Saiba se é saudável comer chocolate todo dia, qual a quantidade ideal e quais os tipos mais benéficos do doce

Ao leite, amargo ou branco; as opções são variadas. O doce querido entre crianças e adultos ganhou um dia só para ele: 7 de julho é o Dia Mundial do Chocolate. 

Mas será que é saudável comer esse doce todo dia? O Blog da Alelo preparou um material sobre isso para te ajudar a comê-lo sem peso na consciência.

Tipos de Chocolates

A nutricionista com foco em emagrecimento e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, Adriana Molica, explica que no mercado brasileiro os chocolates são classificados com base no teor de cacau e na adição de outros ingredientes. 

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, “chocolate é uma mistura de derivados de cacau com outros ingredientes, desde que tenha no mínimo 25% de cacau”.

Os principais tipos de chocolate são:

Os principais tipos de chocolate são:

Ao leite: feito com massa de cacau, açúcar, leite em pó e manteiga de cacau. Tem sabor suave, mais doce e textura cremosa. Teor de cacau entre 30% e 40%.

Amargo: contém maior proporção de massa de cacau e menos açúcar. Sabor intenso e menos doce. Teor de cacau acima de 50%, podendo chegar a 85% ou mais.

Meio amargo: variação do chocolate amargo com um pouco mais de açúcar. Teor de cacau entre 50% e 65%. Sabor menos doce, equilíbrio entre cacau e dulçor.

Branco: não contém massa de cacau, feito com manteiga de cacau, açúcar e leite em pó. Cor clara, sabor doce e textura cremosa. Não possui os benefícios antioxidantes do cacau.

Benefícios do Chocolate 

O chocolate amargo com alto teor de cacau (acima de 70%) pode trazer benefícios para a saúde devido às substâncias presentes nesta fruta. Sim, cacau é uma fruta!

Esses benefícios incluem a presença de antioxidantes, como flavonoides e polifenóis, que ajudam a combater o estresse oxidativo e podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diminuir a pressão arterial e melhorar a saúde vascular. 

Além disso, o chocolate amargo pode ter efeitos positivos no sistema cardiovascular, como a redução do colesterol LDL (o “mau” colesterol), a melhora da função dos vasos sanguíneos e a redução do risco de formação de coágulos.

O chocolate também contém substâncias estimulantes, como a teobromina e a cafeína em menor quantidade, que podem melhorar o estado de alerta, a concentração e o humor. 

Seu consumo pode desencadear a liberação de endorfinas e neurotransmissores relacionados ao prazer e bem-estar (serotonina), contribuindo para melhorar o humor e proporcionar sensações de prazer. 

Além de tudo isso, o chocolate contém minerais importantes, como magnésio, cobre, ferro e manganês, que desempenham papéis essenciais no organismo.

Mas atenção, a nutri Adriana alerta:

“É importante consumir chocolate com moderação, pois seu consumo excessivo pode levar ao ganho de peso devido ao teor calórico e ao conteúdo de gorduras e açúcares adicionados em alguns tipos de chocolate”

Adriana Molica, nutricionista

Pode comer chocolate todo dia?

O consumo de chocolate deve ser moderado e equilibrado, considerando o tipo e a marca, devido ao seu alto teor calórico e possível presença de açúcar e gorduras adicionadas.

Por isso, o chocolate amargo ou meio amargo é mais indicado, pois contém mais cacau e menos açúcar. A quantidade recomendada varia de 30 a 40 gramas por dia, para obter benefícios dos antioxidantes do cacau sem exceder a ingestão de calorias e açúcar.  

Lembrando que o consumo diário de açúcar adicionado, incluindo o de chocolates, não deve exceder 10% das calorias diárias.

Para isso, leia os rótulos dos produtos para verificar o conteúdo nutricional e considerar a ingestão total de calorias ao longo do dia. 

Normal, Light e Diet 

A diferença entre chocolate normal, diet e light está relacionada principalmente à composição de açúcar e/ou gordura presente em cada tipo, explica Molica.

Normal: é o chocolate convencional, feito com ingredientes tradicionais, como: açúcar, leite em pó e manteiga de cacau. Possui um teor regular de açúcar e gordura. É indicado para consumo geral, sem restrições específicas, desde que esteja dentro de uma alimentação equilibrada.

Diet: elaborado para atender às necessidades de pessoas com restrições de açúcar, como diabéticos, ele é formulado sem açúcar adicionado, substituindo-o por adoçantes artificiais ou naturais de baixa caloria, como: sucralose, stevia ou polióis.

O termo “diet” se refere à ausência de açúcar, mas não necessariamente a uma redução significativa de calorias. Portanto, o chocolate diet ainda pode ser calórico devido à presença de gorduras e outros ingredientes.

Ainda assim, pode ser indicado para pessoas com diabetes ou outras condições que exijam restrição de açúcar (como pacientes bariátricos), mas o consumo deve ser moderado.

Light: elaborado para ter uma redução no teor calórico em comparação com o chocolate normal, ele pode ter uma diminuição de gordura, açúcar ou ambos. Geralmente, o chocolate light tem pelo menos 25% menos calorias em relação ao chocolate convencional.

Assim como o chocolate diet, o termo “light” não significa que o produto seja livre de calorias. Pode ser indicado para pessoas que desejam reduzir o consumo calórico, mas o consumo deve ser moderado dentro de uma alimentação equilibrada.

Diabéticos x Chocolate

Pessoas com diabetes podem consumir chocolate, mas é importante fazer escolhas adequadas, ter moderação e seguir uma alimentação equilibrada, que inclua: a contagem de carboidratos, o controle das porções e o monitoramento dos níveis de glicose no sangue. 

