Nos últimos meses, ações ambientais ganharam as redes sociais. O desafio do lixo, ou #trashtag, se tornou uma forma criativa para estimular internautas a realizarem transformações em ambientes degradados. Já são mais de 150 mil publicações de antes e depois de locais que ganharam uma mãozinha na limpeza. De olho na tendência, algumas empresas estão estimulando seus funcionários a participarem do desafio, como aconteceu na Alelo no dia do aniversário de 16 anos.

Essas ações pontuais são fundamentais para engajar os colaboradores e incentivar a propagação de atitudes positivas fora da empresa. “Passamos um terço do tempo útil no ambiente de trabalho e isso se torna espelho para as outras partes da vida. Ter bons exemplos das companhias é uma questão crucial”, diz Alejandro Almeida, especialista em sustentabilidade.

A área de RH das empresas tem papel fundamental para ajudar a disseminar esses hábitos conscientes. Há uma série de iniciativas para estimular que os colaboradores pensem sobre o assunto com a realização de campanhas constantes. Alguns pontos que podem ser contemplados são como fomentar o consumo consciente; como combater o desperdício de papel; como fazer a destinação correta dos resíduos para não causar prejuízo ao meio ambiente; como organizar doações de itens; como encontrar parcerias com iniciativas de sustentabilidade; além do incentivo em participar de projetos desportivos e culturais.

“Olhar para a comunidade ao redor da empresa ajuda a entender as necessidades. Atender o perímetro próximo é um passo importante para que a questão ganhe força de forma palpável. Há possibilidades como arrecadação de alimentos, agasalhos, ajudas em reformas, por exemplo”, diz o consultor.

Marketing de causa

Mas além das ações pontuais, cada vez mais há uma expectativa ampla dos consumidores em relação ao papel das empresas na sociedade. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada por Ipsos, Cause, ESPM e Instituto Ayrton Senna mostrou que 77% dos consumidores esperam que as empresas contribuam muito mais para a sociedade do que contribuíam no passado. Cerca de 82% dos entrevistados são favoráveis a empresas que apoiam uma causa. Ou seja, os consumidores estão cada vez mais críticos e isso reforça a necessidade da responsabilidade social na era das redes sociais.

Nessa toada surgem movimentos importantes de grandes companhias em campanhas para fim do uso de uso de canudos plásticos, ações de incentivo de retorno de embalagens e peças publicitárias que abraçam públicos antes deixados de lado, por exemplo. É o chamado marketing de causa, que ganha cada vez mais espaço na pauta das companhias e impulsiona o lado  da responsabilidade socioambiental.

Além disso, é inegável que o aspecto financeiro, é um dos efeitos. Uma pesquisa da consultoria KPMG de 2017 aponta que 78% das maiores companhias globais já colocam informações sobre sustentabilidade em seus relatórios financeiros. Ou seja, as ações sustentáveis já impactam diretamente no faturamento.

É inegável que há uma melhoria na reputação das marcas sustentáveis, o que culmina em uma maior capacidade de atrair talentos para a empresa, favorece mais parcerias de negócios e resulta na redução dos riscos das atividades. Ou seja, todo mundo sai ganhando quando têm atitudes sustentáveis — e não dá mais pra esperar para começar a falar sobre isso.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.