A competitividade sempre fez parte do universo corporativo. E, para quem busca se destacar, a formação de times de alta performance virou prioridade. Mas como chegar lá?

Foi com essa pergunta em mente que Carolina Ferreira, Diretora de Gente e ASG da Alelo, comandou a palestra “Cultura que move: como construir ambientes de alta perfomance com protagonismo e propósito” na Arena Sulamérica, durante o terceiro e último dia do CONARH 2025.

Confiança, experiência e alta performance

Logo no início, Carolina compartilhou histórias inspiradoras sobre como confiança e experiência andam lado a lado com times de alta performance.

Um dos exemplos foi o de Luca. Ele perdeu um boneco da coleção Ninja da Lego, que tinha ganhado do pai, e escreveu para a marca pedindo outro. A resposta surpreendeu: além de enviarem a peça, mandaram uma carta assinada como se fosse um sensei, dizendo que os brinquedos deveriam ser cuidados “como os samurais cuidam das espadas” e ainda incluíram outros bonecos na brincadeira.

Para Carolina, esse gesto mostrou a confiança dada à sua área de atendimento ao cliente e transformou simples interações em momentos únicos e memoráveis.

Outro exemplo citado foi o da Pixar, com o ritual chamado brain trust. Nele, diretores e roteiristas experientes se reúnem para trocar ideias sobre os desafios dos projetos em andamento.

“A vulnerabilidade, o fato de um pedir ajuda ao outro, faz surgir grandes projetos, como, por exemplo, a dinâmica do Buzz Lightyear e do Woody em Toy Story. Criar rituais de confiança mútua é essencial para a inovação, a performance e a possibilidade de expor vulnerabilidades sem medo”, comentou.

A crise global de confiança

De acordo com a pesquisa Edelman Trust Barometer, o Brasil acompanha a tendência global de baixa confiança nas instituições.

Carolina chamou atenção para um dado preocupante: mais de 40% dos jovens acreditam que atitudes violentas são o melhor caminho para conquistar algo. Para a representante da Alelo, esse comportamento está por trás da polarização que vemos na sociedade.

E aí surge a pergunta: como as empresas podem contribuir para construir um ambiente mais confiável?

Carolina Ferreira, Diretora de Gente e ASG da Alelo

Segundo Carolina, essa construção começa com uma mudança na cultura da empresa. É preciso enxergar o erro como parte do processo de inovação e não como um fracasso.

E tudo isso tem tudo a ver com performance. O medo de errar pode impedir a chance de inovar e acertar.

Liderança e aprendizado contínuo

Na Alelo, a liderança está no centro dessa transformação. Carolina contou que a empresa lançou recentemente a “Missão de Liderança”, com o objetivo de fortalecer os vínculos entre líderes e seus times. Olhar no olho, conhecer a pessoa além do crachá e dividir vulnerabilidades são algumas das atitudes que fazem a diferença.

“Quando falamos da gente e mostramos nossa vulnerabilidade, abrimos espaço para o outro falar dele”, afirmou.

Ela também ressaltou o valor de aprender sempre — o famoso lifelong learning. Apelidada de “Maria Cursinho”, Carolina revelou que aproveita todo espaço possível para aprender, seja em cursos, palestras ou até em vídeos do TikTok.

“Precisamos de mais pessoas que busquem conhecimento em todo momento que é possível”, destacou a diretora.

Na prática, esse movimento de educação corporativa levou à reformulação da UniAlelo, a universidade corporativa da Alelo. Agora, ela é um hub de conteúdos acessível quando e onde o colaborador quiser.

Com isso, os profissionais desenvolvem novas skills, aumentam sua performance e colaboram ainda mais com os resultados da empresa.

Segurança psicológica e empatia

A confiança também se fortalece nas conversas mais próximas, como os encontros one-to-one entre líderes e liderados. E, a partir daí, nasce a tão falada segurança psicológica. É nesse ambiente que o aprendizado contínuo floresce.

A representante da Alelo indicou dois conteúdos para quem quer se aprofundar no assunto: o livro “Empatia Assertiva” e o TED Talk da pesquisadora Amy Edmondson sobre segurança psicológica. Os dois mostram a importância de ambientes onde as pessoas possam ser autênticas.

Na Alelo, 45% dos colaboradores dizem que se sentem mais propensos a ficar na empresa justamente por se sentirem em um ambiente seguro. Mas Carolina faz um lembrete importante: empatia não significa deixar de ser direto.

Carolina Ferreira, Diretora de Gente e ASG da Alelo

Ela também reforçou o papel essencial da liderança. Os líderes precisam enxergar as pessoas de forma completa, considerando saúde mental, bem-estar e carga de trabalho.

“Resultado só acontece por meio das pessoas e o RH está aqui para dar as ferramentas para os líderes serem protagonistas desse movimento”, finalizou.

Curtiu esse conteúdo? Continue navegando pelo blog da Alelo para ver mais sobre o CONARH 2025 e conferir outras dicas para impulsionar o RH da sua empresa.

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