O diretor e roteirista italiano Federico Fellini uma vez disse que “o cinema é um modo divino de contar a vida”. Em meio a diversos gêneros cinematográficos, os documentários se destacam por serem os que abordam de forma mais próxima essa realidade. 

No Brasil, o Dia Nacional do Documentário Brasileiro é celebrado anualmente em 7 de agosto. A data foi escolhida em referência ao nascimento do cineasta Olney São Paulo, que foi uma referência no gênero

O audiovisual brasileiro conta com produções de alta qualidade ao longo das décadas. Por isso, a Alelo reuniu algumas delas em uma lista. 

Mas, antes de preparar a pipoca, bora entender o que é um documentário? 

O que são os documentários? 

Os documentários são produções cinematográficas, não ficcionais, que se caracterizam pela exploração da realidade. Esse gênero mostra investigações sobre eventos reais e entrevistas com pessoas que não estão desempenhando um papel (ou seja, não estão atuando). 

Em algumas produções, a fronteira entre documentário e ficção fica  confusa, já que atores podem reproduzir uma cena para ilustrar determinadas situações que estão sendo abordadas no filme. 

Por outro lado, há filmes de ficção que imitam a estrutura dos documentários. Eles são chamados de “mockumentaries”, falsos documentários ou pseudocumentários. 

 “Chegada do Trem em Petrópolis”, um dos primeiros documentários do audiovisual brasileiro

No Brasil, a produção de documentários teve seu ponto de partida em 1897 com a gravação de “Chegada do Trem em Petrópolis”. Outra filmagem importante foi em 1898, com a filmagem “Uma Vista da Baía do Guanabara”. Ambos são categorizados como documentários por mostrar situações do cotidiano. 

Agora que você sabe o conceito de documentários, prepare a pipoca para ver as dicas incríveis que separamos! 

Dicas de documentários brasileiros 

Hoje é possível assistir diversos documentários por meio do streaming. Porém, as produções atuais contaram com influências de obras do passado, que ajudaram a construir a identidade do audiovisual brasileiro. 

Prepara-se para viajar pela história com essas dicas que nós separamos! 

No Paiz das Amazonas (1922) 

Que tal conhecer uma produção centenária? “No Paiz das Amazonas”, de Silvino Santos, foi lançado em 1922 mostrando aspectos gerais da Região Norte do Brasil. 

O documentário conta com pouco mais de duas horas de duração e é dividido em blocos temáticos como a produção de borracha, cultivo de castanhas, pesca e cuidados com o gado.

O Poeta do Castelo (1959) 

Você já ouviu falar de Manuel Bandeira? Ele é considerado um dos maiores poetas e críticos de literatura do Brasil. Ele é o personagem principal do documentário “O Poeta do Castelo” de 1959, dirigido por Joaquim Pedro de Andrade. 

Com uma duração de cerca de 10 minutos, a produção aborda de forma intimista o dia a dia do poeta, mostrando desde o seu café da manhã até os arredores na região de Castelo, no Rio de Janeiro, enquanto o próprio Manuel recita alguns de seus versos. 

Aruanda (1960) 

Dirigido por Linduarte Noronha, “Aruanda” é um documentário de 21 minutos. Ele foi eleito uma das melhores produções da história do cinema brasileiro em uma eleição organizada pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema. 

O filme conta a história dos remanescentes de um quilombo em Serra Talhado na Paraíba no final da década de 50, mostrando o cotidiano dos moradores, como as jornadas de plantio. 

Mesclando cenas da realidade com elementos de ficção, a obra aborda uma realidade retratada com pouca frequência naquele contexto histórico. 

Carro de Bois (1974) 

Dirigido por Humberto Mauro em 1974, “Carro de Bois” é uma produção de aproximadamente 10 minutos para quem deseja viajar pela história das áreas rurais brasileiras. 

Na década de 70, o carro de boi já tinha sido superado por técnicas mais modernas, mas ainda fazia parte das paisagens do sertão brasileiro. O filme é uma mescla de utilidade e poesia, mostrando como o equipamento é feito e o artesão que o fabrica.

Theodorico, o Imperador do Sertão (1978) 

Exibido no Globo Repórter  em 1978, a produção acompanha Theodorico Bezerra, um dos últimos coronéis nordestinos ainda vivo. A produção possibilita ver a influência que o mesmo tinha no interior do Rio Grande do Norte e as condições a que os moradores da sua fazenda estavam submetidos. 

No documentário, o jornalista e cineasta Eduardo Coutinho entrevista o coronel e seus trabalhadores. A obra se destaca por mostrar como a miséria era tratada no Estado. 

Porto de Santos (1978) 

A histórica cidade de Santos-SP e o seu porto são protagonistas neste documentário de 1978, dirigido por 1978. Ao longo de 19 minutos, a obra traz uma visão poética sobre o trabalho nas docas e da boemia das noites no cais. 

E aí, já preparou a pipoca? Então aproveite essa viagem pela história do audiovisual nacional! 

Confira também no blog uma lista de filmes e documentários para aprender mais sobre liderança

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