“As montanhas sempre me causaram fascínio. Quando olhava para uma, era impossível não imaginar como seria estar lá em cima.” Quem disse isso foi nosso alelover Flávio Araki, especialista em arquitetura de sistemas na Alelo, que pratica escalada.
Escalar montanhas é uma mad skill do Flávio. Ele conta que nunca foi muito ligado a esportes, mas lembra de ver escalada e alpinismo em filmes e revistas, muitos anos antes de começar a praticar.
Mesmo assim, seguiu adiante e encarou o desafio de ir cada vez mais alto.
Aprendendo a escalar
Ao entrar para a faculdade, Flávio precisou se mudar para a cidade de Itajubá, no sul do estado de Minas Gerais. E foi em terras mineiras que ele deu o pontapé inicial para se aproximar das montanhas como um praticante do esporte.
“Lá eu descobri que curtia trilhas quando alguns amigos me convidaram para uma caminhada passando por algumas colinas na zona rural da cidade. O caminho teve alguns desafios, como subidas íngremes e transposição de alguns blocos de pedra (a região tem relevo montanhoso por conta da proximidade com a Serra da Mantiqueira). A partir dali, sem eu perceber, o caminho para a escalada começava a se abrir”, explica.
Nos últimos anos da faculdade, lá em 2009/2010, Flávio conheceu a escalada por meio de um amigo, o Antônio (mais conhecido como John) e que estudava na mesma turma que ele e já praticava o esporte há alguns anos.
Ele conta ainda que John se propôs a levar os amigos ao ginásio de escalada indoor da cidade para conhecer o esporte na prática. Flávio aceitou o convite prontamente.
Mesmo encantado com o esporte, nem tudo foram flores após encarar a primeira parede. “Fui e fiquei encantado. Lembro até hoje que, ao chegar em casa, eu mal conseguia pegar a chave para abrir a porta, tamanha a fadiga nos braços e antebraços”.
Depois daquele dia, Flávio passou a frequentar o ginásio indoor da cidade e treinar com alguma regularidade até o final da faculdade. Durante esse tempo, ele pôde inclusive escalar em rocha natural, algumas vezes. Algo que acabou reforçando a paixão pelo esporte.
Escalada após a faculdade
Depois que se formou, Flávio mudou de cidade novamente, indo para São Paulo (SP) no segundo semestre de 2010.
Por conta das prioridades da nova vida, e como não havia por perto nenhuma pessoa conhecida que praticasse escalada, ele não se sentia seguro por não dominar totalmente os procedimentos de segurança, por isso acabou passando um tempo longe da escalada.
Mas em 2014, os bons ventos começaram a soprar a favor de Flávio e ele encontrou Marcelo, um amigo da época de facul, escalando em um ginásio em São Paulo.
“Conversando, descobri que ele havia feito um curso de escalada cerca de um ano antes e que nele tinha aprendido técnicas e procedimentos que permitiam que pudesse escalar até mesmo grandes paredões rochosos. Pedi o contato do instrutor, fiz o curso também e desde então sigo por aí subindo paredes”, conta empolgado.
E onde já escalou?
Flávio já encarou paredões no Brasil e no exterior. “Vou com bastante frequência para o complexo da Pedra do Baú, em São Bento do Sapucaí (SP), e também para regiões próximas, em Minas Gerais.”
Também já escalou o Pico das Agulhas Negras e o Maciço das Prateleiras no Parque Nacional do Itatiaia (SP/MG/RJ). No Nordeste, já escalou no Rio Grande do Norte e na Bahia.
“Fora do Brasil, já escalei na Argentina (El Frey, em Bariloche e Piedra Parada, no norte da região da Patagônia) e nos Estados Unidos (Parque Nacional Yosemite, na Califórnia)”, diz.
Quais lugares pretende escalar?
Flávio explica que são vários lugares, mas que as prioridades são:
- Dedo de Deus e Agulha do Diabo (Serra dos Órgãos-RJ)
- Itatim e Chapada Diamantina (Bahia)
- Pancas e região (Espírito Santo)
- Siurana, Margalef e Rodellar (Espanha)
- Kalymnos e Leonidio (Grécia)
- Chamonix e Verdon (França)
Haja fôlego para subir tudo isso hein!
Desafiando gravidade e altura
Quando perguntado como é encarar a altura e a gravidade, Flávio é tranquilo ao responder.
Mas ele lembra que algumas vezes podem surgir frustrações, já que nem sempre tudo sai como ele gostaria.
Família e amigos
Incredulidade e espanto. É esse misto de sentimentos que normalmente as pessoas têm quando descobrem que Flávio escala.
“Perguntam se não é perigoso, se dá pra confiar realmente nas cordas e equipamentos, se já caí ou sofri acidente, e por aí vai. Uns dizem que sou louco, outros elogiam a coragem. Alguns dizem que têm vontade de experimentar, mas que o medo de altura os impede”, conta.
Mas algo em comum entre todos é que concordam que apreciar a paisagem a partir do alto de uma montanha é algo muito gratificante.
Como a escalada ajuda no seu dia a dia de trabalho na Alelo?
Persistência, resiliência e disciplina são exemplos de como a escalada ajuda nosso alelover no ambiente corporativo. E ele explica cada um deles. Olha só!
- Persistência: durante uma escalada, é frequente encontrarmos lances difíceis ou que nos deixam desconfortáveis de alguma forma. Então, para se chegar ao objetivo (no caso, o topo da montanha), é preciso ter persistência para vencer estes obstáculos físicos e/ou mentais. Até porque, em alguns casos, é inviável (ou até mesmo perigoso) voltar.
- Resiliência: nestes anos de escalada, já passei por algumas adversidades no meio das paredes e no caminho de ida/volta delas. Estas situações foram exercícios de resiliência, em que foi preciso esforço para manter a cabeça no lugar para conseguir pensar em como contornar a situação.
- Disciplina: conhecer e saber executar os procedimentos corretamente é extremamente importante para a segurança de todos.
- Parceria/Confiança: numa escalada, é necessário existir confiança mútua entre os participantes, pois sua vida estará literalmente nas mãos de seu parceiro quando este estiver fazendo a sua segurança enquanto você escala.
- Discernimento: saber quando parar/desistir em nome da segurança, saber quando algum desafio é grande demais para você.
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