Intolerância à lactose: como manter uma boa alimentação sem consumir derivados do leite

De uns tempos para cá, “intolerância à lactose” virou expressão frequente no vocabulário de nutricionistas e na vida de muitas pessoas. A condição, que consiste em uma deficiência do organismo em digerir a lactose, pode se manifestar de três formas diferentes: a primária, que é consequência do envelhecimento natural e, portanto, mais comum em idosos; a secundária, que é adquirida ao longo da vida e pode surgir após alguma doença ou problema intestinal; e, por fim, a congênita, que é quando a pessoa já nasce com a condição. Os efeitos mais comuns em quem possui intolerância aos derivados do leite são diarreia, abdômen distendido, náusea e cólicas abdominais.
Apesar da lactose ser importante para a nutrição (sobretudo nos primeiros anos de vida), é sim possível manter uma alimentação que seja ao mesmo nutritiva, fornecendo as vitaminas necessárias para o bom funcionamento do organismo, e saborosa. Ou seja: quem tem intolerância aos derivados do leite não precisa sofrer, não! Listamos aqui algumas dicas e cuidados básicos para que você possa lidar melhor com essa situação, olha só 🙂
> Entenda sua restrição
Consulte um nutricionista! Existem níveis diferentes de intolerância que fazem com que algumas pessoas passem mal com qualquer gotinha de leite e outras conseguem comer um pedacinho de queijo de vez em quando sem consequências desagradáveis. Então, entender a particularidade da sua restrição é importante para aprender a lidar bem com ela, sem ficar com desejos de comer alguma coisa, ou até mesmo redobrar a atenção com os laticínios.
> Leia sempre os rótulos e/ou investigue ingredientes!
A maioria das receitas de pudim leva leite, é evidente, mas também existem pratos menos óbvios que levam esse ingrediente em sua composição. Seja no supermercado ou no restaurante, não custa questionar 🙂
> A indústria alimentícia entende você
Entende tanto que não são raros os produtos feitos especialmente para quem tem intolerância à lactose. Existem versões de iogurte, queijo e de leite sem lactose, mas que devem ser consumidos com moderação e sob orientação de nutricionista, pois contém a enzima lactase que não deve ser consumida sempre. Sem falar em leites vegetais como o de soja, aveia, amêndoa e castanhas, por exemplo, que trazem muitos dos nutrientes presentes no leite de vaca só que sem a lactose.
> Cuide dos seus ossos
Os laticínios são importantes fontes de cálcio, mineral que mantém a saúde dos ossos – uma consequência mais grave da falta de manutenção de cálcio é a osteoporose, por exemplo. A boa notícia é que nem só os laticínios contém esse mineral em sua composição. Para quem tem restrições mais severas, a dica é incluir na dieta outros alimentos ricos em cálcio, como rúcula, couve, brócolis e salmão, só para citar alguns exemplos.
Se você leu com atenção até aqui, já entendeu que existem variações dessa condição que exigem cuidados específicos. Portanto, consulte sempre seu nutricionista! Não acredite em tudo o que você encontra no Google e, principalmente, fuja dos autodiagnósticos. Cada caso é um caso, e só o seu médico vai saber identificar qual é o seu 😉