Já pensou em terminar o último dia útil de trabalho mais cedo e começar o final de semana com um tempinho extra? Isso é o que propõe a Short Friday!

Cada vez mais popular em empresas internacionais e muito comum em lugares como: Alemanha, Bélgica, Espanha, Islândia e Reino Unido, a Short Friday encurta o expediente das sextas-feiras, permitindo que os colaboradores saiam mais cedo.

Já pensou se a empresa que você trabalha adotasse esse novo modelo?

Como a Short Friday funciona?

Nunca ouviu falar desse termo e não sabe como funciona na prática? Então vem com a gente, porque o conceito é simples! 

Short Friday nada mais é que, ao invés de cumprir as tradicionais 8 horas de trabalho na sexta, poder encerrar as atividades após 4 ou 5 horas.

Mas é importante lembrar que isso só é possível desde que cada um cumpra todas as metas e entregas programadas para a semana, viu?

Por que aderir à Short Friday?

  1. Qualidade de vida: com o final de semana estendido, os colaboradores ganham mais tempo para cuidar de si, estar com a família ou simplesmente relaxar. Isso ajuda a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.
  2. Produtividade: a expectativa de um final de semana antecipado pode servir como um motivador poderoso. Com uma meta clara em mente, é natural que as pessoas se concentrem mais e trabalhem de forma mais eficiente para conquistar a folga extra.
  3. Engajamento e retenção: empresas que adotam práticas como a Short Friday tendem a ter colaboradores mais satisfeitos e motivados. O que pode ser observado a partir de um maior engajamento e menor rotatividade, já que os funcionários se sentem valorizados, respeitados e beneficiados em fazer parte da corporação.

Resultado em empresas que adotaram a modalidade

Diversos países têm experimentado a prática do Short Friday e, os resultados têm sido bastante positivos. 

No Reino Unido, por exemplo, pesquisas indicam que a redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário resultou em uma maior retenção de talentos e na redução do absenteísmo – falta de pontualidade ou assiduidade. 

Segundo dados coletados pelo Autonomy Institute, centro de pesquisas britânico, diminuir a jornada de trabalho não afeta a produtividade das equipes e, ao contrário do especulado, não demonstrou impactos negativos nas metas das empresas.

Em todos os casos analisados, os funcionários se mostraram mais motivados, apresentaram uma redução significativa do estresse e buscaram melhorar o desempenho durante os demais dias da semana.

Além disso, os colaboradores relataram melhorias no equilíbrio entre vida pessoal e profissional, o que impactou positivamente o engajamento no trabalho. Entre os benefícios mais citados, está o fato de ter um tempo a mais para se dedicar à vida familiar.

Como funciona a implementação da Short Friday?

Assim como outros benefícios ou mudanças na cultura da empresa, a adoção da Short Friday deve ser feita a partir de etapas bem estruturadas, para garantir a eficácia e aceitação por parte de colaboradores e da empresa:

Planejamento e preparação

Antes de implementar a jornada de trabalho reduzida na sexta-feira, é essencial que a empresa faça um planejamento detalhado de como funcionará o benefício e como líderes e equipes se organizarão para cumprir todas as metas. 

Isso pode incluir workshops sobre organização de tempo, programas de desenvolvimento que ofereçam ferramentas para que os profissionais maximizem a produtividade e treinamentos e mentorias para preparar os funcionários para a transição, especialmente os mais resistentes à ideia. 

Além disso, a empresa precisa identificar como manter a produtividade, redistribuir tarefas se necessário, para evitar sobrecarga e melhorar a eficiência operacional.

Testes piloto

A maioria das empresas, que resolveu adotar a Short Friday,  iniciou o processo com um período de teste, que levou entre três e seis meses, para avaliar os impactos na produtividade, no bem-estar dos funcionários e nos processos internos. 

Durante esse tempo, os líderes acompanharam de perto os resultados, métricas foram estabelecidas para contabilizar a viabilidade ou não do projeto e os profissionais foram consultados em relação às perdas e ganhos que trabalhar menos representou para a rotina profissional.

Monitoramento e ajustes

Conforme citamos acima, durante o teste, pesquisas qualitativas e quantitativas com funcionários e líderes ajudam a identificar o que está funcionando e o que pode ser ajustado. 

Isso inclui a redução de reuniões desnecessárias, melhorias nos fluxos de trabalho para otimizar o tempo e estabelecimento de KPIs para avaliar os impactos da Short Friday.

Avaliação dos resultados

Após o teste, as empresas precisam revisar métricas, como: produtividade, engajamento, estresse e retenção de funcionários. Mas por quê?

Se os resultados forem positivos, comparando a períodos anteriores ao benefício, a empresa pode entender que a continuidade da Short Friday trará resultados positivos.

E caso ainda existam questões a serem ajustadas, segundo os dados coletados, é o momento de reiniciar os testes com algumas mudanças.

Implementação permanente

Se todas as etapas anteriores forem bem-sucedidas, a instituição pode oficializar a prática, com ajustes adicionais sempre que necessário. 

Algumas empresas optam por manter a política de forma flexível, permitindo ajustes por departamento, períodos específicos ou conforme a preferência dos profissionais em aderir a Short Friday ou não.

O que é Short Friday

A Short Friday funciona para qualquer organização?

Não, apesar de parecer extremamente atrativo do ponto de vista do funcionário, esse benefício nem sempre é bem-aceito ou adequado para todos.

Comércios, indústrias e food services teriam perdas financeiras significativas ao adotar o modelo Short Friday, visto que a sexta é um dia de maior movimento para lojistas e restaurantes e, no caso de indústrias, metade de um dia a menos de trabalho representa uma redução significativa na produção.

Além disso, fatores culturais também podem influenciar o sucesso ou não da Short Friday. No Japão, por exemplo, o governo incentivou as empresas a adotarem semanas de trabalho reduzidas, porque:

  • Os japoneses têm a cultura de trabalhar mais de 8 horas por dia, fazer horas extras e priorizar a empresa em relação à vida pessoal.
  • O governo entende que os japoneses trabalham demais e isso causa impactos negativos na sociedade, como aumento na taxa de doenças ocupacionais, solidão, depressão e diminuição da taxa de natalidade do país. 
  • O Japão tem a população mais velha do mundo, com quase 1/3 de idosos e, ao mesmo tempo, a taxa de natalidade caiu e as mortes ultrapassam os nascimentos há 15 anos. O que representa uma diminuição significativa na população japonesa e também da mão de obra a longo prazo.

Mas isso não funcionou, porque, para os japoneses, essa proposta interfere em um fator cultural muito importante, a capacidade de trabalhar e honrar os compromissos. Por isso, apenas cerca 8% das empresas aderiram à jornada de trabalho reduzida e, em uma das organizações que resolveu testar o modelo, dos 63 mil funcionários que poderiam adiantar o descanso, só 150 topou.

E aí, o modelo da Short Friday se encaixa na sua empresa? O assunto já foi discutido entre os gestores? Que tal colocar o assunto em pauta, se ele for viável para seu negócio?

Continue navegando pelo blog e descubra outras matérias superlegais que vão te ajudar a saber mais sobre as novas tendências do mercado de trabalho. Fique por dentro do mundo Alelo!

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