Manter-se relevante e competitivo no mercado é sempre um desafio para as empresas. Inclusive, em meio aos avanços tecnológicos, essa tarefa pode ser ainda mais difícil caso a organização não se adapte às mudanças. Para isso, existe a inovação aberta.
A prática também é um dos “pilares para a construção de ecossistemas saudáveis”, segundo Tania Gomes Luz, especialista em Inovação Aberta no Ibrawork Open Innovation Center.
Ao Blog da Alelo, Gomes Luz e Gabriela Fuzaro, especialista em inovação da CCR e mentora de startups, falaram sobre esse conceito e explicaram como ele pode ser benéfico para as empresas.
Vamos nessa?
O que é inovação aberta?
A inovação aberta, ou open innovation (em inglês), “nada mais é do que buscar ajuda no ecossistema para não precisar inovar sozinho”, explica Gabriela Fuzaro.
A especialista conta que trata-se de “buscar ideias, conhecimentos e soluções fora dos limites de uma organização”. Assim, a empresa consegue aumentar a eficiência dos processos.
“Indo um pouco além do conceito formal, costumo dizer que inovação aberta é a solução mais inteligente para empresas tradicionais que querem permanecer relevantes em seus mercados. Apesar de ser uma afirmação forte, basta analisar o cenário que temos hoje — com IAs (Inteligências Artificiais) extinguindo profissões em poucos anos — para entender que a grande vantagem competitiva não está mais no produto ou serviço, mas na plasticidade das organizações em se adaptar à equação mudança x velocidade”, afirma Gomez Luz.
Quais são os tipos de inovação aberta?
Colaboração com clientes:
Nesse tipo de inovação aberta, as empresas envolvem ativamente os clientes em seu processo de inovação.
Isso pode incluir a coleta de feedbacks, realização de pesquisas de mercado e a cocriação de novos produtos ou serviços.
A vantagem dessa abordagem é a obtenção de insights valiosos diretamente dos clientes, o que pode levar a soluções mais alinhadas com suas necessidades e desejos.
Parcerias com fornecedores:
Ao estabelecer parcerias estratégicas com fornecedores, as empresas podem aproveitar seu conhecimento e experiência para impulsionar a inovação.
Essa abordagem permite o acesso a recursos complementares, como tecnologias avançadas, expertise em determinadas áreas e capacidade de produção.
A colaboração com fornecedores pode resultar em redução de custos, aceleração do desenvolvimento de produtos e aprimoramento da qualidade.
Cooperação com universidades e centros de pesquisa:
As empresas podem estabelecer parcerias de pesquisa conjunta, realizar projetos de inovação colaborativa ou até mesmo criar programas de estágio para atrair talentos e fomentar o desenvolvimento de ideias inovadoras.
Este modelo ainda pode trazer novas perspectivas, conhecimentos especializados e acesso a recursos avançados de pesquisa e desenvolvimento.
Engajamento com startups:
Ao trabalhar em parceria com startups, as empresas podem se beneficiar de sua mentalidade empreendedora, agilidade e capacidade de inovação.
Isso pode ocorrer por meio de programas de aceleração, investimentos estratégicos e aquisições.
Estas trocas podem trazer ideias disruptivas, acesso a tecnologias emergentes e uma cultura de experimentação.
Qual é a diferença entre inovação aberta e fechada?
Segundo a Gabriela Fuzaro, para a inovação ser aberta, cada empresa ou organização envolvida no projeto “precisa ter seu papel, suas responsabilidades definidas e seus entregáveis claros, bem como precisa existir vantagem para as duas partes nesse desenvolvimento”.
A especialista conta que apesar do recurso financeiro poder ser 100% pertencente a apenas uma parte, “a outra ainda tem que colaborar com o tempo de seus profissionais e com dados, por exemplo”.
Já a inovação fechada diz respeito a “uma contratação normal de um projeto já existente”. “É fazer dentro de casa, com seus times, ou contratar terceiros para desenvolver algo que só você vai ‘ser dono’”, afirma
Qual é a importância da inovação aberta?
Para Fuzaro, “a inovação aberta é chave para quem quer inovar mais rápido e com maior segurança”.
Gomes Luz acrescenta sobre a importância dessa prática: “É um dos pilares para a construção de ecossistemas saudáveis. Ela conecta startups, corporações, governo e sociedade, criando um ambiente competitivo, mas também rico em diversidade e sustentabilidade”.
Como é a atuação das empresas brasileiras nesse cenário?
Conforme Tania Gomes Luz expõe, “no Brasil, algumas formas de inovação aberta são mais comuns devido ao ambiente de negócios e às características do ecossistema de inovação”.
“As parcerias com universidades e centros de pesquisa têm sido bastante exploradas, devido à presença de instituições acadêmicas de renome e ao incentivo à pesquisa científica e tecnológica. Além disso, o engajamento com startups tem se tornado cada vez mais relevante, impulsionado pela crescente cultura empreendedora e a abundância de novas empresas inovadoras. […]”.
Deu pra entender como é importante incorporar a inovação aberta na sua empresa, certo?
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