Telefone celular à mão, notebook sempre conectado e internet disponível em qualquer lugar, a qualquer momento. Se você tem essa intensa relação com aparelhos eletrônicos e está conectado a todo momento, pode estar à beira de cair na armadilha do burnout digital.
Esse excesso tem sido combatido inclusive pelas corporações. Com o home office estabelecido durante a pandemia, trabalhadores começaram a não ter limites entre trabalho e descanso, e a rotina em frente ao computador ganhou algumas horas a mais.
Na Alelo, diversas atitudes estão sendo tomadas com a intenção de colocar o pé no freio e diminuir o consequente desgaste de colaboradores causado pelo tempo excessivo diante da tela.
Se você ficou interessado, o blog da Alelo explica como fazer esse “detox digital”. Vamos lá?
O que é burnout digital?
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a síndrome de burnout é um distúrbio psíquico.
O excesso de trabalho, a rotina estressante e o grande número de tarefas mal gerenciadas são as principais causas relacionadas a essa doença, que atinge milhões de trabalhadores ao redor do mundo, independentemente de seus cargos ou posições.
Pode-se dizer que burnout digital é o esgotamento físico e emocional pelo uso excessivo e em tempo integral de meios digitais para comunicação. Aliás, o burnout digital, geralmente, tem grande “culpa” no aparecimento da síndrome em seu modo mais tradicional.
Causas do burnout digital
Estar 100% do tempo online, rodar a timeline das redes sociais a todo momento, ficar preocupado em responder a mensagens em aplicativos assim que elas chegam e se sentir sobrecarregado pelas demandas digitais em geral, são indicativos de que é preciso desligar um pouco o Wi-Fi.
Esse cansaço relacionado ao burnout digital está ligado ao fluxo de informações que a internet traz, por meio de sites de notícias e redes sociais. Até mesmo jogos virtuais, que não tem pausa, podem significar exagero e desencadear uma dependência anormal da internet.
E não é apenas a overdose de informações que causa o burnout digital. A própria exposição à luz, brilho, contraste e demais recursos audiovisuais do aparelho ocasionam fadiga e cansaço extremo. Principalmente, quando é preciso ter contato direto com visores ou telas a maior parte do dia.
Quais os sintomas do burnout digital?
O burnout digital se manifesta com os mesmos sintomas do burnout em sua forma mais tradicional. Essas são algumas indicações de que as horas de trabalho em frente ao computador precisam ser diminuídas:
- Cansaço excessivo e constante;
- Dificuldade de concentração;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Insônia;
- Isolamento social;
- Dores de cabeça;
- Problemas na visão;
- Irritabilidade.
Burnout no ambiente de trabalho
No ambiente de trabalho, em tempos de home office e modelo híbrido, essa exposição aos dispositivos pode ficar ilimitada.
Fazer reuniões sem fim por videoconferência, trocar informações de forma instantânea com colegas de trabalho por meio de aplicativos o dia todo e dar atenção integral a grupos de bate-papo são tarefas constantes no cotidiano corporativo.
Um relatório da Microsoft revelou que o número de reuniões semanais online aumentou 148% entre 2020 e 2021.
A pandemia trouxe essas mudanças de forma extremamente repentina, sem que houvesse uma transição, e as consequências desses novos hábitos começaram a aparecer agora.
Combate à “fadiga do Zoom”
Relatos da “fadiga do Zoom” – nome em alusão ao serviço de conferência remota utilizado para reuniões profissionais online – foram observados pelas empresas durante a pandemia.
Para preservar o bem-estar de seus colaboradores e evitar sequelas mais graves, a Alelo tem buscado iniciativas que permitem a desconexão, reuzindo as horas em frente ao computador e que demonstrem que nem tudo é assim tão urgente.
Um exemplo é a “Sexta-feira de foco”, projeto criado em 2020 pela Alelo, e que tem como principal recomendação a abolição de reuniões, um dos pontos mais desgastantes na rotina dos colaboradores.
Manual de boas práticas
Uma lista de boas práticas relacionadas em um manual também faz parte da iniciativa da Alelo em diminuir o tempo de conexão dos colaboradores. Entre as recomendações estão:
- Pausas de 15 minutos entre as reuniões;
- Levantar-se da cadeira a cada hora;
- Concentrar a comunicação de trabalho em apenas uma plataforma de troca de mensagens. Desse modo, diminui-se o desgaste de precisar acompanhar notificações em diversos aplicativos;
- Bloqueio de horários específicos na agenda das equipes, como o período do almoço, das 12h30 às 14h;
- Campanha “Curta a Reunião Curta”, que estimula os encontros mais rápidos e objetivos.
Café da manhã, happy hour e churros
Também para reforçar a desconexão na rotina de trabalho, a Alelo cria momentos diários de descompressão entre seus colaboradores.
A participação em atividades como café da manhã, massagem e happy hour são incentivadas, assim como tirar aquele tempinho para apreciar uma pipoca, açaí e churros, que estão disponíveis aos colaboradores. A adesão a essa iniciativa chega a 80% da equipe.
Ao final de cada semana, o RH também checa como anda o estado emocional dos funcionários. A média dos últimos 12 meses foi de 85,5% dos trabalhadores com sentimento positivo, 11,5% com sentimento neutro e 3% com sentimento negativo.
Incentive seus colaboradores a desconectar
Como pode ser visto, estar desconectado de aparelhos digitais e da internet, em vários momentos do dia, é necessário para se manter bem fisicamente e emocionalmente.
Fica aqui a recomendação de se desligar um pouquinho, fazer pausas momentâneas no trabalho e a interagir com o mundo a sua volta, sem aplicativos ou mensagens virtuais. O resultado será benéfico para todos!