos ou convive com crianças já deve saber que esperar não é bem o forte dessa turma. Os adultos tampouco gostam de esperar, mas entendem que, às vezes, isso é necessário. Ensinar as crianças a ter paciência é importante, porém, aguardar 15 a 20 minutos na mesa de um restaurante pode parecer, para elas, uma eternidade. E se a comida demora mais do que o normal para chegar, é bem provável que os pequenos levantem da cadeira e saiam para explorar o ambiente, ou queiram jogar ou assistir a desenhos em um tablet ou celular.

Mas, em vez de deixá-los grudadas nas telas, os pais podem aproveitar a oportunidade para curtir essa reunião em família. “Deixar as tecnologias de lado, e investir na relações humanas e afetivas, é a aposta para esse momento. O olho no olho, as expressões e as atitudes podem ser um termômetro das relações familiares”, afirma a pedagoga, psicopedagoga e assistente social Erika Aranha. E para que os filhos não usem os eletrônicos, os pais devem ficar sem usá-los também, já que as crianças se guiam principalmente pelo exemplo, sugere a especialista.

Atividades simples, que não exijam grandes recursos, como desenhos, jogo da velha com palitinhos e desafios de memória ou com palavras podem ser uma boa forma de passar o tempo.

“Se estiverem pintando, é possível propor combinações de cores. Se estiverem montando com blocos, desafiem-se para ver como empilhar o maior número deles sem que a torre despenque”, sugere Patrícia Diodato, coordenadora pedagógica do Marista Escola Social Robru, em São Paulo.

Para o restaurante, oferecer opções de entretenimento aos pequenos pode ser um diferencial e convite ao retorno da família, que busca uma refeição tranquila e com atrativos para os filhos. A seguir, veja 12 sugestões para inspirar momentos agradáveis entre pais e filhos, enquanto a comida não chega. Bom almoço e boa diversão!

1. Jogo da velha
Os palitinhos presentes nas mesas servem para montar o tabuleiro e as peças desse jogo simples e divertido, que rende algumas boas partidas entre adultos e crianças.

2. ‘Leitura’ do cardápio

Inventar histórias, nomear os pratos e averiguar os preços do menu são formas de ampliar o vocabulário e conhecimento numérico das crianças. Para as menores, fotos das refeições podem servir para nomear os alimentos e suas respectivas cores.

3. Jogo do sumiço

Agrupe diferentes objetos presentes na mesa, peça para que todos observem bem o que há ali e depois faça desaparecer um deles. O desafio, conforme sugestão do site Tempo Junto, é descobrir qual objeto foi retirado. Para tornar a brincadeira mais difícil, mude os objetos de lugar e peça para que sejam colocados na ordem certa,  além de dizer qual deles sumiu.

4. Telefone sem fio

Daquelas brincadeiras de antigamente que nunca saem de moda, é uma ótima maneira de incluir toda a família na diversão. Uma criança começa dizendo uma frase no ouvido do vizinho, que por sua vez diz o que ouviu à pessoa do lado, e assim por diante, até que o último pronuncie em voz alta o que entendeu da mensagem – que quase sempre é bem diferente do original!

5. Desenhos e rabiscos

Basta uma folha e um lápis (ou, ainda, giz de cera ou lápis de cor) para dar asas à imaginação. O personagem preferido, a escola, elementos da natureza ou a própria família podem servir de inspiração a belos desenhos, rabiscos e pinturas, favorecendo habilidades cognitivas e de coordenação motora fina das crianças.

6. Brincadeiras com palavras

Para aqueles que estão se iniciando no universo da escrita, o desafio é dizer palavras com a letra escolhida. Alguém diz “a” de amor, e o outro tem que pensar em outra palavra que também comece com “a”. A cada rodada, deve-se sugerir uma nova letra.

7. Jogo de memória

Há diversas opções acessíveis e fáceis de levar, como o jogo da memória do mico, que vem em formato de baralho. Além de entreter, esse jogo ajuda na concentração e autonomia das crianças.

8. Quebra-cabeça

Esta atividade serve para crianças menores e maiores, a depender do grau de dificuldade do quebra-cabeça, e permite trabalhar o raciocínio lógico e a atenção dos pequenos.

9. Blocos de montar
Mais uma diversão para idades variadas, que permite criar animais, cidades, construções e o que mais a criatividade imaginar, trabalhando a coordenação motora e o raciocínio lógico. Além dos blocos, também podem ser levados de casa brinquedos como carrinhos, peças de encaixe, bichinhos e massinhas, as quais costumam fazer sucesso com a garotada.

10. Cadê o bebê? Achou!

A proposta dessa brincadeira é esconder o rosto com as mãos, um paninho ou de qualquer outra forma e fazer a pergunta “cadê o bebê?”. Após alguns segundos, deve-se descobrir o rosto e dizer “achou!”. Eles adoram e certamente vão abrir um sorrisão para os pais. Mesmo antes de falar, as crianças já emitem sons e gesticulam com o rosto e é importante que tenham uma devolutiva dos pais, estimulando assim a comunicação e o desenvolvimento delas.

11. Livros

Separe algumas das histórias preferidas dos pequenos para ler com eles no restaurante. Observar as imagens e pensar em outros possíveis finais para a narrativa ajuda a estender ainda mais a leitura.  E se esquecer de levar os livros, a estante virtual do projeto “Leia para uma criança”, do Itaú Social, pode ser acessada pelo celular e traz várias obras criteriosamente selecionadas, que certamente vão agradar a garotada.

12. Os apps preferidos do seu filho

Se as brincadeiras se esgotarem, a comida demorar e não der mais para fugir dos eletrônicos, experimente conversar sobre os aplicativos preferidos da criança, saber qual a temática e os objetivos do jogo e até jogar uma partida antes de liberar a atividade para o filho. Se interessar pelas atividades dos filhos é uma forma de fortalecer a relação e o vínculo com eles.

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