Bons líderes não estagnam! E quando falamos sobre desenvolver profissionais que já ocupam cargos de liderança, estamos nos referindo a um dos maiores desafios do RH, não é mesmo?

Afinal, é importantíssimo manter os líderes em constante evolução para que eles acompanhem as transformações da organização e do mercado, e sigam motivados a continuarem no cargo com o objetivo de inspirar e engajar as equipes.

Este assunto é tão fundamental para o RH, que foi tema do segundo episódio do videocast Pod Papo, com mediação de Fabiola Aragão, coordenadora do time de Gente da Alelo, e participação de Cynthia Kitasato, Superintendente de Produtos, e Anderson Bars, da Escola do Caos. 

O papo girou em torno de carreira, desenvolvimento de líderes e os caminhos para impulsionar lideranças já estabelecidas. Você pode ouvir o episódio completo no YouTube clicando aqui.

E para que possamos nos aprofundar ainda mais sobre este assunto, preparamos um texto completo que aborda pontos essenciais sobre a liderança e, claro, a importância de desenvolver profissionais. 

Vamos nessa? 

Afinal, o que é ser um líder e o que NÃO é ser um líder?

Sabemos que ser líder é muito mais do que ocupar um cargo de chefia, certo? 

Isso porque líderes desempenham um papel fundamental para garantir um alto nível de engajamento entre os membros da equipe. Uma pesquisa da Gallup identificou que a atuação da liderança pode influenciar até 70% do engajamento dos colaboradores. E mais engajamento quer dizer mais produtividade e mais resultados!

O estudo mostra que esse número se deve ao fato de que uma liderança eficaz contribui para a construção de um ambiente de trabalho saudável e motivador, no qual os profissionais sentem-se reconhecidos e valorizados.

Alguns pontos importantes para ser um bom gestor são:

  • Inspirar e motivar: um bom líder sabe como inspirar sua equipe com propósito, visão e exemplo;
  • Servir e apoiar: liderança é serviço. Um bom gestor não quer crescer sozinho, e apoia o desenvolvimento das pessoas ao seu redor;
  • Escutar com empatia: estar em um cargo de chefia é saber escutar com atenção, valorizar opiniões e criar um espaço seguro para o diálogo;
  • Tomar decisões conscientes: é importante assumir responsabilidades, mesmo nos momentos difíceis;
  • Ser coerente e ético: bons profissionais alinham discurso e prática, e agem com integridade;
  • Compartilhar o sucesso: é fundamental reconhecer o esforço da equipe e celebrar conquistas coletivas.

O que NÃO é ser um líder

  • Mandar e controlar: autoritarismo e microgestão não são sinônimos de liderança.
  • Centralizar tudo: achar que só você sabe fazer leva à exaustão e ao sufocamento da equipe;
  • Buscar apenas status ou poder: lembre-se de que liderança de verdade não se mede por cargos ou vaidade;
  • Ser inacessível ou arrogante: a distância emocional e a prepotência minam a confiança do grupo;
  • Evitar conflitos a todo custo: um líder não foge de conversas difíceis, ele as conduz com respeito e coragem;
  • Ignorar o bem-estar da equipe: resultados não devem vir à custa da saúde mental ou do equilíbrio dos outros.

E por que é importante desenvolver quem já lidera?

Como diria Stephen Hawking, “inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança”. Essa frase nos mostra a importância da adaptabilidade e enaltece a capacidade de aprender continuamente e tomar decisões diante de novas situações

Se pensarmos junto a Hawking, podemos afirmar que um bom líder, nesse sentido, é um eterno aprendiz. Gestores diferenciados são aqueles que conseguem se adaptar com flexibilidade aos desafios, transformações e incertezas do contexto em que estão inseridos.

E é claro que ocupar uma posição de liderança não significa estar pronto para todos os desafios que o cargo exige. Na prática, muitos profissionais chegam ao topo com grande bagagem técnica, mas sem preparo emocional ou estratégico para conduzir times em contextos complexos e dinâmicos. 

E isso é normal. Ninguém sabe de tudo! Mas o RH tem um papel importante para desenvolver profissionais que já são líderes

De acordo com a Ernst & Young, o desenvolvimento contínuo da liderança deve considerar fatores como:

  • Comprometimento dos líderes com o próprio crescimento;
  • Alinhamento com a estratégia da empresa;
  • Mudança de mentalidade – do operacional ao transformacional;
  • Integração com a cultura organizacional;
  • Programas personalizados por setor e contexto;
  • Transferência prática de conhecimento. 

Esses elementos formam a base de programas eficazes de desenvolvimento de lideranças, que também devem ser um foco do RH. 

Segundo o McKinsey Global Institute, empresas que priorizam o capital humano e investem na formação de líderes – conhecidas como P+P Winners – apresentaram crescimento de receita duas vezes maior durante a pandemia. 

Essas companhias oferecem, em média, 74 horas de treinamento por ano por colaborador, contra 19 horas das empresas tradicionais.

Além disso, líderes bem treinados retêm talentos com mais eficácia, impulsionam a inovação e contribuem diretamente para o aumento da competitividade da organização.

Como desenvolver profissionais que já são líderes

E como estruturar uma jornada de desenvolvimento para líderes?

Treinar líderes exige metodologias próprias, diferentes das aplicadas em programas generalistas. Entre as estratégias que funcionam melhor para esse público, destacam-se:

  • Mentoria personalizada: facilita trocas profundas, com foco em gaps reais de comportamento e gestão;
  • Action Learning: estimula a resolução colaborativa de problemas reais da empresa;
  • Feedback 360º: ajuda a expandir a consciência dos líderes sobre seu impacto;
  • Treinamentos formais: ainda são úteis, desde que adaptados a contextos e desafios do negócio.

Vale destacar que o RH deve saber mapear os gaps de liderança e oferecer trilhas que combinem desenvolvimento técnico, comportamental e estratégico.

O que não pode faltar em um programa de desenvolvimento de líderes?

Como vimos no segundo episódio do Pod Papo, um programa de liderança de sucesso precisa:

  • Ter propósito claro;
  • Estar alinhado à estratégia de negócio;
  • Estimular a autoconsciência e autoconhecimento;
  • Envolver liderança pelo exemplo;
  • Ser mensurável e gerar impacto real.

Desenvolver quem já lidera é investir no presente e no futuro das organizações. Um bom programa de liderança transforma gestores em referências, melhora a experiência dos colaboradores e fortalece a cultura corporativa.

Liderança além das grandes empresas

O desenvolvimento da liderança já não é exclusividade das grandes corporações. Estabelecimentos comerciais, varejistas e pequenos negócios também enfrentam desafios diários de gestão de pessoas – muitas vezes com menos estrutura e apoio.

Para esse público, é fundamental:

  • Investir em formações práticas e contextualizadas;
  • Trabalhar habilidades de escuta, empatia e comunicação;
  • Promover espaços de troca entre pares;
  • Valorizar a formação continuada, mesmo que em formatos mais enxutos.

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