Uma gestão que oferece autonomia às equipes é decisiva para o engajamento, produtividade e retenção de talentos nas organizações. Mas o que acontece quando a liderança é caracterizada pelo excesso de controle e microgerenciamento?

De acordo com o Manual de Boas Práticas do governo, “o excesso de controle direto na forma de execução dos processos de trabalho impulsiona um ambiente corporativo baseado em coerção, medo, insegurança e, consequentemente, de menor produtividade, desestímulo à inovação e maior rotatividade de colaboradores”.

Ou seja, empresas que não valorizam ou promovem a liberdade de atuação dos seus colaboradores tendem a enfrentar desafios, como a baixa retenção de talentos e queda no desempenho das equipes. 

Por isso, entender o papel estratégico da autonomia e como a sua ausência pode afetar negativamente a gestão é fundamental para transformar o clima organizacional em prol dos resultados. Bora falar sobre isso?

O que é uma gestão controladora?

Uma gestão controladora é caracterizada por um modelo de liderança onde os gestores supervisionam de forma excessiva as atividades dos colaboradores, centralizando as decisões e limitando a autonomia das equipes. 

Nesse tipo de ambiente, predomina o microgerenciamento, ou seja, cada etapa do trabalho é acompanhada e aprovada pelo gestor, restando pouco espaço para iniciativas individuais, criatividade ou inovação. De acordo com o Manual de Boas Práticas, esse modelo:

“Se caracteriza pelo controle excessivo das ações da equipe de trabalho e uma disfunção extrema do exercício da gestão. São exemplos desta prática: exigência de incluir em cópia a chefia em todos os e-mails, sem justificativa plausível; todas as atividades serem informadas e autorizadas para serem executadas, em tempo real e mesmo aquelas de baixo valor agregado e rotineiras.”

O microgerenciamento pode acontecer devido ao estilo de gerenciamento da liderança ou ser estimulado pela cultura organizacional (política interna, estrutura organizacional e cultura punitiva). 

Nesses casos, a comunicação costuma ser vertical, com pouca abertura para o diálogo e a participação dos colaboradores em processos de decisão. Esse controle rigoroso pode gerar sensação de desconfiança, desmotivação e engessamento, afetando negativamente o clima organizacional, a produtividade e o turnover da empresa.

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Quais são os impactos da falta de autonomia?

A falta de autonomia no ambiente de trabalho, seja em equipes remotas, híbridas ou presenciais, provoca uma série de impactos negativos tanto para colaboradores quanto para os resultados das empresas. 

Segundo análise da Gartner, práticas como o microgerenciamento reduzem o engajamento, a motivação, a produtividade e a confiança entre equipe e liderança

“Funcionários que não se sentem confiáveis perdem autoconfiança e contribuem menos. Gestores que praticam microgerenciamento sufocam a criatividade e o crescimento, e precisam agir, trabalhando tanto seu próprio comportamento quanto as normas que estabelecem para suas equipes”, destaca Daniel Sanchez Reina, Vice Presidente Analista da empresa. 

Já em relação ao trabalho remoto, ele é enfático. “Quer admitam ou não, gestores controladores geralmente sentem que não podem confiar que os funcionários realizem seu trabalho longe do ambiente físico do escritório.”

Isso significa que a ausência de confiança e de liberdade acaba inibindo o crescimento individual e coletivo, tornando os colaboradores menos engajados e produtivos. Efeitos que tendem a comprometer tanto o clima organizacional quanto os resultados da empresa.

O papel estratégico do RH no incentivo à gestão assertiva

Entre as funções do RH está zelar pelo clima organizacional e impactar, diretamente, a performance das equipes. 

Por isso, entender os prejuízos que a ausência de autonomia traz permite ao time de recursos humanos implantar práticas para criar um ambiente mais saudável e produtivo, como:

  • Estabelecimento de metas claras com flexibilidade na execução: delegar responsabilidade sobre como atingir objetivos, respeitando a singularidade e criatividade de cada colaborador.
  • Desenvolvimento de lideranças que confiem e deleguem: formar gestores que incentivem a independência e valorizem o protagonismo dos membros da equipe.
  • Promoção de feedbacks construtivos e escuta ativa: desenvolver uma rotina de comunicação aberta, onde críticas e sugestões são bem recebidas e impulsionam melhorias coletivas.

