Antes de serem funcionários, os colaboradores são pessoas. A afirmação pode parecer óbvia, mas carrega consigo um alto grau de complexidade. Afinal, compreender indivíduos e inserir suas vivências particulares em um ambiente plural como o de um escritório, é um grande desafio. E também, um dos principais pilares para o sucesso de qualquer empresa.

Isso porque conhecer as pessoas, suas competências, pontos fortes e fracos, pode ajudar a sua empresa em muitos aspectos:

  • Gestão de conflitos interpessoais;
  • Definição de plano de carreira e desenvolvimento de pessoas;
  • Atração de talentos e formação de equipes;
  • Aumento de produtividade, e muito mais.

Mas como fazer isso na prática?

A análise comportamental, que busca compreender as particularidades de cada indivíduo, pode ser um bom ponto de partida.

Por isso, preparamos este conteúdo para que possa aplicar este conhecimento no seu dia a dia e extrair o melhor das pessoas. Vem com a gente.

O que é análise comportamental?

Análise comportamental, tradução de behavior analysis, é uma ciência natural que estuda a atividade dos organismos vivos. Estamos falando de um conceito bastante antigo, do final do século XIX e início do século XX, que ganhou destaque a partir do surgimento de uma tendência na psicologia, o behaviorismo.

Esse “comportamento” é compreendido a partir das ações e sentimentos de um indivíduo, além de seus pensamentos e declarações.

Tipos de análise comportamental

Quando se trata do ambiente corporativo, a ideia é mapear os diferentes perfis dos profissionais. Ao conhecer o perfil de seus colaboradores – e até mesmo usar a avaliação comportamental na hora do recrutamento – a organização consegue definir ações que falem diretamente com seu público, direcionando melhor as ações de gestão sob vários aspectos, como por exemplo, a comunicação e cultura.

Conheça alguns tipos de análise comportamental.

1 – DISC

Para conhecer os perfis, é necessário fazer testes de análise comportamental. Há algumas possibilidades, todas com embasamento psicológico. Por exemplo, o teste DISC, desenvolvido em 1920 por Willian Marston, um Harvard PhD em Psicologia, que enquadra os indivíduos em quatro tipos de comportamento predominantes:

  • dominância;
  • influência;
  • estabilidade;
  • conformidade.

2 – Perfil STAR

No método de perfil STAR, que funciona como uma espécie de entrevista de competência, é possível avaliar a habilidade de um indivíduo em situações reais. Suas nomenclaturas são:

  • situação;
  • tarefa;
  • ação;
  • resultado.

3 – Dominância Cerebral ou HBDI

Entre os testes mais comunsestá o Teste de Dominância Cerebral ou HBDI. De acordo com a teoria do professor americano Ned Herrmann, que criou essa lógica e é conhecido como ‘pai da tecnologia de domínio do cérebro’, o cérebro humano é dividido em quatro quadrantes com características diferentes e uma delas é sempre dominante.

Ao fazer o teste, é possível descobrir os processos de aprendizagem. Dependendo de quais quadrantes você está envolvido, seus processos de aprendizagem e pensamento podem variar amplamente, e cada um tem seu próprio significado específico. Sabendo disso, fica mais fácil estimular o aprendizado.

4 – Perfil IAC

Por último, o teste de perfil IAC também pode ser usado para fazer a análise comportamental dos colaboradores. O Inventário de Aderência Cultural (IAC) é composto por 84 questões, que visam diagnosticar características culturais e compatibilizar o candidato com a cultura da empresa. Este método divide a cultura organizacional em seis dimensões e ajuda a traçar o chamado fit cultural – o ápice de combinação entre uma empresa e um candidato.

Já deu pra ver que métodos e tipos de testes não faltam. Mas como saber quando eles podem ser úteis?

Melhorando a cultura e a comunicação da empresa por meio da análise comportamental

Muitas vezes o gestor nota que apesar de muitos conhecimentos técnicos, há colaboradores com pouco desempenho. Isso porque além dos conhecimentos práticos exigidos, o profissional deve possuir características comportamentais condizentes com a cultura da empresa e da equipe para a qual trabalha.

A análise comportamental pode ajudar a obter um diagnóstico e compreender onde estão as falhas de comunicação e de aderência à cultura. Além disso, a comunicação fica mais fluida quando se conhece o perfil dos funcionários.

Um outro efeito desse mapeamento pode aparecer direto na última linha do balanço. Em casos de avaliações bem realizadas, é possível descobrir, por exemplo, quem são as pessoas que estão mais confortáveis com as suas funções, quem precisa de treinamento ou pode ser transferido para outras áreas.

A ideia é aproveitar o melhor de cada indivíduo, o que se reflete em mais engajamento, bem-estar e produtividade, e consequentemente, mais lucro.

Sua empresa já aplica algum destes testes? Conta pra gente.

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