Inteligência emocional no trabalho é de suma importância para empreendedores e colaboradores.

Você sabe lidar com a pressão e o estresse no ambiente de trabalho? Evita tomar decisões impulsivas? Tem empatia pelos colegas? Investe nas relações interpessoais? Esses comportamentos estão associados a pessoas que têm um bom controle das emoções, em si mesmo e nos outros, e sabem identificá-las e gerenciá-las de maneira apropriada e eficaz. É o que os especialistas chamam de inteligência emocional, uma das soft skills, habilidades comportamentais cada vez mais valorizadas nos profissionais.

“Aprender a gerenciar as emoções é um processo de muito questionamento e auto avaliação. A inteligência emocional, de forma abrangente, é racionalizar o que se está sentindo”, explica Renata Tolotti, mentora de negócios e líderes, de São Paulo.

Para ela, a falta dessa habilidade pode até fazer um negócio falir ou deixar as pessoas em um ambiente de trabalho doentes emocionalmente. “A maioria das pessoas não sabe por que sente o que sente, age como age ou reage a situações anormais. Quando nos conhecemos com profundidade, saímos do automático de reatividade e vamos a um nível de ação. Muitos confundem inteligência emocional com ser zen, calmo ou racional, porém não se trata disso”, esclarece a mentora.

Impulsividade controlada

Se autoconhecer ajuda a entender o que nos incomoda e qual a origem desse incômodo. Por exemplo, se é um fator interno – como a falta de conhecimento, de confiança ou ansiedade – ou um fator externo – como a expectativa que os outros têm de nós, problemas de relacionamento com os colegas ou pressão pela produtividade. “Ao reconhecer quais são os gatilhos de impulsividade, aprendemos a controlar o lado primitivo do cérebro, que é onde recebemos a informação do ambiente primeiro. Saber lidar com isso e utilizar o lado racional do cérebro é um exercício diário”, recorda a coach e mentora Bia Nóbrega.

É comum as pessoas acharem que controlar emoções é o mesmo que repreender as emoções, mas são coisas diferentes. “Você precisa saber expressar o que está sentindo, pois quanto mais segurar suas emoções maior será o seu descontrole”, ressalta Valdirene Moser, professora do curso de Gestão de Pessoas, do Senac Francisco Matarazzo, em São Paulo. Ela destaca ainda a importância de desenvolver a empatia. “As pessoas ao nosso redor também têm emoções e sentimentos e cabe a nós tentar compreendê-los para melhorar nossos relacionamentos interpessoais.

Impacto importante nos resultados

Segundo o americano Daniel Goleman, autor do best-seller ‘Inteligência Emocional’, de 1995, o QE (quociente das emoções) representa 80% dos resultados de uma pessoa em qualquer área de atuação. Os outros 20% são de QI (quociente de inteligência).

“No mundo empreendedor, os especialistas afirmam que essa competência é um divisor de águas entre o êxito e o fracasso”, afirma a coach e mentora Bia Nóbrega. Ela diz que no mundo corporativo, onde empreender também é necessário, uma pesquisa da CareerBuilder (site de emprego americano) comprovou a importância de saber gerir e identificar nossas emoções. O estudo revelou que 71% dos 2.662 executivos de RH pesquisados afirmaram valorizar mais a inteligência emocional do que o QI em seus funcionários, tanto na hora de contratar, quanto na de promovê-los.

Saiba como gerenciar positivamente as emoções

A seguir, conheça os cinco pilares da inteligência emocional, elencados pelo escritor Daniel Goleman.

1.      Autoconhecimento emocional
Busque reconhecer como as emoções e os sentimentos afetam o seu comportamento, como você reage aos estímulos que recebe. Identifique quais são seus pontos fortes e fracos.

2.     Controle emocional

Se permita sentir as emoções, mas não as rotule como ‘boas’ ou ‘ruins’ e procure vê-las como algo inerente a qualquer ser humano. Quem tem essa habilidade, dificilmente é agressivo com os outros nem toma decisões precipitadas. Ao enfrentar uma situação difícil, entenda o que está sentindo e tente se acalmar ao invés de agir pelo impulso. Faça algo para se distrair e só depois examine o que aconteceu e escolha como reagir ao ocorrido

3.    Automotivação

Trabalhe centrado em seus objetivos e metas, e não desperdice energia pensando nos obstáculos. Assim, poderá avançar. Uma dose de positivismo é essencial.

4.       Empatia
Aprenda a se colocar no lugar do outro e a interpretar corretamente os sinais que os outros expressam de forma inconsciente. Essa é uma forma de estabelecer vínculos mais duradouros.

5.      Habilidades sociais
Mantenha boas relações com os demais e crie um ambiente positivo a sua volta, contribuindo para a sua felicidade e contagiando aqueles a seu redor. Busque uma forma adequada de se comunicar com os mais próximos e também com aqueles que não lhe despertam tanta simpatia.

Seguir essas práticas é um caminho para qualquer pessoa lidar de forma inteligente e assertiva com situações desafiadoras. “Isso faz com que o empreendedor tenha maior visibilidade e gere maior confiança por parte dos demais”, diz Valdirene.

Você procura dominar suas emoções e usá-las para crescer profissionalmente? Conte aqui pra gente.

 

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