Segundo dados do estudo “Liderança Empresarial”, realizado pela Vila Nova Partners ao longo de 2024, apenas 5% dos cargos de CEOs no Brasil são ocupados por mulheres.
Quando falamos sobre a presença feminina nos Conselhos Executivos, cerca de 90% das empresas possuem ao menos uma mulher integrando o grupo, mas a média é de aproximadamente uma mulher para cada sete homens que ocupam essa posição.
Esses números revelam que, apesar de alguns avanços, a presença feminina em posições estratégicas ainda é limitada.
E reforçam a importância e urgência de iniciativas que promovam a equidade de gênero, ampliando o espaço para lideranças femininas, afinal, as mulheres têm um papel fundamental na construção de ambientes de trabalho mais inclusivos, inovadores e resilientes.
Então vem com a gente entender mais sobre isso!
As cadeiras de liderança são niveladas entre homens e mulheres?
Além do estudo realizado pela Vila Nova Partners, diversas pesquisas reforçam a disparidade de oportunidades quando falamos sobre gênero, principalmente nos cargos de liderança.
Por exemplo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apenas 39,3% dos cargos de gerência do país são ocupados por mulheres.
Além disso, dependendo do setor, a presença delas é ainda menor, como na agricultura, pecuária, engenharia florestal, aquicultura e pesca, onde a participação feminina cai para cerca de 15%.
Quando falamos sobre cargos de liderança, as mulheres só são maioria em áreas que elas são maioria, ocupando 69,4% dos cargos de liderança na educação e 70% na saúde e em serviços sociais.
Então, quando falamos sobre o mercado de trabalho de forma geral, os homens ainda dominam os cargos mais altos, sejam eles de coordenação, gerência e cadeiras executivas.
Líderes mulheres são vistas como mais confiáveis
Ainda segundo o relatório da consultoria Vila Nova Partners, líderes mulheres são melhor avaliadas em relação aos homens, especialmente em atributos como empatia, comunicação e transparência.
O estudo revela que as mulheres são vistas como mais capazes de construir confiança e engajamento, sendo associadas a uma liderança mais colaborativa e inclusiva, o que aumenta a satisfação e o desempenho dos liderados.
Contudo, o relatório também aborda os desafios específicos enfrentados por mulheres, como vieses de gênero, que podem impactar sua posição de liderança.
As barreiras enfrentadas pelas líderes estão intimamente associados a construção cultural e social que enxerga os homens como líderes natos. Esse contexto reflete estereótipos de gênero que definem o perfil masculino como mais assertivo e dominante, dificultando a ascensão feminina em cargos de liderança.
No mercado de trabalho, muitas vezes as mulheres enfrentam resistência e pressão para se conformarem com papéis tradicionais e que não permitem ascensão à liderança, impactando diretamente em suas oportunidades e no reconhecimento profissional.
O que a confiança na liderança feminina significa para as empresas?
O maior índice de confiança e avaliação positiva da gestão feminina destaca o impacto positivo de uma liderança mais diversa, com características que podem criar um ambiente de trabalho mais inclusivo e produtivo.
A diversidade no topo, conforme indicam as pesquisas, está ligada à melhoria na cultura organizacional, promovendo maior engajamento, colaboração e motivação entre as equipes
Conforme indicam os dados, a presença de mais mulheres na liderança transforma o ambiente de trabalho, mas por que as empresas devem se esforçar para aumentar a representatividade de gênero?
Segundo a Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do Brasil, Esther Dweck, “a presença de mulheres em cargos de liderança muda a forma de fazer política e contribui para o esforço de redução das desigualdades”.
Diversidade e desempenho: empresas com mulheres na liderança são mais competitivas
O relatório global “Diversity Wins”, da McKinsey, pontua que empresas com equipes executivas diversificadas têm 36% mais chances de superar seus concorrentes em termos de lucratividade, dentre os motivos para isso estão:
- Melhor desempenho em decisões financeiras: a diversidade de gênero nas equipes executivas está ligada a uma abordagem mais sólida e assertiva nas decisões financeiras.
- Maior inovação: equipes diversas têm uma maior capacidade de gerar novas ideias e soluções criativas.
- Acesso a diferentes mercados: a presença de mulheres na liderança permite uma melhor conexão, construindo uma base de clientes mais fiel e diversificada.
- Cultura organizacional positiva: ambientes inclusivos atraem e retêm talentos. Ter outras configurações de liderança que vão além da presença massiva masculina melhora a satisfação e o engajamento dos funcionários, que conseguem enxergar cargos executivos como mais acessíveis quando são ocupados por pessoas diversas.
Empresas com diversidade na liderança também demonstram um desempenho superior em métricas de produtividade, o que fortalece a argumentação sobre a importância da inclusão e da equidade de gênero no ambiente corporativo.
A diversidade na liderança como vantagem estratégica
Embora o avanço da liderança feminina no Brasil enfrente desafios, os benefícios de uma equipe de liderança mais diversa são claros e podem ser conferidos em diferentes pesquisas do mercado nacional e global.
A presença de mulheres em posições de liderança fortalece a confiança dos colaboradores, melhora a integração cultural e contribui para um ambiente de trabalho mais inclusivo.
Para as empresas que buscam se destacar no mercado cada vez mais competitivo, promover a diversidade de gênero é uma estratégia fundamental para atrair e reter os melhores talentos, além de criar um ambiente ideal para que todos possam crescer e prosperar.
Promover a liderança feminina e a diversidade não são apenas questões de responsabilidade social, mas também uma vantagem competitiva e estratégica para as organizações que desejam se destacar e manter uma equipe cada vez mais engajada e motivada.
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