Benefícios para a empresa

Ao incentivar a autonomia dos colaboradores, a organização pode experimentar um aumento do engajamento. Já que, com liberdade para atuar, eles se sentem protagonistas de suas funções e tendem a “vestir a camisa da organização”. 

Há também melhora na retenção de talentos, afinal, ambientes que valorizam a liberdade profissional atraem e mantêm os melhores profissionais do mercado. 

Além disso, é possível observar um aumento no desempenho coletivo, visto que o clima de confiança fortalece a colaboração e amplia a eficiência das equipes.

Caminhos para criar uma cultura de protagonismo

Criar uma cultura de protagonismo nas empresas exige o fortalecimento da confiança entre gestores e equipes, o incentivo à autonomia na tomada de decisões e o estímulo à responsabilidade individual. 

Para isso, é fundamental investir em processos claros, promover o empowerment de colaboradores e proporcionar feedbacks construtivos que valorizem a iniciativa e a inovação. 

A descentralização das decisões, a clareza de papéis e a abertura ao diálogo permitem que cada profissional reconheça sua importância no alcance dos resultados coletivos, gerando engajamento, senso de pertencimento e um ambiente favorável ao crescimento.

Empowerment como prática

O empowerment nada mais é que conceder aos colaboradores liberdade para tomar decisões, responsabilidade sobre seus resultados e recursos para poderem agir com autonomia em prol dos objetivos da empresa. 

Essa abordagem valoriza a confiança mútua entre gestores e equipes, promovendo um ambiente onde a experimentação, a inovação e a participação ativa são incentivadas. 

Ao empoderar os profissionais, as organizações estimulam o protagonismo, facilitam o desenvolvimento de competências e ampliam o engajamento das equipes. 

Além disso, o empowerment contribui para a descentralização das tomadas de decisão, tornando os processos mais ágeis e eficientes e favorecendo o crescimento coletivo por meio do reconhecimento do potencial de cada pessoa.

A importância da gestão baseada em confiança

A importância da gestão baseada em confiança

Uma cultura organizacional baseada em confiança entre líderes e equipes é fundamental para o sucesso sustentável das empresas, porque cria um ambiente onde colaboradores se sentem seguros para agir com autonomia, compartilhar ideias e inovar sem o receio de julgamentos ou represálias

Quando a confiança é um valor central, há maior abertura ao diálogo, troca de feedbacks construtivos e fortalecimento dos vínculos entre equipes e a gestão, resultando em um clima organizacional mais saudável e colaborativo. 

Esse tipo de cultura fomenta o engajamento e a responsabilidade individual, ao mesmo tempo em que impulsiona a performance coletiva e a capacidade de adaptação às mudanças. 

Empresas que cultivam relações pautadas na confiança tendem a reter talentos, reduzir conflitos e ampliar a produtividade, promovendo ambientes propícios à criatividade, comprometimento e alcance de resultados superiores, além de mitigar questões como o microgerenciamento.

Alinhe uma gestão assertiva a benefícios corporativos

A busca por soluções efetivas para cultivar talentos e uma cultura colaborativa vai além de uma gestão assertiva e de ações e normas internas: envolve oferecer um ambiente de trabalho saudável, oportunidades de crescimento, flexibilidade, autonomia e alinhamento de valores. 

Por isso, investir em um pacote inteligente e flexível de benefícios corporativos virou diferencial estratégico para conquistar profissionais qualificados e fazê-los permanecer, indo muito além do salário. 

Empresas que buscam excelência nesse aspecto podem contar com a Alelo, que oferece soluções amplas, personalizáveis e flexíveis, como o Alelo Pod, que pode ser utilizado para alimentação, mobilidade, saúde, bem-estar e auxílios para home office, adaptáveis ao perfil de cada equipe e à nova realidade do trabalho. 

Escolher a Alelo possibilita atrair e reter os melhores talentos, impulsionar o engajamento, criar um ambiente propício para o desenvolvimento profissional de toda a equipe e com a segurança que só uma empresa líder de mercado pode oferecer!

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