O dia a dia exige muito do corpo e da mente, não é mesmo? Horas de trabalho e estudo, correria e a pressão por resultados fazem com que o estresse esteja presente na rotina das pessoas. 

E claro, um corpo estressado pode apresentar alterações físicas e emocionais, como: dor de cabeça, dificuldade para dormir, falta de energia, baixa concentração, ansiedade, entre tantas outras. 

Mas você sabia que, além de nutrir o corpo, os alimentos também podem contribuir para a sua saúde mental?

Por isso, o Blog da Alelo falou com Gabriel Portella, psicólogo da Clínica Núcleo Joy e com a nutricionista Paula Oliveira, para trazer algumas dicas para você.

Bora lá?

Alimentos que ajudam a manter a saúde mental

Imagine aquele prato com alimentos coloridos e saborosos que dão água na boca. Nada como uma boa refeição para alimentar o corpo e a alma, não é mesmo?

E o ditado não está errado. Afinal, uma boa refeição nutre mais do que o corpo.

“Uma dieta equilibrada […] desempenha um papel fundamental na regulação dos neurotransmissores cerebrais, como a serotonina, a dopamina e o GABA, que influenciam diretamente o humor e a resposta ao estresse”.

Gabriel Portella, PSICÓLOGO DA CLÍNICA NÚCLEO JOy

Ele diz também que “uma alimentação inadequada pode levar a desequilíbrios neuroquímicos, impactando o bem-estar emocional. Além disso, […] a saúde intestinal está ligada à saúde mental. Portanto, uma dieta balanceada não só fornece nutrientes essenciais, mas também sustenta o equilíbrio entre o sistema nervoso e o sistema digestivo”.

A nutricionista Paula Oliveira confirma que alguns alimentos podem ajudar no controle da ansiedade devido aos seus nutrientes. “No nosso organismo, algumas substâncias reagem tanto em nosso estado físico quanto mental. Alimentos que contêm Triptofano, ômega 3, Magnésio e Complexo B são excelentes para ansiedade.”

Tenha uma alimentação rica em ácidos graxos ômega-3
Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3

Mas quais são esses grupos de alimentos? 

Alimentos ricos em triptofano: o triptofano é um aminoácido precursor da serotonina, um neurotransmissor associado ao humor e ao bem-estar. Alimentos como: peru, frango, peixes, ovos, nozes, sementes e produtos lácteos podem aumentar os níveis de triptofano.

Alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3: têm propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a regular os níveis de neurotransmissores relacionados à ansiedade. Peixes gordurosos como salmão, sardinha e atum, além de sementes de chia e nozes, são boas fontes de ômega-3.

Alimentos ricos em magnésio: o magnésio é um mineral que desempenha um papel importante na regulação do sistema nervoso e na redução do estresse. Alimentos como espinafre, amêndoas, abacate, bananas e leguminosas contêm magnésio.

Alimentos ricos em complexo B: as vitaminas do complexo B, incluindo a vitamina B6, B9 (ácido fólico) e B12, são essenciais para a saúde do sistema nervoso e podem ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade. Fontes incluem: carne magra, peixes, ovos, legumes e grãos inteiros.

Paula conta que, além desses alimentos, chás como camomila, lavanda, valeriana e mulungu ajudam a melhorar o sono e a ansiedade devido aos fitoativos em seus compostos.

“Outro ponto é que, com esse tipo de alimentação, você se torna mais ativo e consequentemente terá ânimo para a prática de exercícios, por exemplo, que também libera hormônios responsáveis pela saúde mental”, explica a nutricionista.

Alimentos podem intensificar a sensação de ansiedade?

Você já deve ter ouvido em algum momento que é preciso ter equilíbrio em tudo na vida. E com os alimentos não é diferente. Consumir demais ou de menos pode prejudicar sua saúde física e mental.

Gabriel esclarece que alguns alimentos como carboidratos refinados e açúcares simples desencadeiam flutuações nos níveis de açúcar no sangue, o que pode intensificar a sensação de ansiedade. 