A opção mais indicada para pessoas com diabetes é o chocolate amargo (acima de 70% cacau e, se possível, sem acréscimo de açúcar), isso porque o chocolate diet tem praticamente a mesma quantidade de carboidratos de um chocolate convencional e, algumas vezes, tem até mais gorduras e calorias. 

Independentemente do chocolate escolhido, a chave do sucesso é o tamanho da porção consumida, que não deve ultrapassar 30 gramas ao dia.

E aqui vai a “Dica de Ouro”. Sempre consumir após as principais refeições, como almoço ou jantar.

Isso porque, quando combinado com outros nutrientes, como fibras e proteína, o chocolate é absorvido mais lentamente, o que pode resultar em um menor aumento da glicemia.

Ou seja, assim você minimiza os impactos do açúcar presente no chocolate, sobre os níveis de glicose no sangue.

Chocolate sem Lactose

O chocolate sem lactose pode ser uma opção para pessoas que desejam controlar o consumo de lactose devido à intolerância ou sensibilidade a esse açúcar presente no leite de origem animal. 

É importante destacar que o controle de peso não está diretamente relacionado apenas à presença ou ausência de lactose no chocolate. Os produtos lácteos sem lactose não são de fato sem lactose.

O que acontece é o acréscimo de enzimas que quebram o açúcar do leite em moléculas menores e de mais fácil digestão: a glicose e a galactose. 

Dessa forma, eles podem ser consumidos tranquilamente por intolerantes à lactose e aqueles que sentem algum desconforto.

Contudo, o chocolate sem lactose pode ter um teor calórico semelhante ou até mesmo maior do que o chocolate convencional, pois outros ingredientes, como açúcar e gordura, ainda estão presentes em sua composição. 

Ainda assim, as opções de chocolates adequados para pessoas intolerantes ou alérgicas à lactose ou à proteína do leite incluem: o chocolate amargo ou meio amargo (sem leite nos ingredientes), chocolate sem lactose (enzima lactase é acrescida aos ingredientes), chocolate vegano e chocolate à base de bebida vegetal (leite de coco, castanhas, amêndoas, etc).  

Chocolate na geladeira 

O chocolate pode ser guardado na geladeira, mas não é a melhor opção de conservação, especialmente para o chocolate de boa qualidade.

Isso porque a geladeira pode causar alterações na textura e no sabor do chocolate devido à absorção de odores e à condensação de umidade.

Assim, a melhor opção de conservação para o chocolate é mantê-lo em um local fresco (entre 15°C e 20°C) e seco, protegido da luz solar direta. Guarde-o em um recipiente hermético ou embrulhado em papel alumínio para evitar a oxidação.

Até os dois anos de idade é desencorajada a introdução de chocolate e outros alimentos doces na alimentação das crianças

Idade Ideal 

Até os dois anos de idade é desencorajada a introdução de chocolate e outros alimentos doces na alimentação das crianças por diversos motivos, explica Adriana. 

Nessa fase, o leite materno ou a fórmula infantil são as principais fontes de nutrição, fornecendo os nutrientes necessários para um crescimento e desenvolvimento saudáveis. A inclusão de alimentos doces, como o chocolate, pode atrapalhar o consumo adequado desses nutrientes essenciais.

Além disso, o consumo excessivo ou frequente de alimentos doces pode prejudicar a saúde bucal das crianças (cáries dentárias), além de aumentar os riscos de doenças crônicas precoces, como obesidade, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Acreditar que fazer a criança feliz é dar açúcar é um erro que pode custar caro.  

Calorias

Adriana conta que as calorias podem variar dependendo da marca e dos ingredientes utilizados. Em geral, 30 gramas de chocolate ao leite, amargo (70% cacau) ou branco apresentam entre 150 calorias a 180 calorias. 

Muitas pessoas se preocupam em ver apenas as calorias, mas é ainda mais importante levar em consideração outros fatores nutricionais, como: gorduras saturadas, carboidratos, proteínas e vitaminas presentes nos diferentes tipos de chocolate, além da lista de ingredientes.  

Contra-Indicação

O consumo de chocolate deve ser evitado ou limitado em certas situações. Isso inclui pessoas com alergias ou intolerâncias alimentares, problemas gastrointestinais, propensão a enxaquecas e restrições dietéticas específicas, como: diabetes, doença renal, doença cardíaca ou excesso de peso. 

Dependência

Não há evidências científicas de que o consumo de chocolate cause dependência. No entanto, algumas pessoas podem ter preferência pelo sabor e prazer que o chocolate proporciona, levando a um consumo frequente (afinal, é bom né?).

Isso acontece porque o chocolate tem compostos que afetam o humor e estimulam neurotransmissores relacionados ao prazer. No entanto, esse desejo não é considerado um vício médico.

o consumo excessivo de açúcar pode ter impactos negativos na saúde, como obesidade e diabetes tipo 2.  

Acne

A acne é uma condição complexa influenciada por vários fatores, incluindo: genética, hormônios, produção de sebo, inflamação e bactérias. 

Estudos sobre a relação entre consumo de chocolate e acne são inconclusivos e contraditórios. Outros fatores, como dieta, estilo de vida e higiene pessoal, também podem contribuir para o desenvolvimento da acne.

Insônia

O chocolate pode ter um efeito negativo no sono. Isso ocorre porque ele contém cafeína e teobromina, que possuem efeito estimulante. Dessa forma, o ideal é não consumir chocolate no período da noite.

Agora que você já sabe muita coisa sobre o chocolate, pode utilizar seu Alelo para comprar um e adoçar seu dia. 🙂

Consulte sempre um profissional da saúde.

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