Quando ganhei o Prêmio de Gestor de Frota do Ano, na Conferência Global em 2016, não poderia imaginar o quanto aprenderia dali em diante. A premiação, patrocinada pela Alelo, me levou para minha primeira viagem para fora do País e para participar do evento da NAFA, maior associação de gestores de frotas do mundo, realizado nos Estados Unidos. Durante sete dias fui acompanhado pelos executivos da Alelo e uma comitiva do Instituto Parar, e vivi uma verdadeira imersão no negócio de frotas.

Assisti a dezenas de palestras e participei de rodas de conversas com centenas de gestores do mundo todo para entender as particularidades de cada mercado. Se aqui no Brasil nossas dificuldades passam por estradas com infraestrutura ruim e uma crise econômica prolongada, que nos demanda mais energia, o mercado americano tem muita coisa para ensinar.

Uma das experiências mais enriquecedoras foi a visita à operação de gestão de frotas da cidade de Tampa, nos Estados Unidos. Lá, 3,5 mil veículos são controlados por uma equipe de 54 pessoas — incluindo aí os 38 mecânicos contratados. Mesmo com a constante preocupação com corte de custos, assim como no Brasil, eles conseguem manter o nível de serviço bom porque boa parte dos empregados sabe trabalhar em diferentes funções. Afinal, eles lidam com as demandas de 27 departamentos diferentes, incluindo setores como coleta de lixo, polícia, bombeiros, transporte público e funcionários municipais. O segredo por lá foi apostar na flexibilidade e alocação de pessoas em diferentes turnos de acordo com as necessidades daquele dia ou semana, por exemplo, tudo isso permitido por lei. Com uma legislação trabalhista mais flexível, eles têm opções que para nós não são existentes.

Outro ponto que chamou a atenção foi a questão do inventário de peças e manutenção. Em Tampa, todo o estoque é mantido por um terceiro, que tem um contrato com a prefeitura e fica responsável por repassar as peças à frota da cidade sem nenhum tipo de custo adicional. Assim, ao invés de criar uma licitação a cada processo de compra, eles apenas solicitam a peça ao parceiro, trazendo agilidade e flexibilidade para a operação. Bem que podia ser assim por aqui também, não é mesmo?

Além das questões do dia a dia, que vão contribuir na prática com o meu trabalho na Emive Segurança Eletrônica, onde cuido de uma frota de 250 veículos leves e uso o cartão Alelo Auto, também aprendi muito sobre as tendências do mundo da mobilidade. Aqui em Belo Horizonte (MG) ainda estamos preocupados com a qualidade das estradas, segurança e atuação dos motoristas. Mas lá nos Estados Unidos, o carro elétrico já é uma realidade. Eles já falam em veículo totalmente autônomo e já tem sistemas de estacionamento, por exemplo, que mostram que logo isso será uma realidade. É tudo muito impressionante! E, aos poucos, acredito que isso vai chegar por aqui.

Toda essa experiência que vivi em uma semana — cultural e profissional — contribuiu para minha formação como gestor de frota e também para a construção de uma nova perspectiva. Conhecer o que se faz de bom lá fora foi engrandecedor, mas voltar cheio de aprendizados e com gás para colocar tudo em prática por aqui é melhor ainda. E este ano tem mais uma edição do Prêmio de Melhor Gestor de Frota, patrocinada pela Alelo. Quem sabe não é a sua vez de fazer parte disso?

Harlem Braga, 36 anos, é gestor de frota da Emive Segurança Eletrônica, com sede em Belo Horizonte (MG).

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