Agora você pode pensar: eu não consumo muito carboidrato e açúcar. Em compensação, adora um café ou bebida energética? Então olha só o que o psicólogo fala sobre isso:

“A cafeína, encontrada em café, chás e bebidas energéticas, também pode aumentar a ansiedade, pois estimula o sistema nervoso. Além disso, alimentos processados ricos em gorduras saturadas e trans podem impactar negativamente a saúde mental, devido à inflamação sistêmica que podem causar”, fala.

Então restringir a alimentação é a solução para melhorar a saúde mental?

Não é bem assim! “Restrições alimentares extremas podem levar a preocupações obsessivas com a comida, bem como causar deficiências nutricionais que prejudicam a função cerebral e emocional”, conta Gabriel.

A restrição excessiva pode contribuir para um relacionamento negativo com a comida, aumentando a ansiedade social e gerando sentimentos de culpa em torno da alimentação.

Em vez disso, adotar uma abordagem de moderação e escolher alimentos nutritivos, na maioria das vezes, é uma abordagem mais saudável para manter tanto a saúde física quanto mental, segundo o especialista.

Crianças, adultos e idosos têm preocupações diferentes com a alimentação

Crianças, adultos e idosos têm preocupações alimentares diferentes

Você viu que é preciso ter moderação ao consumir os alimentos, né? Tudo que é exagerado (seja para mais ou para menos) não é saudável. Contudo, é preciso entender que, em cada fase da vida, há uma necessidade alimentar diferente. A especialista ouvida pelo Blog da Alelo explica.

“Cada grupo tem necessidades nutricionais e fatores de saúde distintos que devem ser levados em conta ao planejar uma dieta para controlar a ansiedade. Embora muitos dos alimentos possam ser benéficos para ambos os sexos, as necessidades nutricionais podem variar ligeiramente”, conta Paula.

Ficou na dúvida? Vamos aos exemplos!

As mulheres têm um maior risco de deficiência de ferro, especialmente durante o período menstrual. Por isso, alimentos ricos em ferro, como carnes magras, leguminosas e vegetais folhosos verde-escuros, podem ser particularmente importantes para mulheres.

Para crianças, é importante focar em uma dieta balanceada e rica em nutrientes para apoiar o crescimento e o desenvolvimento adequados. Isso inclui alimentos ricos em proteínas magras, grãos inteiros, frutas, legumes e produtos lácteos. Limitar o consumo de açúcares adicionados e alimentos processados também é importante para promover saúde mental e emocional positiva.

Nos idosos, as necessidades nutricionais podem mudar devido a alterações metabólicas e à diminuição da função gastrointestinal. Aqui, é preciso ter um foco especial em alimentos ricos em cálcio e vitamina D para manter a saúde óssea, além de alimentos ricos em vitamina B12, que pode ser mal-absorvida com a idade. Além disso, a hidratação é essencial.

Alimentação e tratamento multidisciplinar

Apesar dos alimentos ajudarem muito a manter a saúde mental, eles não são o único caminho. E o que mais pode ser feito?

A nutricionista Paula Oliveira conta: “Busque tratamento multidisciplinar. Ele contribui muito para o desenvolvimento do bem-estar. Terapia, esportes, médicos em caso de medicação, nutricionistas, entre outros são fundamentais para ter um resultado efetivo e definitivo para a vida”.

Gabriel Portella finaliza dizendo que o autocuidado é multifacetado. “Além da alimentação, o sono adequado, a prática regular de exercícios físicos, a gestão do estresse, o cultivo de relacionamentos positivos e o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento são cruciais para a saúde mental”.

A terapia pode ser uma ferramenta valiosa para explorar questões mais profundas. Cada pessoa é única, e o que funciona para um indivíduo pode não funcionar para outro. Portanto, é essencial adotar uma abordagem personalizada e holística para promover o bem-estar emocional”, acrescenta.

Agora que você já aprendeu sobre como a alimentação pode ajudar a melhorar sua saúde mental e controlar o estresse, que tal utilizar seu Alelo Refeição para comprar alimentos que vão ajudar nesse processo? Para saber mais sobre saúde, navegue pelo Blog da Alelo. Ele está recheado de conteúdo para você. 🙂

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 5 / 5. Número de votos: 3

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.