A liderança da sua empresa está preparada para ser efetiva para além do modelo presencial?

O cenário corporativo está em constante evolução, seja impulsionado por mudanças sociais, tecnológicas ou do próprio mercado, que redefinem os modelos de trabalho e as expectativas dos profissionais. 

E é neste contexto que a necessidade de uma liderança mais adaptativa surge! 

Hoje, um líder capaz de navegar com tranquilidade em um ambiente em transformação, que opera de forma presencial e remota, e valoriza a diversidade de contextos e necessidades, é essencial para o sucesso organizacional.

Mas como “são feitas” essas lideranças? Continue com a gente para descobrir todos os detalhes!

Por que a liderança deve ser híbrida?

Há alguns anos, a pauta de atendimento com foco nas necessidades e preferências do cliente se popularizou. Agora, algo muito parecido está acontecendo. 

Hoje, seja por expectativas geracionais ou mudanças que atingem toda a sociedade, vivemos em um contexto centrado no indivíduo. Mas o que isso significa?

De forma mais simplista, é possível dizer que atualmente está acontecendo uma mudança na organização social, e agora, o foco está na promoção do bem-estar e da saúde mental das pessoas

Nesta nova lógica, há uma valorização da flexibilidade, geográfica e de horários, da criatividade e da autonomia, características que definem o atual contexto profissional em muitas empresas pelo mundo. 

Como isso impacta o mercado de trabalho?

Empresas que demonstram compreensão em relação à qualidade de vida dos colaboradores e abraçam essa mudança, estão melhor posicionadas para atrair e reter talentos, além de trabalhar em prol da inovação, necessária para prosperar em contextos mais dinâmicos.

Mas quando falamos sobre compreender esse novo contexto, precisamos ir além, e pensar em políticas internas, reformulações de cultura e processos, treinamento e desenvolvimento de equipes e da liderança. 

Porque é com um time preparado para atuar de forma híbrida, alinhado aos novos processos, que a empresa poderá garantir relevância. 

O trabalho híbrido como novo padrão

A pandemia acelerou a adoção do trabalho híbrido e, segundo dados divulgados pela Escola de Negócios Saint Paul, ele veio para ficar!

Este modelo, apesar de oferecer mais flexibilidade e maximizar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, representa alguns desafios específicos para a liderança

Afinal, com ele os líderes passam a gerenciar equipes dispersas geograficamente, mas que precisam manter a coesão e o engajamento.

Alguns tópicos que devem ser cuidadosamente trabalhados e estruturados em formatos híbridos incluem:

  • Adaptação de processos e fluxos de trabalho para o ambiente virtual;
  • Implementação de ferramentas tecnológicas para colaboração remota eficiente;
  • Desenvolvimento de novas estratégias de comunicação para manter a conexão entre as equipes;
  • Foco em resultados e produtividade, não em quantidade de horas trabalhadas;
  • Promoção do bem-estar e saúde mental dos colaboradores à distância, a partir de programas ou benefícios com esse intuito, como assinaturas de meditação ou parcerias com clínicas, academias, etc.;
  • Criação de uma cultura organizacional adequada para atuação remota e presencial, em que todos os processos funcionem e tenham a mesma efetividade, independentemente da localização do colaborador;
  • Redefinição dos espaços de escritório para otimizar a colaboração presencial;
  • Estabelecimento de políticas claras sobre expectativas de disponibilidade e horários de trabalho, mesmo que haja uma maior flexibilidade;
  • Capacitação dos líderes em habilidades específicas para gestão de equipes híbridas;
  • Atenção à equidade entre funcionários em termos de oportunidades e visibilidade.
Qual o melhor modelo de liderança para regimes híbridos

Novas competências para a liderança

Para liderar de forma eficaz neste novo contexto, os líderes precisarão desenvolver um conjunto de competências que vão além das habilidades técnicas tradicionais, como:

