Se a sua empresa ainda não adotou esta política, provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre vagas afirmativas. Que nada mais são do que vagas de emprego destinadas a grupos minorizados. Ou seja, às pessoas que enfrentam a desigualdade social seja por sua cor de pele, gênero, sexualidade ou condição física.

E qual a importância delas? Primeiro, é importante conhecer o conceito.

Dentro das chamadas “ações afirmativas”, que são iniciativas públicas ou privadas destinadas a corrigir desigualdades sociais, algumas empresas usam as vagas afirmativas a fim de fortalecer as políticas de diversidade e inclusão.

Embora existam leis que exigem a contratação de PcD’s (Pessoas com Deficiência), não há leis que obrigam a contratação de outras minorias no mercado de trabalho. Por isso, muitos grupos ainda sofrem com a falta de oportunidades.

Por isso, o Blog da Alelo traz aqui algumas informações importantes para você fazer parte deste importante movimento rumo à igualdade social.

Lembrando que as pautas de inclusão e diversidade integram a agenda ESG. Então bora lá!

Mudança em andamento

“A vaga afirmativa funciona como uma reparação histórica para combater a discriminação, seja ela qual for, por meio de políticas sociais que promovam a inclusão das minorias”. Diz Daniele Avelino, especialista em RH, Diversidade e Inclusão.

Este ano o LinkedIn foi alvo de críticas ao barrar o anúncio de uma oportunidade de trabalho destinada a profissionais negros e/ou indígenas.

Na época, a justificativa foi que, segundo as diretrizes da plataforma, não é permitido anunciar vagas que excluam ou indiquem preferência por profissionais — seja por idade, gênero, raça, etnia, religião ou orientação sexual.

Mas a atitude chamou a atenção já que a intenção era justamente o contrário; dar oportunidade às pessoas que muitas vezes podem não ter acesso às vagas.

Para se ter uma ideia, mais de mil vagas afirmativas para grupos minorizados foram publicadas em 2021, segundo a Gupy, empresa de tecnologia para Recursos Humanos. Houve cerca de 100 mil candidaturas para estas oportunidades.

Em 2020, quando a prática não era comum, foram publicadas menos de 10 vagas afirmativas, de acordo com a Gupy.

Ainda segundo dados da empresa, entre os candidatos contratados por meio de vagas afirmativas:

  • 30% são não-brancos;
  • 28% são mulheres;
  • 12% são da comunidade LGBTQIA+;
  • 10% são pessoas com deficiência;
  • As demais não quiseram informar a qual grupo de diversidade pertencem.

Vagas afirmativas: qual o impacto para a empresa?

Para os especialistas, as vagas afirmativas são uma oportunidade importante de aumentar a presença desses grupos no mercado de trabalho. Além de impulsionar a carreira dos profissionais, a diversidade é positiva para as empresas com um todo.

Uma pesquisa da Harvard Business Review revelou que há um aumento de 17% nos índices de engajamento dos funcionários quando existe a preocupação por parte da organização em construir um ambiente diverso e inclusivo.

Já o levantamento da Willis Towers Watson, revela que, para 90% das empresas respondentes, fazer da diversidade uma realidade está nos planos até 2023.

Depois do burburinho causado pela remoção da vaga, o LinkedIn anunciou mudanças em sua política e retirou o veto referente à publicação de vagas afirmativas. Em nota, a empresa declarou que “no Brasil, agora são permitidas vagas afirmativas, inclusive para pessoas negras e indígenas” e que a liberação dos anúncios em questão é destinada àqueles que “expressam preferência por profissionais de grupos historicamente desfavorecidos”.

“É nas ações de políticas afirmativas que conseguimos combater as desigualdades social e racial no Brasil”, diz Daniele.

Como você enxerga o papel das vagas afirmativas no mercado de trabalho?

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