Se você já ficou em dúvida sobre qual a diferença entre dieta e reeducação alimentar, calma que você não está sozinho nessa. Muitas pessoas ficam confusas sobre qual é o papel de cada uma delas na rotina alimentar.
Enquanto um termo está ligado a restrições alimentares específicas e temporárias, o outro é uma abordagem mais ampla, focada em mudanças graduais e sustentáveis nos hábitos alimentares.
A gente bateu um papo com a nutricionista Camila Farias, da Clínica Escola de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, que explicou direitinho essa diferença e ainda deu dicas para você adotar no dia a dia.
Vem descobrir!
Diferença entre dieta e reeducação alimentar
Camila explica que a dieta está mais ligada a restrições temporárias ou necessárias específicas por conta de algumas doenças, como por exemplo, colesterol alto, diabetes, etc.
Por outro lado, na reeducação alimentar não é necessária nenhuma restrição alimentar, apenas ajustes no que a pessoa já possui o hábito de consumir em suas refeições em relação à qualidade e quantidades.
“Com a reeducação alimentar, o indivíduo aprende a realizar melhores escolhas dentro dos hábitos alimentares que ele já possui, melhorando a qualidade nutricional e sendo mais efetiva como uma proposta mais saudável para proporcionar a perda de peso”, diz a nutricionista.
“Se a gente olhar a longo prazo, a reeducação alimentar é melhor, pois evitando uma restrição mais severa na alimentação e incluindo itens que a pessoa já têm o hábito de consumir, fica mais fácil seguir essa proposta por um tempo maior, necessário, por exemplo, para a manutenção de uma condição saudável por mais tempo”, orienta.
Na dieta, a profissional conta que o indivíduo pode até perder peso rapidamente, porém o risco de ganhá-lo novamente após o término da restrição é grande.
Alimentos na dieta e na reeducação alimentar
A reeducação alimentar tem como objetivo fazer com que o indivíduo aprenda a realizar melhores escolhas alimentares, dentro das suas preferências. Na reeducação alimentar, a nutricionista conta que alguns alimentos são permitidos.
“Alguns exemplos são as massas, que podem ser incluídas na quantidade e formas de preparo e apresentação corretas (com molho de tomate in natura e na opção integral)”, explica Camila.
No caso do chocolate, ela diz para dar preferência aos meio amargo ou amargo, na porção correta.
Já em relação a alguns produtos industrializados, como os iogurtes, por exemplo, Camila diz para trocá-los por opções mais saudáveis, como os iogurtes naturais, que contêm menos ingredientes.
Na reeducação, garantimos um maior aporte nutricional, com as melhores escolhas. E tem uma parte boa. A nutri conta que dentro de uma frequência e quantidades corretas, com a orientação certa, é possível incluir até mesmo doces e fast-food.
Já é possível comer aquele hambúrguer ou bolo chocolatudo sem pesar muito na consciência.
Quando o assunto é dieta, aí a restrição de alguns alimentos pode acontecer.
“As dietas têm como propostas certas restrições que se fazem necessárias por conta de alguma razão específica, sendo uma estratégia pontual, quando realizada de forma correta, sempre com a indicação de um profissional da saúde”, completa.
As dietas, segundo Camila, podem fazer com que alguns nutrientes fiquem deficientes na alimentação, sendo esse um risco para quem opta por essa estratégia por um período maior sem orientação correta.
Principais erros ao começar uma reeducação alimentar
Alguns dos principais erros na reeducação alimentar são não ficar atento aos rótulos dos alimentos industrializados e errar nas quantidades e na frequência do consumo dos alimentos que se deseja incluir.
A nutricionista explica também que um outro erro é seguir orientações que são genéricas ou de dietas da moda.
“Para evitar esses erros, é necessário ter a orientação correta por um profissional da saúde e estar disposto a aprender a realizar as melhores escolhas (como ler os rótulos dos alimentos)”.
Como identificar se uma pessoa precisa de uma dieta específica ou de uma reeducação alimentar?
A dieta se faz necessária quando há um diagnóstico de doenças específicas, em que determinados alimentos devem ficar de fora das refeições por um período de tempo, explica Camila.
A profissional diz ainda que a reeducação alimentar é indicada para os indivíduos que desejam um up na qualidade de vida no geral, melhorando seus hábitos dentro do que já consome de uma forma gradual.
Mitos mais comuns
Um dos mitos mais comuns é que as dietas da moda apresentam resultados efetivos rapidamente para qualquer tipo de pessoa, sendo que são apenas orientações genéricas, que podem funcionar para uma pessoa específica e para outra não.
Outro mito é que realizando a restrição de alguns alimentos ou grupos específicos a alimentação se torna mais saudável, o que é incorreto, ao passo que é necessário incluir todos os grupos alimentares na quantidade correta na alimentação.
“Alimentos diet e light não necessariamente precisam fazer parte da reeducação alimentar e, apenas realizando as escolhas corretas, já é possível estabelecer um padrão alimentar saudável”, diz Camila.
Ela conta também que é possível pessoas, com restrições alimentares, fazerem reeducação alimentar.
“Hoje em dia existe uma imensa variedade de alimentos que atendem às necessidades das pessoas com esse tipo de restrição no mercado e também os profissionais da saúde podem orientar de uma forma que, mesmo para esse público, não existam restrições muito grandes.”
Dica de ouro
Procurar a orientação de profissionais de saúde, como médico e nutricionista é fundamental para iniciar o processo tanto de reeducação alimentar quanto para quem precisa seguir uma dieta específica, orienta Camila.
“[É preciso] estar atento às dietas da moda, que prometem resultados rápidos, mas que podem trazer o indesejado efeito sanfona um tempo após a restrição”, diz.
Por fim, ela completa contando que é preciso estar disposto a aprender e a ter paciência em chegar aos resultados desejados, com melhores escolhas alimentares.
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