  • Habilidades tecnológicas: compreensão e utilização eficaz de ferramentas digitais para comunicação e colaboração.
  • Soft Skills: inteligência emocional, adaptabilidade, pensamento crítico e criatividade.
  • Comunicação empática: capacidade de se conectar e motivar equipes de forma remota e presencial.
  • Gestão de tempo e priorização: saber gerenciar o tempo de forma eficiente e ajudar a equipe a priorizar tarefas em um ambiente que mistura trabalho presencial e remoto.
  • Cultura inclusiva: promover um ambiente inclusivo onde todos os membros da equipe, independentemente da localização, sintam-se valorizados e incluídos nas decisões e na dinâmica de trabalho.
  • Flexibilidade e Resiliência: adaptar-se rapidamente às mudanças e apoiar a equipe em momentos de incerteza ou novos desafios.
  • Visão estratégica: alinhar os objetivos de curto prazo às metas estratégicas da organização, mesmo quando a equipe está dispersa.
  • Mentoria e desenvolvimento de talentos: identificar e desenvolver o potencial de cada membro da equipe, oferecendo feedback frequente e personalizado, mesmo em interações virtuais.
  • Capacidade de construir confiança: fortalecer relações baseadas em confiança, independentemente da distância física, incentivando a autonomia e o comprometimento dos colaboradores.
  • Competências em diversidade e inclusão: entender e valorizar a diversidade de origens e experiências dentro da equipe, promovendo a equidade e uma comunicação culturalmente sensível.
  • Gestão de conflitos à distância: resolver problemas e mediar conflitos de maneira proativa, mesmo quando os colaboradores estão distribuídos em diferentes locais.
  • Monitoramento de bem-estar: manter-se atento ao estado emocional e à saúde mental da equipe, promovendo práticas que garantam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
  • Habilidade de facilitação: conduzir reuniões e sessões colaborativas (tanto presenciais quanto virtuais) de forma eficiente, garantindo a participação ativa de todos os envolvidos.

A importância da liderança que fomenta conexão e propósito

Em um ambiente de trabalho híbrido, criar e manter conexões significativas entre os membros da equipe pode ser um dos maiores desafios. Por isso, a liderança deve fomentar um senso de propósito compartilhado, para garantir que cada indivíduo se sinta valorizado e conectado à missão da organização. 

Isso requer uma abordagem mais personalizada e atenta às necessidades individuais dos colaboradores e, para que seja efetivo, é essencial investir em ferramentas de comunicação adequadas e em uma cultura de feedback constante

A liderança deve promover momentos de interação que vão além das tarefas do dia a dia, como encontros virtuais com dinâmicas engajantes ou encontros e projetos presenciais periódicos para fortalecer os laços interpessoais. 

Além disso, compreender as preferências de trabalho de cada colaborador e oferecer suporte para seu desenvolvimento profissional são estratégias que contribuem para um ambiente de trabalho mais coeso e produtivo, mesmo à distância. 

Assim, o engajamento e a colaboração entre os membros da equipe podem ser sustentados, independentemente do formato de trabalho adotado.

Bem-estar e confiança como pilares

A liderança adaptativa, considerada ideal para gerir equipes híbridas, entende a importância do bem-estar dos colaboradores e da construção de relações de confiança. 

Em um cenário em que o controle direto é menos viável, os líderes devem confiar em suas equipes e focar no desempenho e na entrega de resultados

E isso exige uma mudança de mentalidade, passando do microgerenciamento para uma abordagem baseada em autonomia e responsabilidade.

O que é uma liderança adaptativa?

A liderança adaptativa reconhece a natureza dinâmica e imprevisível do ambiente de trabalho atual. 

Ela enfatiza a capacidade do líder de se ajustar rapidamente às mudanças, promovendo flexibilidade, segurança e inovação dentro da equipe

Líderes adaptativos são hábeis em identificar desafios complexos, encorajar a experimentação e aprender com os erros. Além disso, eles focam em desenvolver a autonomia e as competências de seus liderados, priorizando resultados, sem a necessidade de um controle rígido de processos e horários. 

E, esta forma de liderança, é particularmente impactante no contexto do trabalho híbrido, em que há a necessidade gerenciar equipes dispersas e, ainda sim, manter a coesão e o engajamento. 

Como a liderança pode ser assertiva?

A transição para um modelo de avaliação focado em resultados é fundamental para que a cultura do trabalho híbrido funcione. 

Por isso, a liderança deve estabelecer metas claras e mensuráveis, fornecendo feedback regular e construtivo para guiar o desenvolvimento e o desempenho da equipe. Afinal a adaptabilidade é a chave para o sucesso institucional.

A capacidade de adaptação às mudanças é um dos fatores que mais influenciam a sustentabilidade e relevância das organizações. Por isso, líderes adaptativos também devem:

  • Antecipar tendências e preparar suas equipes para mudanças;
  • Promover uma cultura de aprendizado contínuo e inovação;
  • Ser flexíveis em suas abordagens, ajustando estratégias conforme necessário;
  • Incentivar a experimentação e aprender com os erros.

Uma liderança assertiva para o contexto de trabalho híbrido é, atualmente, uma necessidade do mundo pós-pandêmico que aderiu aos modelos remotos. 

Líderes que abraçarem essa abordagem, focando na flexibilidade, na empatia e no desenvolvimento contínuo, estarão melhor posicionados para guiar suas organizações através das incertezas e complexidades do futuro. 

E, ao cultivar um ambiente que valoriza a autonomia, a colaboração e a inovação, eles garantirão a estabilidade de suas empresas e promoverão seu crescimento e sucesso sustentável no longo prazo.

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