Os mais otimistas costumam dizer que onde há problemas, há oportunidades de negócios. Essa é uma das lógicas adotadas pelas startups que decidem atuar no segmento de mobilidade urbana. O deslocamento nas grandes cidades é de fato um problema — e tem muitas empresas apostando nisso como nicho de atuação.

Gabryella Correa, fundadora da Lady Driver, é uma das que acredita na máxima que o negócio é movido por problemas. “Cada desafio nos inspira a criar novas soluções”, diz. O aplicativo de caronas formatado por ela, destinado apenas para mulheres, já conta com 20 mil motoristas em São Paulo e transporta cerca de 200 mil passageiras por ano. O objetivo da empresa era encontrar uma solução que ajudasse a reduzir o volume de assédio às mulheres nos meios de transporte.

Também foi pensando em como resolver o problema de percorrer a famosa última milha, aquela pequena distância até seu trajeto final, que a Yellow nasceu alugando bicicletas em São Paulo. Cobra 1 real a cada 15 minutos de uso. Lançadas no começo de agosto na capital, as bikes da startup foram alugadas por mais de 40 mil pessoas apenas nas duas primeiras semanas de estreia. Segundo Ariel Lambrecht, sócio-fundador da empresa, 20 mil equipamentos devem estar espalhados na cidade até o fim do ano. “Temos problemas diários, como vandalismo, que nos motivam a buscar novas soluções a cada dia. Assim vamos evoluindo e contribuindo com alternativas para a mobilidade”, diz.

Tem até startup apostando em patinetes. Com 100 veículos e 5 milhões de reais em caixa para ampliar essa oferta, a Scoo já começou a realizar testes em parceria com empresas privadas, que cederam seus espaços para estacionar os veículos e pretende oferecer o serviço a shoppings, aeroportos e em universidades.

A lista de startups que apostam na frente da mobilidade não para de crescer — e não fica restrita à questão do trânsito propriamente dita. A startup Automobi, por exemplo, tem uma plataforma para oficinas e concessionárias conectada aos donos de veículos. A Easy Carros trabalha com diagnósticos online de automóveis. Enquanto isso, a Trackage traz soluções de monitoramento de cargas para pessoas e empresas.

A mudança da mobilidade é urgente e as startups ajudam a acelerar essa evolução trazendo alternativas de transportes e serviços. Mas as grandes indústrias também estão atentas ao movimento — e já perceberam que se unir às startups pode ser uma boa maneira de permanecer na briga pela preferência do consumidor.

Exemplo disso é que nos últimos anos a união das empresas automotivas com as companhias de tecnologia tem ganhado força. Segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers LLP, as fusões e aquisições globais entre fornecedores dos dois setores atingiram quase 50 bilhões de dólares em 2016, mais que o triplo de 2014.

Alguns exemplos dessas empreitadas são Ford e General Motors, que já investiram mais de 1 bilhão de dólares cada uma em startups na tentativa de criar veículos autônomos. Além disso, GM, Volkswagen, Toyota Ford, Audi, Renault e BMW já aportaram juntas mais de 900 milhões de dólares em empresas de compartilhamento de veículos como Lyft, Gett e Chariot — todas essas concorrentes do Uber.

Os grandes investidores também estão de olho nesse movimento. Masayoshi Son, dono do grupo financeiro SoftBank e atual homem mais rico do Japão, é um dos mais antenados quando o assunto é mobilidade. Já investiu mais de 12 bilhões de dólares apenas nos últimos dois anos em empresas como Uber, DoorDash, Nvidia, Lemonade, Grab, Didi Chuxing e Nauto — todas com soluções para o setor de transporte.

Até mesmo quem não tinha atuação direta na área de mobilidade está redesenhando seus negócios para fazer parte dessa mudança. Caso da Alelo, empresa de benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, que criou o Alelo Mobilidade, uma nova versão de seu tradicional produto. Com um único cartão, o usuário pode escolher se quer fazer o deslocamento em aplicativos de bicicleta compartilhada, de recarga de bilhete único, de transporte individual, de carro compartilhado e até de transporte aéreo. “Nós queremos fazer parte da mudança onde quem decide a melhor forma de se locomover é o cliente. Estamos constantemente trabalhando em tecnologias para atender às novas demandas”, diz Petrus Moreira, superintendente de produtos de Frota e Mobilidade da Alelo. A empresa também tem soluções de caronas entre funcionários e sistema corporativo de carros compartilhados.

E você, conhece alguma empresa que está remodelando o negócio para tornar a mobilidade mais eficiente e tranquila? Compartilhe com a gente! No próximo conteúdo vamos falar sobre como a economia e a sociedade terão de se adequar para receber as novas formas de mobilidade.

Pensando em como resolver e aprofundar essas questões, a Alelo realizará o ‘Dia da Mobilidade’, no dia 21 de setembro. O evento, contará com especialistas da área para discutir o tema e terá transmissão ao vivo pelo Facebook. Clique aqui e confira tudo que acontecerá por lá. Sua participação é sempre bem-vinda!

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