Você sabia que as escalas de trabalho podem ser essenciais para uma rotina mais produtiva da sua equipe?
Não há dúvidas de que colaboradores engajados fazem a diferença no dia a dia das empresas, especialmente para estabelecimentos e organizações que buscam uma cultura organizacional mais saudável. E a divisão de carga horária e turnos, se feita de modo assertivo, pode ser uma ferramenta valiosa aos gestores.
Pensando nisso, preparamos um texto com dicas práticas para você organizar escalas de trabalho mais produtivas e, consequentemente, aumentar o engajamento dos colaboradores!
Vamos nessa?
O que são escalas de trabalho?
As escalas de trabalho, como o nome sugere, são documentos que têm o objetivo de organizar e distribuir a carga horária dos colaboradores da equipe.
Por meio delas, é possível definir os padrões de entrada e saída dos trabalhadores, e os períodos de descanso e folgas.
De modo geral, elas são comumente utilizadas em estabelecimentos e empresas que operam por diversos turnos, ao longo de todos os dias da semana. Elas também são muito úteis para setores que demandam cobertura contínua.
Os diferentes tipos de escalas de trabalho
Existem alguns formatos possíveis. São eles:
- Escala 5×2: cinco dias de trabalho seguidos por dois dias de folga. É uma escala comum em muitos setores, possivelmente a mais conhecida;
- Escala 5×1: a cada cinco dias de trabalho, o colaborador pode tirar uma folga. Neste modelo, o trabalhador também tem direito a um domingo de folga por mês e a sua jornada é de 7 horas e 20 minutos;
- Escala 6×1: seis dias de trabalho seguidos por um dia de folga. É mais utilizado em atividades que exigem cobertura durante os fins de semana;
- Escala 12×36: 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de folga. Geralmente, este formato é encontrado em setores como: saúde, segurança e serviços essenciais;
- Escala 18×36: já neste modelo de trabalho, o colaborador trabalha 18 horas e folga por 36 horas;
- Escala 24×48: por fim, neste formato, é determinado 24 horas de trabalho seguidas por 48 horas de folga. Esta escala costuma ser bastante utilizada em serviços de emergência, como bombeiros e polícia.
O que diz a CLT sobre as escalas de trabalho?
A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) reforça sobre o tempo em que o trabalhador pode dispor à sua função, entre outras condições que devem ser revistas pelo empregador.
Algumas questões estabelecidas por lei são:
- A CLT define que o colaborador pode trabalhar por, no máximo, 44 horas semanais, sem que a empresa precise pagar horas extras;
- Se a jornada for de 8 horas diárias, o trabalhador tem direito a intervalo intrajornada. E, se for de 6 horas diárias, há 15 minutos de intervalo para refeição e descanso;
- Caso a quantidade de 8 horas de trabalho seja ultrapassada, o período extra não deve ser superior a 2 horas;
- Independentemente da jornada, toda a equipe tem direito a um descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas;
- Todo trabalhador tem direito a um mínimo de 11 horas consecutivas de descanso;
- Empresas podem adotar jornadas de revezamento sem interrupção, entretanto, a carga horária diária não pode ultrapassar 6 horas.
Qual é a diferença entre a jornada de trabalho e a escala de horas?
A jornada de trabalho se refere ao tempo total que um colaborador passa à disposição do empregador, enquanto a escala distribui como será a carga de horas dividida ao longo de um determinado período.
As escalas são frequentemente utilizadas para otimizar a cobertura de turnos, garantir a continuidade do trabalho em setores que operam 24 horas por dia, atender a requisitos específicos de determinadas profissões, etc.
Quais são os principais erros dos gestores ao elaborar essa divisão?
Ao elaborar escalas de trabalho, os gestores podem cometer alguns erros que afetam a eficiência operacional e o bem-estar dos funcionários.
Por isso, é necessário tomar alguns cuidados, atentando-se à lei, ao descontrole do registro do ponto, à flexibilidade, entre outros.
Vale ressaltar que é importante considerar também as preferências individuais dos funcionários em relação aos horários de trabalho. Afinal, caso elas sejam ignoradas, isso pode resultar em descontentamento e redução de produtividade.
Como organizar escalas de trabalho produtivas?
Para que sua equipe esteja engajada também graças às escalas, trouxemos seis dicas práticas para você organizar esse documento tão importante para o dia a dia.
Vamos lá?
Organize as jornadas de trabalho
É fundamental analisar os períodos de trabalho de cada equipe e/ou funcionário, considerando as jornadas estabelecidas pela empresa.
Assim, você consegue enxergar se as folgas estão de acordo com o que é previsto por lei, se não há desfalque no time e, especialmente, se nenhum trabalhador estará sobrecarregado.
Para facilitar essa organização, você pode utilizar uma planilha.
Estabeleça metas junto aos colaboradores
Outro ponto a ser considerado na hora de elaborar as escalas são as metas, que devem ser realistas de acordo com cada turno de trabalho.
Mas esses objetivos devem ser elaborados junto às equipes para que todas as expectativas sejam ponderadas e todos compreendam suas responsabilidades.
Com isso, dificilmente haverá divergências e descontentamentos, aumentando a produtividade e o engajamento do time.
Inclua pausas e intervalos
Além das folgas, certifique-se de incluir pausas regulares para evitar a fadiga e manter o foco dos seus colaboradores durante a jornada de trabalho.
Ainda, é fundamental respeitar os limites legais e contratuais em relação às horas de trabalho e aos intervalos.
Principalmente em fins de semanas, períodos noturnos ou feriados, é fundamental que haja intervalos para que os colaboradores não fiquem sobrecarregados.
Também vale ressaltar que é importante controlar essas pausas por meio de escalas assertivas para que nenhum setor fique mais atarefado do que outro e para que o funcionamento da empresa não seja afetado.
Para uma pausa mais efetiva e para maior contentamento dos seus trabalhadores, você pode oferecer espaços exclusivos para o descanso, que vão garantir tranquilidade e relaxamento.
Conheça a lei
Para não haver problemas legais, é importante conhecer a legislação. Esteja atento às normas estabelecidas pela CLT, aos acordos coletivos com sindicatos ou às convenções específicas da indústria.
Assim, você consegue garantir um ambiente de trabalho saudável, seguro e que respeite a legislação.
Encontre oportunidades de produtividade
Identifique os períodos do dia ou da semana em que a equipe está mais produtiva e menos atarefada. Assim, você consegue distribuir as tarefas de modo que seus colaboradores não vão se sentir sobrecarregados.
Avalie e ajuste sempre que necessário
Considere as habilidades, preferências e limitações individuais de cada colaborador. Além disso, analise se a primeira versão da sua escala foi eficiente. Caso ela não esteja cumprindo os objetivos previstos, faça ajustes.
Regularmente, faça uma rodada de feedbacks com a equipe, e esteja disposto a fazer mudanças para otimizar a produtividade.
Garanta uma jornada de trabalho saudável!
Ao criar uma escala de trabalho, é importante equilibrar os objetivos da empresa e as necessidades individuais dos colaboradores para manter um ambiente de trabalho saudável e eficiente.
O bem-estar da sua equipe deve ser, sempre, uma prioridade para o seu negócio!